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Pequenos negócios são mercado em potencial para cooperativas

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Hoje os pequenos negócios brasileiros somam 9,4 milhões de empresas formais e em 2022 serão 26 milhões. Esse é o mercado e o futuro para as cooperativas de crédito e bancos. O alerta foi feito pelo diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, ao falar sobre A Importância dos Pequenos Negócios para o Cooperativismo Financeiro. E vice-versa, no Painel As Cooperativas de Crédito e os Pequenos Negócios. O Painel abriu a programação do último dia do  10º Congresso Brasileiro de Cooperativismo de Crédito (Concred), nesta sexta-feira (12), em Manaus (AM).

Carlos Alberto chamou a atenção dos cerca de 1,5 mil participantes do Congresso para esse mercado potencial, que vem motivando novas opções de serviços financeiros pelos bancos tradicionais e que as cooperativas já estão atendendo de forma mais pontual. “As vantagens competitivas das cooperativas de crédito estão no próprio cooperativismo. Entretanto, é imprescindível ter escala para fortalecer nesse mercado cada vez mais concorrencial”, assinalou.

Segundo o diretor do Sebrae, as cooperativas de crédito podem e devem ser melhores que os bancos. “Embora tenham diferenciais genuínos, como proximidade, capilaridade e atendimento personalizado, ter escala é fundamental para diluir custos e oferecer opções mais acessíveis que os bancos convencionais”, ressaltou Carlos Alberto. Ele destacou ainda que na indústria de serviços financeiros torna-se essencial criar sinergia e complementaridade para garantir ganhos de eficiência. Por isso, investir em tecnologia da informação e comunicação é requisito para assegurar crescimento em escala.

Mesmo com essa perspectiva de uma clientela fortemente baseada nos pequenos negócios, segundo o diretor do Sebrae, apenas e 23% dos associados das cooperativas financeiras estão nas cidades com mais de 250 mil habitantes. Por isso, para ele, outro grande desafio é a expansão dessas cooperativas nos grandes centros.

“A  cooperativa de crédito precisa ser o que é em sua essência, que reúne várias pessoas em torno de um objetivo comum, pois individualmente não seria viável uma solução”, ponderou o diretor do Sebrae. Ele lembrou que nos últimos anos esse segmento mudou de forma profunda e qualitativa; ampliou seu escopo de produtos e serviços – muitas delas já dispõem do Cartão BNDES para atender os pequenos negócios; e cresceu em número de associados.

O painel foi moderado pelo presidente do Sicoob Norte, Ivan Capra, que destacou  necessidade de um maior esforço das cooperativas financeiras no sentido de investir em confiança e infraestrutura tecnológica. “Destinamos 10% do que os bancos investem em TI, mas com méritos fantásticos”, disse Ivan Capra, para quem as cooperativas precisam trabalhar muito a relação de confiança com seus cooperados. “Além de ser é preciso parecer confiável”, assinalou. (Foto: Fábio Nascimento/Agência Sebrae)

 

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