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Governador sanciona lei que cria o programa Parceiro da Escola

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta terça-feira (4) a lei ( 22.006/2024 ) que cria o programa Parceiro da Escola e permite a implantação em 204 unidades elegíveis da rede estadual . Ele foi aprovado por ampla maioria na Assembleia Legislativa após discussões nas duas últimas semanas.

O programa da Secretaria de Estado da Educação (Seed) tem a finalidade de melhorar a gestão administrativa e de infraestrutura de escolas estaduais mediante parceria com empresas especializadas em gestão educacional. As empresas ficarão responsáveis pelo gerenciamento administrativo de escolas selecionadas e pela gestão de terceirizados na limpeza e segurança.

“O próximo passo é a consulta aos professores, pais, alunos e responsáveis, que vão decidir, de forma democrática, se querem implantar o projeto em suas escolas. É uma nova dinâmica para que a melhor educação do País amplie seus horizontes”, disse o governador Ratinho Junior.

O Parceiro da Escola será instalado mediante consulta semelhante à feita para implantação dos colégios cívico-militares. Ou seja, dentro de um processo democrático, ouvindo a comunidade escolar. A votação nas escolas será preferencialmente de forma presencial.

A consulta vai acontecer em 204 escolas, nas quais foram observados pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive a diminuição da evazão escolar.

A lei recebeu emendas dos deputados estaduais. Entre elas, está a possibilidade do professor efetivo trocar de escola caso queira, por meio da oferta de vaga em concurso de remoção. O programa garante aos professores contratados pelo parceiro os mesmos salários e o direito à hora-atividade prevista na legislação.

Há exigência de que o parceiro comprove cinco anos de experiência, capacidade técnica e competência para o programa, que devem ser critérios do edital. O parceiro ainda deverá ser avaliado a cada ciclo contratual conforme parâmetros da Seed em relação à evolução da frequência, evolução da aprendizagem, manutenção e conservação das instalações e satisfação da comunidade escolar.

A lei ainda deixa claro que o parceiro atuará exclusivamente nas dimensões administrativa e financeira, mantendo sob o controle da Seed a autonomia absoluta sobre o projeto pedagógico. Em relação à merenda, a Seed deverá fornecer a alimentação. Porém o parceiro poderá complementá-la se necessário.

O Estado também divulgará anualmente os principais indicadores de aprendizagem, frequência escolar, número de matrículas, taxa de abandono e taxa de evasão escolar. A Seed vai definir em ato normativo as atribuições administrativo-financeiros do diretor e do diretor-auxiliar da rede nas escolas que integrarão o Parceiro da Escola.

O programa não atinge as escolas indígenas, as que atendem as comunidades quilombolas e comunidades de ilhas, bem como as cívico-militares.

PROJETO-PILOTO – Países desenvolvidos, líderes dos rankings mundiais de educação, como Canadá, Coreia do Sul, Reino Unido e Espanha, utilizam sistemas semelhantes de parcerias na administração.

No Paraná, o projeto-piloto já é desenvolvido desde 2023 no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), totalizando 2,1 mil estudantes atendidos. Nessas duas instituições, os parceiros são Tom Educação e Apogeu.

Em ambas as entidades, os índices de matrículas, frequência e desempenho escolar dos estudantes apresentaram melhoras significativas entre 2023 e 2024. Também houve matrícula de 100% no Enem.

No Colégio Estadual Anita Canet, o êxito do modelo de gestão foi observado nos índices de matrículas e desempenho dos alunos. Em 2023, a escola contava com 895 alunos matriculados e as matrículas subiram para 965, um aumento de 8%. A frequência dos estudantes saltou de 84% para 88%. Em relação ao aprendizado, dados da Prova Paraná, exame aplicado periodicamente na rede, mostram que a média de acertos dos alunos da escola aumentou de 41% em 2022 para 45% em 2023.

No Colégio Estadual Anibal Khury os resultados são similares. Em 2020 a escola atendia cerca de mil alunos, número que subiu para 1.141 em 2024. Em relação à frequência, o número passou de 85% em 2022 para 87% em 2023. Outro dado relevante foi a redução das aulas vagas, que são aquelas que deixam de ser dadas por falta ou ausência do professor. Em 2022, 22% das aulas do ano não foram realizadas por tal motivo. Em 2023, a partir do modelo que garante a presença de docentes na escola, o número de aulas vagas caiu para 6%.

