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Preços das commodities disparam e compensam safra menor

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O Paraná encerrou a colheita da safra de grãos de verão 2017/18 com uma produção de 22,3 milhões de toneladas, 12% menor que a obtida em 2016/17. A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento prevê para o ano todo uma produção de 38,9 milhões de toneladas de grãos, uma queda de 7% em relação ao ano passado, cujo volume alcançou 41,6 milhões de toneladas.

Essa redução ocorre em função dos problemas climáticos ocorridos durante o ciclo dos cultivos de feijão, milho e soja. Ainda assim, a safra é considerada excelente, atesta a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que divulgou nesta sexta-feira (27) o relatório mensal de acompanhamento de safra referente ao mês de abril.

Para o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni, não fosse o fator climático com muita chuva registrada em janeiro e fevereiro deste ano, no pico do verão, as safras de milho e soja teriam resultados semelhantes aos da safra 2016/17, que foi considerada excepcional. Esse foi o fator que puxou para baixo as produtividades em torno de 10% para o milho e 7% para a soja. Entre os grãos de verão, somente o feijão apresentou perdas mais elevadas na primeira safra, disse.

Em contrapartida, se os produtores não conseguiram obter a produtividade esperada inicialmente, agora estão sendo compensados pelos bons preços, afirmou Simioni.

Segundo ele, a comercialização está passando por um bom momento. A soja está proporcionando um ganho médio de até R$ 18,00 por saca e na mesma toada segue o complexo (farelo e óleo) quando comparado com o mesmo período em 2017. Para o milho, estima-se um ganho médio de R$ 10,00 em cada saca vendida.

Simioni alerta para que o produtor fique atento a esse momento, principalmente em relação ao câmbio que está favorável à comercialização das commodities, um dos melhores desde janeiro/2017.

Ele ressalta ainda em relação as oportunidades de investimentos. Com os indicadores econômicos mostrando uma tendência mais firme para a consolidação da retomada do crescimento no País, a rentabilidade melhor das commodities e, possivelmente uma de redução dos juros dos financiamentos agrícolas, o momento é propício ao planejamento de novos investimentos. “Contudo, é necessário aguardar a divulgação do novo Plano Agrícola e Pecuário que deverá ser anunciado no mês de maio”, disse.

CHUVAS – Em relação à segunda safra, em curso, e à safra de inverno, que começa a ser plantada, a expectativa está atrelada ao clima. Os produtores já estão apreensivos com a falta de chuvas que pode afetar as segundas safras de milho e feijão, que estão em campo e o plantio da safra de inverno, podendo retardar o plantio do trigo.

Segundo Simioni, se o atraso na colheita da safra de verão e a falta de chuvas estão empurrando para frente o plantio das lavouras de inverno, principalmente o trigo, que é a principal cultura cultivada no Estado nesta época, por outro lado está beneficiando o produtor. Isso porque ele consegue escapar dos efeitos da estiagem sobre as lavouras de inverno, que aguardam o retorno das chuvas para o plantio.

DESEMPENHO DAS COMMODITIES

SOJA – A colheita da safra 17/18 foi encerrada com uma produção de 19,1 milhões de toneladas, 4% inferior à safra anterior, que rendeu 19,8 milhões de toneladas. O clima não foi tão benéfico, o que fez a produtividade retroceder cerca de 7%, caindo de 3.762 quilos por hectare, na safra 16/17, para 3.503 quilos por hectare na safra 17/18. Segundo o economista do Deral, Marcelo Garrido, a produtividade da soja deste ano voltou aos níveis históricos, o que garantiu ainda uma boa safra, disse.

O preço médio da soja comercializada no Paraná neste mês de abril foi de R$ 74,00 a saca, um aumento de 32% sobre a comercialização em abril do ano passado, quando a soja era vendida em torno de R$ 56,00 a saca.

