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Serviço e indústria puxarão economia do Paraná em 2018

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A economia do Paraná deve ser puxada pelo setor de serviços e pela indústria em 2018. A projeção do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) é de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas geradas – de 2% nesse ano. O Estado encerrou 2017 com um PIB de R$ 415,8 bilhões, o equivalente a 6,35% da economia nacional. Em 2010, o Paraná detinha 5,8% de participação.

“Não teremos a mesma contribuição da agropecuária como no ano passado, quando a safra foi recorde. Mas a indústria e os serviços devem compensar esse quadro com avanços mais expressivos”, diz o diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior.

PRIMEIRA DO ANO – A previsão de crescimento de 2% do PIB é a primeira de 2018 do Ipardes, que faz outras revisões ao longo do ano. Em 2017, a previsão no início do ano era de um avanço de 1,5%. Com o passar dos meses, a estimativa foi revista até chegar em 2,3%. O PIB do Paraná encerrou 2017 com alta de 2,5%. Foi mais que o dobro da média brasileira, de 1%, de acordo com o IBGE.

SERVIÇO – Em 2017, o setor de serviços movimentou R$ 237,3 bilhões no Paraná, o que representou um crescimento real de 1,5% sobre o ano anterior. Foi o primeiro resultado positivo dos últimos três anos. Em 2015 (-2,9%) e 2016 (-1,9%) o setor foi afetado pela recessão econômica, que gerou desemprego e redução no consumo. “Porém, no ano passado o aumento da geração de novas vagas no mercado de trabalho e a retomada gradativa do consumo começaram a acelerar novamente o setor de serviços”, lembra Suzuki Júnior.

O setor terciário – que engloba além do comércio e serviços, a administração pública e a atividade de intermediação financeira – representa cerca de 65% da economia do Estado. “Por isso a retomada do comércio e dos serviços é vital para que a economia do Estado cresça”, diz

INDÚSTRIA – A indústria, que patinou durante a crise, também encerrou o ano passado em ritmo de retomada. O setor teve o primeiro resultado positivo desde 2014, com um avanço de 1,8% sobre 2016.

A indústria movimentou R$ 92,8 bilhões em 2017 – o que representou 25,4% das somas das riquezas geradas no Estado. Embora o crescimento tenha sido pequeno, o resultado é comemorado pelo setor, que vem de três anos seguidos de baixa por causa da recessão. Em 2014 o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria paranaense despencou 7%. Em 2015 houve retração de 5,8% e em 2016 queda de 2,8%.

“A recuperação verificada no ano passado é muito importante porque se trata de um setor relevante para a economia estadual, que gera empregos de maior qualidade e é intensivo em mão de obra. O impacto social da indústria é grande”, diz Suzuki Júnior. O PIB da indústria calculado pelo Ipardes inclui o desempenho das indústrias da construção civil, extrativa e de transformação, além da produção de energia.

AGROPECUÁRIA – A previsão de uma safra de grãos menor do que a do ano passado deve afetar o PIB do Estado em 2018, mas o impacto deve ser compensado, de acordo com Suzuki Júnior, pela melhora dos preços. No ano passado, a agropecuária cresceu 11,5% no Estado com a safra recorde.

Embora dentro dos patamares históricos, a safra de 39 milhões de toneladas prevista para este ano é 6% menor do que a do ano anterior, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. “Com mais dinheiro no bolso, a tendência é que os produtores rurais ajudem a movimentar os negócios do comércio e os serviços”, diz. (Foto: Arnaldo Alves/ANPr)

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Setor de serviços cresceu 8,5% no 1º bimestre de 2024; turismo teve alta de 2,1%

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As empresas paranaenses ligadas ao setor de prestação de serviços tiveram um crescimento de 8,5% no volume de suas atividades nos dois primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho do Paraná ficou bem acima da média nacional, que foi de 3,3%, e consta nos resultados da mais recente Pesquisa Mensal de Serviços ,divulgada na sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado dos últimos 12 meses analisados, o crescimento registrado para o segmento em nível estadual é de 10,9%, o maior do Sul do País. No mesmo recorte de tempo as empresas catarinenses tiveram uma variação positiva de 8,1% no volume das suas atividades, enquanto as gaúchas registraram uma alta de 3,8%. Na média nacional, houve crescimento de 2,2%.