Pesquisas realizadas pelo IRG instituto com os pais e responsáveis nas duas escolas mostraram uma aprovação de mais de 90%. No Anita Canet, 96% da comunidade aprovou o modelo e 93,1% se sente satisfeito ou muito satisfeito com a parceria. No Anibal Khury 90% aprovam e 81,6% dos pais e responsáveis estão satisfeitos ou muito satisfeitos. (Foto: Gabriel Rosa/AEN)

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Novos negócios: Paraná registra alta de 14,8% no saldo de empresas em 2025

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O Paraná apresentou crescimento de 14,8% no saldo de empresas entre janeiro e agosto de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. O levantamento considera a diferença entre negócios abertos (249.664) e aqueles que foram baixados (143.672). No período, o saldo foi de 105.992 empresas, enquanto nos oito primeiros meses de 2024 somou 92.327 negócios.

Os dados fazem parte do  Painel de Empresas , divulgado nesta segunda-feira (15) pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar), vinculada à Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Serviços. Com o desempenho, o Estado já ultrapassou a marca de 1,9 milhão de empresas ativas.

Para o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni, esse avanço se deve às políticas de simplificação implementadas pelo Governo do Estado e pela Jucepar. “Um exemplo é o Selo de Baixo Risco que já beneficia um quarto das aberturas de empresas no Paraná, reduzindo custos e tempo para a regularização de negócios”, disse. Ele citou também a integração de órgãos licenciadores e a digitalização dos processos.

Se considerado apenas o número de empresas abertas, o avanço é ainda maior, com 18,37% no comparativo. Entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados 249.664 novos empreendimentos, contra 210.916 no mesmo período de 2024.

Do total de negócios abertos, 73,94% correspondem a Microempreendedores Individuais (MEIs), 24,27% a sociedades limitadas (LTDA) e 1,46% à categoria Empresário. As demais modalidades somam menos de 1% do total. Especificamente em agosto de 2025, foram abertos 29.066 novos CNPJs e baixados 15.602, resultando em um saldo positivo de 13.464 empresas no mês.

“A expectativa é que essa tendência de crescimento se mantenha nos próximos meses, com mais abertura de oportunidades e a continuidade do saldo positivo de empresas. Isso significa mais empregos, mais renda e mais desenvolvimento para todas as regiões do Paraná”, afirma Rigoni.

SELO DE BAIXO RISCO – Entre janeiro e agosto deste ano, 28.648 empreendimentos no Paraná foram contemplados com o Selo de Baixo Risco, iniciativa que dispensa empresas de atividades consideradas de baixo potencial de impacto de apresentar alvarás de funcionamento e licenciamentos de órgãos como Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Meio Ambiente e Defesa Agropecuária.

Do total, 16.522 empresas e filiais receberam o benefício na abertura e 12.126 em processos de alteração cadastral. Considerando as 65.061 empresas abertas no Estado no período (excluídos os MEIs, que já são isentos por lei), o selo contemplou 25,39% dos novos CNPJs.

Curitiba lidera o ranking de concessões, com 5.829 empreendimentos beneficiados. Na sequência estão Maringá (1.373) e Londrina (1.081). Atualmente, 771 atividades econômicas estão dispensadas de licenciamento. A partir de 1º de outubro, esse número sobe para 975 atividades enquadradas como de baixo risco.

VELOCIDADE NA ABERTURA – O Paraná segue entre os estados mais ágeis do Brasil na abertura de empresas, com apenas 8 horas em agosto. No Brasil, o tempo médio foi de 1 dia e 2 horas (26 horas), ou seja, o tempo de abertura de uma empresa no Paraná foi 18 horas mais rápido.

(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

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Agosto terá pouca chuva e muita amplitude térmica no Paraná, prevê Simepar

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O mês de agosto de 2025 começa com a passagem de uma frente fria, que deve trazer chuva fraca ao Paraná. Entretanto, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), serão poucos os eventos de precipitação no resto do mês. A previsão é de chuvas abaixo da média histórica (que já é a mais baixa do ano). Já as temperaturas devem ficar dentro da média, com noites e madrugadas geladas, e tardes com temperatura agradável.

Historicamente, com relação às temperaturas médias, em agosto as cidades mais frias ficam no Sul, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba, onde os termômetros marcam valores abaixo de 14°C. Próximo a Telêmaco Borba e Ponta Grossa a temperatura média em agosto é um pouco mais alta: fica entre 14°C e 16°C.

Na faixa litorânea, próximo a Cândido de Abreu e na região Oeste, as temperaturas vão de 16°C a 18°C historicamente em agosto. No Sudoeste e nas cidades ao redor de Umuarama, Maringá e Londrina, as temperaturas sobem um pouco mais: chegam a 20°C. A região mais quente do Paraná em agosto é o Noroeste, que registra temperaturas médias entre 20°C e 22°C no mês.