O aquecimento nos preços está sendo atribuído a uma safra menor no mundo todo, refletindo a quebra de safra na Argentina por causa da seca. E também ao conflito comercial entre Estados Unidos e China, que fez disparar a demanda pela soja brasileira. E, nos últimos dias, a escalada do Dólar frente ao Real valorizou a soja, tornando-a ainda mais atraente para quem está comprando lá fora, disse Garrido.

O analista alerta sobre as perspectivas daqui para frente que terão a influência no mercado com a divulgação da área plantada com soja nos Estados Unidos na safra 2018/19. Segundo o Deral, 50% da soja paranaense já foi vendida, volume maior do que em igual período do ano passado, quando 36% da safra estava vendida. “Os preços maiores estão acelerando as vendas”, afirmou.

MILHO – A primeira safra plantada no Paraná está com 90% da área já colhida, e 50% vendida. A primeira safra está encerrando com um volume de 2,8 milhões de toneladas, 43% inferior à igual período do ano passando, quando rendeu 4,9 milhões de toneladas.

A primeira safra de milho caiu bastante em decorrência de uma queda de 36% na área plantada, e na perda de 10% na produtividade das lavouras. Foi uma safra pequena e, como na soja, o clima também foi determinante para a perda de produtividade, disse Garrido.

O milho está sendo comercializado pelo produtor por cerca de R$ 31,00 a saca, 48% de aumento em relação à abril do ano passado, quando foi vendido, em média, por R$ 21,00 a saca. Essa valorização do grão está ocorrendo pela queda na oferta do produto. A safra de milho está menor no Paraná, assim como em outros estados brasileiros.

Segundo Garrido, no ano passado o Paraná produziu 18,3 milhões de toneladas entre as duas safras cultivadas no Estado e este ano vai ofertar cerca de 15 milhões de toneladas, dependendo do comportamento do clima durante a segunda safra, que está em campo. Se essa projeção se confirmar, a queda será de 17% na produção, calculou o analista.

A segunda safra de milho está plantada, mas tem a preocupação dos produtores com a falta de chuvas que já dura quase 30 dias em algumas regiões. Segundo Garrido, há previsão de chuvas para cerca de uma semana para frente ou mesmo 10 dias, mas não há garantia. E o solo está precisando de umidade, acrescentou.

Apesar disso, ainda é cedo para falar em redução da produtividade, embora o produtor esteja apreensivo porque a lavoura começa a entrar em fase crítica e precisa de água para se desenvolver. Segundo o Deral, 41% da safra entra em fase de floração e frutificação, o que faz aumentar a preocupação do setor.

A expectativa ainda é de uma segunda safra boa, com um volume de 12,2 milhões de toneladas. Esse volume é 8% inferior à safra passada, mas corresponde também à queda na área plantada, que foi de 11%. No ano passado, nessa mesma época foram plantados 2,4 milhões de hectares com milho de segunda safra, e este ano 2,1 milhões de hectares.

TRIGO – Principal cultura de inverno no Estado, está com apenas 1% da área plantada. O plantio está atrasado em decorrência da colheita da safra de verão que também atrasou por problemas climáticos e, agora, pelo clima seco. Além disso, o produtor também se manteve indefinido se plantaria ou não o trigo, em algumas regiões.

Agora, a intenção de plantio está confirmada e o trigo deverá ocupar uma área de 1,04 milhão de hectares, 7% acima da área plantada no ano passado, que atingiu 972.722 hectares. Com clima normal, a produção está estimada em 3,3 milhões de toneladas, um aumento de quase 50% em relação ao ano passado quando a produção obtida foi de 2,2 milhões de toneladas. Esse resultado está sendo estimado de acordo com uma projeção de aumento de 37% na produtividade.

Porém, a cultura também depende de chuva, o que pode frustrar essas expectativas, adverte Garrido. O momento é de entressafra na oferta de trigo e por isso o preço está em elevação. Em abril deste ano está sendo comercializado em torno de R$ 38,00 a saca, alta de 23% em relação ao mesmo mês do ano passado quando foi vendido, em média, por R$ 31,00 a saca.