Os dados do levantamento também apontam uma alta de 6,3% no volume de serviços no Paraná em fevereiro quando comparado ao mesmo mês de 2023. O índice é mais do que o dobro do Brasil neste comparativo, que foi de 2,5%.

Todos os segmentos analisados pelo IBGE tiveram resultado positivo no Paraná no acumulado do 1º bimestre. Os serviços prestados a família aumentaram 3,5% em relação a janeiro e fevereiro de 2023. Os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 5,9% no mesmo período, enquanto os transportes, serviços auxiliares e correio variaram 9,4%.

As maiores altas, no entanto, aconteceram nas empresas que prestam serviços de informação e comunicação (10,6%) e outros serviços (10,8%).

TURISMO – Analisado de forma separada pelo IBGE, o setor de Turismo também dá mostras de que continua aquecido no Paraná. Entre janeiro e fevereiro, o setor teve alta de 0,5% nas atividades, em um movimento contrário ao nacional, que caiu 0,8% neste intervalo de tempo. Apenas cinco estados registraram variação mensal positiva.

No ano, as atividades turísticas acumulam 2,1% de crescimento quando comparadas ao primeiro bimestre de 2023. O resultado foi o melhor do Sul do Brasil, à frente de Santa Catarina (1,3%) e do Rio Grande do Sul (-4,8%), e sete vezes maior do que a média nacional (0,3%). O aumento também se refletiu na melhora do caixa das empresas do ramo, que viram a sua receita ser ampliada em 10% no primeiro bimestre de 2024.

ECONOMIA DINÂMICA – Os resultado do segmento de serviços e do turismo acompanham uma tendência que já havia sido comprovada pelas mais recentes pesquisas do IBGE em relação a outros setores da economia estadual. No 1º bimestre, o crescimento das indústrias instaladas no Paraná foi de 4%, enquanto o comércio acumula uma alta de 6,9% nos dois primeiros meses de 2024, demonstrando o dinamismo da economia paranaense. (AEN/Foto: Gilson Abreu)

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Estado retoma revitalização da Orla de Matinhos entre Praia Grande e Flórida

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O Governo do Estado retomou na terça-feira (16) as obras de revitalização da Orla de Matinhos no trecho de aproximadamente 600 metros entre os balneários de Praia Grande e Flórida. A nova mobilização do canteiro de obras, com a recontratação de operários e equipamentos, tem investimento estimado de R$ 250 mil. O aporte total para a conclusão da área será de R$ 3,5 milhões, com prazo estipulado de 90 dias.

A reestruturação urbanística do local estava sendo discutida desde dezembro de 2022, após pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas uma decisão da 11ª Vara Federal de Curitiba permitiu a continuidade da intervenção, inclusive com parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF).

Com isso, o Instituto Água e Terra (IAT) e o Consórcio Sambaqui, grupo de empresas responsável pelas obras, vencedor da licitação pública, puderam dar prosseguimento ao processo de urbanização do local, com a construção de calçadas, ciclovias, pistas de caminhada e sinalização horizontal e vertical, entre outras benfeitorias.

“Apesar de a decisão ter saído em fevereiro, precisávamos mobilizar novamente a equipe. Agora, com a permissão por parte da Justiça, podemos seguir com a urbanização, construção de calçadas, ciclovia, pista de caminhada e sinalização. Uma vitória da população de Matinhos e do Paraná”, destacou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

Coordenador do projeto e diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro reforçou a importância de dar prosseguimos ao trecho final da revitalização da orla de Matinhos. “Uma obra inacabada é um grande problema para todos, fica com cara de uma área abandonada, por isso é um momento especial”, disse.

ANIMAÇÃO – A instalação do canteiro de obras e a volta dos operários, tratores e máquinas animaram os moradores dos balneários. Muitos deles participaram de ações para a retomada da construção.

“Era o que a população e os turistas queriam: a recuperação deste trecho que estava esquecido. Eu participei das mobilizações e tenho certeza que influenciou nesta tomada de decisão pela liberação por parte da Justiça”, afirmou o comerciante Samaroni Pereira, morador do balneário Flórida e ativista dentro da associação local de surfe.