Em 2025 o inverno continuará tipicamente frio: as temperaturas ficarão muito próximas à média. “É um mês que começa a ter oscilações maiores nas temperaturas. A previsão é de noites geladas e tardes aprazíveis, ou seja, maior amplitude térmica”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

No Centro-Sul, Campos Gerais e na região Leste permanece a condição para formação de nevoeiros entre o período noturno e a manhã ao longo do mês.

CHUVA – Agosto é o mês em que menos chove, historicamente, no Paraná. Em julho de 2025, poucos episódios de chuva foram suficientes para que as cidades atingissem o volume previsto para todo o mês. Já em agosto de 2025 devem ocorrer mais episódios, porém com menor volume de chuva.

A primeira quinzena será de tempo seco intercalada com a passagem dessas frentes frias com baixos acumulados de chuva. A primeira delas já está prevista para a esta segunda-feira (04). “O final do mês tem previsão de chuva mais organizada, mas ainda assim o volume total de chuvas do mês deverá ficar abaixo da média histórica, que já é baixa”, diz Kneib.

As cidades na divisa com São Paulo historicamente são as mais secas: lá as médias de chuva são abaixo de 50 mm. Na faixa que vai do Noroeste, passando por Maringá e descendo até Telêmaco Borba, Cândido de Abreu e Região Metropolitana de Curitiba, incluindo a região de Guaraqueçaba, no Litoral, o volume de chuva em todo o mês historicamente fica entre 50 mm e 75 mm.

No resto do Litoral paranaense e em uma faixa que passa pela região Sul, Ponta Grossa, e termina no Oeste, o volume acumulado de chuva em agosto historicamente fica entre 75 mm e 100 mm. Em Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, e em todo o Sudoeste, chove mais: o volume médio é de 125 mm.

(Foto: Gabriel Rosa/Arquivo AEN)

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Nova frente fria trará chuva e queda das temperaturas ao Paraná, prevê Simepar

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Há mais de dez dias o tempo permanece estável no Paraná. O amanhecer é gelado, dentro da normalidade do inverno. É acompanhado de neblina nas regiões da metade Sul durante a madrugada e o amanhecer, e à tarde o sol aparece, às vezes entre nuvens, mas ainda assim capaz de elevar a temperatura máxima dia após dia. O cenário deve mudar a partir desta quarta-feira (16), com a aproximação de uma frente fria. Após a chuva, as temperaturas vão cair.

“A partir da quarta teremos mudanças nas condições do tempo, visto que temos o deslocamento de uma frente fria que avança pelo Sul do país, chegando ao Paraná entre o final da tarde e a noite de quarta-feira”, explica Paulo Barbieri, meteorologista.

A previsão é de pancadas de chuva isoladas neste período, principalmente nas regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul. Na quinta-feira (17) a chuva chega a outras regiões do Paraná. Nas regiões da metade Sul do Estado, os temporais podem ter volumes acumulados mais significativos.

“Após a chuva, o deslocamento desse sistema frontal para o oceano traz na sua retaguarda uma massa de ar frio que faz com que as temperaturas despenquem novamente em todas as regiões paranaenses”, diz Barbieri.

O frio mais intenso já será perceptível na noite de quinta-feira (17) nas regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul. A diferença será grande de um dia para o outro: na quarta-feira (16), por exemplo, Cascavel estará com temperaturas entre 15°C e 23°C, e na quinta (17) os termômetros ficam entre 7°C e 16°C.

No amanhecer de sexta-feira (18), o frio ganha destaque em todas as regiões do Paraná, inclusive com temperaturas próximas a zero grau na região Sul. Palmas, que tem mínimas na faixa dos 9°C até quarta (16), terá mínima invertida de 3°C na quinta (17), no período da noite, e apenas 1°C no amanhecer de sexta-feira (18). Guarapuava, que tem previsão de mínimas de 10°C na quarta-feira (16), terá mínima invertida de apenas 5°C na quinta (17), no período da noite, e amanhece com 2°C na sexta-feira (18).

“No decorrer do dia na sexta-feira o sol predomina. A tarde terá temperaturas agradáveis nas regiões Oeste, Noroeste e Norte do Estado, onde os termômetros ultrapassarão os 20°C. Já nas regiões Centro-Sul, Campos Gerais e Leste, as temperaturas ficam mais ou menos em torno de 14°C e 15°C a tarde”, afirma Barbieri.

SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas atmosféricas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até incêndios e secas. (Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

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