FEIJÃO – O momento é de apreensão para o feijão de segunda safra que está em campo. Segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, a cultura entrou em fase crítica, com 21% da área plantada em floração, e 49% em frutificação. Cerca de 6% da área já foi colhida, o que aponta para a possibilidade de queda na produtividade.

Segundo Salvador, a preocupação é que no ano passado, nessa mesma época, 85% das lavouras estavam em boa situação. E neste ano, as lavouras boas correspondem a 79% da área ocupada, ou seja, há mais lavouras ruins do que no ano passado. O analista lembra que o período é atípico e que deve se esperar o avanço da colheita para ver se consolida essa queda em função da falta de chuvas.

Salvador lembra que havia boas projeções para o desempenho de feijão da segunda safra, que apontava para um crescimento de 5% em relação à anterior. Está sendo prevista uma colheita de 365.424 toneladas contra 346.610 toneladas colhidas em igual período do ano passado.

Os produtores estavam apostando no aumento de 28% na produtividade, que compensaria a queda de 21% na área plantada. No ano passado foram plantados 251.625 hectares com feijão de segunda safra e, este ano, 199.930 hectares.

A comercialização de feijão segue travada, sem espaço para reação nos preços no curto prazo, salientou Salvador. Uma reação nos preços vai depender do resultado da segunda safra de feijão no Paraná e no Brasil e de um possível aumento no consumo durante o inverno que se aproxima.

Atualmente, os preços estão oscilantes. O feijão de cores aumentou cerca de 9%, passando de R$ 82,50 a saca em março, para R$ 90,00 em abril. Já o feijão preto teve queda de 4%, sendo vendido a R$ 108,29 a saca em março e por R$ 104,00 em abril. (Foto: Cleverson Beje/Faep/Arquivo ANPr)

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Mais dois bairros de Pinhais atingem 100% de iluminação em led

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A Prefeitura de Pinhais, por intermédio da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop), dando continuidade ao plano de modernizar toda a estrutura de iluminação pública do município, vem substituindo todas as lâmpadas halógenas por LED. Atualmente, 75,1% da cidade já é iluminada com o sistema mais moderno.

Estância Pinhais e Vargem Grande são os mais recentes bairros a terem todas as lâmpadas halógenas substituídas por LED. Com esses dois, são seis bairros do município 100% iluminados com a tecnologia mais moderna. Anteriormente, Maria Antonieta, Pineville, Atuba e Alto Tarumã já haviam recebido a melhoria.

Além de iluminarem melhor, trazendo mais segurança à população, as lâmpadas com essa tecnologia também propiciam economia de recursos aos cofres públicos, por consumirem significativamente menos energia elétrica.

Em média, a economia com energia elétrica vem sendo de 30%. Atualmente já são 9.974 pontos de iluminação pública com essa tecnologia, com todas as regiões contempladas. O planejamento da prefeitura, por meio da Semop, que é quem realiza o serviço, é que toda a cidade já esteja 100% iluminada em LED até o fim de 2024.

Além desse serviço de substituição das lâmpadas halógenas pelas de LED, as novas luminárias já estão sendo instaladas com plaquetas de identificação, para tornar mais fácil o reconhecimento pelas equipes da Semop, em caso de manutenção.

As plaquinhas são formadas por uma letra e três números e assim permite aos munícipes informar exatamente qual é a luminária com defeito, ao abrirem um chamado. Das 13.276 luminárias na cidade, 8.845 já têm as placas de identificação, o que representa 66% do total. (Fonte e foto: SCSP)

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Setor de serviços cresce 5% no 1º trimestre do ano no Paraná; turismo avança 2,7%

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O volume do setor de serviços do Paraná cresceu 5% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado está quase quatro pontos percentuais acima da média nacional, que fechou os três primeiros meses com crescimento de 1,2%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os principais responsáveis pelo crescimento foram os subgrupos outros serviços (11,1%), serviços de informação e comunicação (9,5%), serviços profissionais, administrativos e complementares (4,8%), serviços de transporte (3,1%) e serviços prestados às famílias (2,9%). O segmento outros serviços envolve, por exemplo, compra, venda e aluguel de imóveis próprios; manutenção e reparação de veículos automotores; atividades de apoio à agricultura; e coleta de resíduos.