“Ia ficar muito esquisito com esse pedaço sem fazer. A obra como um todo ficou excelente. Antigamente andávamos por aqui e precisávamos ficar desviando de carros e pedras, não havia calçamento”, completou o aposentado Jones Leandro Turrissi, que reside no balneário Riviera. (AEN/Foto: Roberto Dziura Jr)

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Licenciamentos ambientais: verão atraiu R$ 115 milhões em investimentos no Litoral

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Além da fiscalização ambiental, com a aplicação de R$ 2 milhões por crimes contra a natureza, o Instituto Água e Terra (IAT) emitiu 72 licenciamentos para instalação de novos empreendimentos no Litoral do Paraná durante a temporada 2023-2024 de verão – a estação termina oficialmente nesta quarta-feira (20).

Juntos, os anúncios privados para a construção de novas edificações, plantas industriais, usinas de geração hidrelétrica e postos de combustível, entre outros, além das obras públicas, como desassoreamento de rios por parte da Sanepar e a revitalização da região de molhes em Pontal do Paraná, resultaram em um investimento de R$ 115.104.588,05. A estimativa aponta para a geração direta de 200 postos de trabalho.

Somente a empresa Catallini Terminais Marítimos S.A investirá R$ 90 milhões na expansão da planta de Paranaguá. Outros R$ 2,6 milhões serão aplicados pela Cacatu SPE Ltda. em uma central geradora hidrelétrica em Antonina. Já a injeção financeira no setor imobiliário de Guaratuba será de R$ 3 milhões por parte da empresa MCE Participações Ltda, especializada em instalações industriais, galpões, centros de distribuição e condomínios industriais.

“Trabalhamos em diversas áreas do licenciamento durante todo o verão, desde atividades poluidoras, investimentos imobiliários, obras de utilidade pública e autorizações florestais. A dedicação de todos fez com que as liberações saíssem do papel”, afirma a engenheira química do Escritório Regional do IAT no Litoral, Luísa Serenato.

OBRAS PÚBLICAS – Em relação às ações públicas, a Sanepar destinou pouco mais de R$ 8 milhões para o desassoreamento do Rio das Pombas, responsável pelo abastecimento de água em Matinhos e Pontal do Paraná. Também em Pontal, o IAT emitiu a Licença Prévia (LP) para revitalização de parte da orla, na região dos molhes. O investimento é de R$ 11 milhões. “São obras importantes e que frequentemente são pedidas pela população. Quando essas manutenções não são feitas, as cidades litorâneas sofrem muito”, explica a engenheira química.

Para dar conta dos pedidos por autorização ambiental, o escritório regional do IAT em Paranaguá foi encorpado com o empréstimo temporário de 80 servidores dos demais núcleos do IAT no Estado. “No caso dos licenciamentos, partimos para forças-tarefas, com a dedicação exclusiva de boa parte dessas pessoas”, destaca o gerente do escritório do IAT no Litoral, Altamir Hacke.

ECONOMIA – Diretor-presidente do Instituto Água e Terra, Everton Souza afirma que os investimentos confirmam o bom momento da economia do Paraná, um dos maiores geradores de empregos com carteira assinada no País – apenas em janeiro deste ano foram criadas mais de 20 mil vagas formais no Estado. “Reforça o acerto das medidas tomadas pelo governador Ratinho Junior, que aliou a qualidade ambiental ao desenvolvimento econômico e social”.

Souza ressalta que o Estado trata o Litoral como prioridade, fazendo com que a região recebesse o maior volume de investimentos públicos da história. Cita como exemplo os R$ 354,4 milhões destinados para a primeira fase da recuperação da Orla de Matinhos, obra com índice de execução superior a 93%, além dos projetos para a construção da ponte que vai ligar Matinhos a Guaratuba, em fase de licenciamento pelo órgão ambiental, e a canalização e duplicação da Avenida JK, em Matinhos.

Ele também destacou as ações do Verão Maior Paraná, que geraram um incremento de R$ 107,6 milhões no PIB com 4 milhões de visitantes. Segundo o Ipardes, também houve um aumento de R$ 6 milhões na arrecadação de ICMS no período. (Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

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