Os resultados da PMS também são positivos no Paraná na comparação mensal (de fevereiro para março), com crescimento de 0,4% no Estado, e no comparativo dos últimos 12 meses, em relação aos 12 meses anteriores, com evolução de 9,8%, enquanto a média nacional no período foi de 1,4%. No cenário nacional, a expansão do volume de serviços de fevereiro para março foi acompanhada por quatro das cinco principais atividades, com destaque para informação e comunicação (4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (3,8%).

RECEITA – O primeiro trimestre também encerrou com aumento na receita do setor, de 9,3%, enquanto a média nacional fechou em 5,4%. De fevereiro para março o crescimento da receita no Paraná foi de 1,7%, similar à nacional, de 1,8%. Nos últimos 12 meses, que permite uma avaliação mais ampla do cenário, as receitas cresceram 11,5%, o quinto melhor resultado do País, atrás de Tocantins (15,7%), Acre (12,7%), Mato Grosso (12,4%) e Distrito Federal (12,1%).

TURISMO – O índice de atividades turísticas, que compõem esse segmento, cresceu 2,7% no primeiro trimestre (enquanto a média nacional fechou em 0,4%), 2,6% no comparativo mensal (fevereiro a março) e 7,6% no acumulado dos últimos 12 meses. Nesse último recorte o turismo do Paraná apresenta o melhor resultado da região Sul e também está acima da média nacional (4,4%).

De acordo com o IBGE, cinco dos 12 locais pesquisados registraram movimento de expansão em março. A contribuição positiva mais relevante ficou com a Bahia (9,8%), seguida por Santa Catarina (4,5%) e Paraná (2,6%). Em sentido oposto, São Paulo (-1,6%), Distrito Federal (-6,2%) e Rio de Janeiro (-0,8%) assinalaram os principais recuos em termos regionais. (AEN/Foto: Ari Dias)

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Paraná amplia força-tarefa dos bombeiros no RS e prazo da campanha de arrecadação

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A força-tarefa do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) que atua na pior tragédia natural da história do Rio Grande do Sul está sendo renovada e ampliada nesta quarta-feira (8). Um grupo de 37 bombeiros militares foi deslocado de várias partes do estado para substituir a equipe que já vinha trabalhando nas regiões afetadas por enchentes desde a madrugada de 2 de maio. Assim como o primeiro grupo de profissionais, este também é formado por pessoal com treinamento em grandes desastres. A previsão é que permaneça no território gaúcho até o próximo dia 16, sob a liderança do capitão Maurício Batista Dubas.

Outra medida de apoio ao Rio Grande do Sul atualizada pelo Governo do Paraná foi a prorrogação até o dia 22 de maio da campanha SOS RS, organizada pela primeira-dama Luciana Saito Massa e a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. Alimentos não perecíveis (inclusive ração animal), além de água potável, materiais de higiene e limpeza, colchões, colchonetes, cobertores, roupas, roupas de cama e banho, calçados e utensílios domésticos podem ser entregues em qualquer unidade do CBMPR, das 8h às 20h. Unidades do Instituto Água e Terra (IAT) também estão recebendo doações.

Comandante-geral do CBMPR, o coronel Manoel Vasco de Figueiredo Júnior, que esteve presente na saída da equipe de Curitiba na quarta-feira (8), da sede do GOST (Grupo de Operações de Socorro Tático), destacou o trabalho da Corporação no Rio Grande do Sul e ressaltou a solidariedade da população paranaense.

“Já passamos de 500 toneladas de arrecadação, é uma das maiores que aconteceu dentro do Estado. O Corpo de Bombeiros está com mais de 2 mil voluntários cadastrados em todo o Paraná para ajudar com as doações nos quartéis. Tenho de agradecer a todos esses voluntários que trabalharam ontem (7) até as 23 horas de forma exaustiva, mas também vibrante e muito carinhosa”, declarou.

Ele também destacou a importância desse rodízio entre os integrantes da força-tarefa. “Os nossos bombeiros trabalharam durante esses oito dias de forma incansável, dormiram muito pouco trabalhando cerca de 20 horas por dia. Isso faz com que esse rodízio seja importante para que tenhamos uma tropa com energia renovada, pronta para o melhor atendimento”, disse.

O raciocínio foi reforçado pelo capitão Maurício Batista Dubas, que destacou ainda que a troca dos componentes da força-tarefa é reflexo natural do principal desafio nesse tipo de ocorrência. “A principal dificuldade é a situação como um todo. E, mesmo a gente estando preparado, ver as pessoas sofrerem afeta o psicológico do militar”, comentou.

Assim como o comandante-geral, ele também ressaltou o aspecto físico, em que o desgaste causado pelo esforço braçal nos trabalhos de campo é acentuado pela falta de descanso qualificado. “A mente e o corpo trabalham e são levados ao extremo. E você está operando equipamentos, dirigindo viaturas, então isso exige bastante”, disse. “Mesmo com todo preparo, a estafa mental e física chega em dado momento. A troca é para não comprometer a operação, não colocar em risco as pessoas que estão sendo ajudadas e os próprios bombeiros”.

RESGATES – Durante os seis primeiros dias de atividade nas cidades gaúchas, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná foi responsável pelo resgate de 930 pessoas, além de centenas de animais.

O novo contingente paranaense deve seguir trabalhando no resgate de vítimas da enchente e no transporte de remédios, profissionais e materiais. “O primeiro momento, nesse tipo de desastre, é de salvamento. Das pessoas que precisam de ajuda imediata, em que o risco à vida é iminente. Ainda temos essa situação por lá. Nesse sentido, vamos atuar com o salvamento ainda, seja com embarcações ou com a aeronave”, afirmou Dubas.

Aos poucos, outras atividades podem ser desempenhadas pelas equipes de segurança, como a busca pelos desaparecidos. “Independentemente do tipo de atividade, vamos dar continuidade, ajudando as pessoas que estão necessitadas, minimizando o seu sofrimento da forma mais eficiente e mais profissional possível”, disse o líder da nova força-tarefa.

A equipe se desloca em caminhonetes com tração nas quatro rodas, capazes de encarar terrenos adversos e acidentados. Na bagagem, as dez viaturas levam mais quatro embarcações – outras nove já estão sendo utilizadas por lá –, motores para essas embarcações, além de material para manutenção e equipamentos de proteção individual, inclusive aqueles voltados a situações de água rápida, como inundações.

A projeção do comandante da missão é de encontrar um cenário delicado, com o nível dos rios ainda exigindo atenção e com muita gente em situação de risco. A previsão do tempo, inclusive, aponta mais chuva, ventos fortes e até granizo. Mas o capitão Dubas entende que em quase uma semana de operação de socorro, os diversos atores envolvidos nesse mutirão de ajuda já desenvolveram um modo de atuação mais propício a cada localidade. Essa experiência adquirida facilita o processo de apoio às vítimas.

“Cria-se uma expertise. Você chega no local, entende o que está acontecendo e o que precisa ser feito. O apoio, a resposta que se necessita, acaba acontecendo num tempo menor e com uma qualidade maior para todos os envolvidos”, acrescentou o bombeiro paranaense. Fonte: AEN – Foto: Ricardo Ribeiro)

Paraná amplia força tarefa e campanha de arrecadação Foto: Gilson Abreu/SGAS

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