Notícias

Alimentos e bebidas crescem e investem R$ 5 bilhões no Paraná

Publicado

em

Apesar da recessão, as indústrias de alimentos e bebidas vêm conseguindo driblar a crise e seguem em crescimento no Paraná. Juntos, os dois setores geram 192,1 mil empregos formais e movimentam R$ 57,7 bilhões em vendas por ano no Estado. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com análise do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Desde 2011, esses setores já investiram R$ 5,05 bilhões no Estado, apoiados pelo programa de incentivos fiscais Paraná Competitivo, com geração de 52 mil empregos, de acordo com dados da Agência Paranaense de Desenvolvimento (APD). Além disso, dos R$ 9 bilhões em projetos em análise atualmente dentro do programa, cerca de R$ 5 bilhões referem-se a investimentos de Alimentos e Bebidas.

“Os alimentos são itens de primeira necessidade e não dependem de crédito para a compra, como os bens duráveis. Por isso são mais resistentes aos cortes no orçamento realizados pelas famílias durante a crise”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes. “Em tempos de retração, o comportamento da indústria de alimentos costuma se desvincular das demais atividades industriais”.

JANEIRO A MAIO – A produção de alimentos acumula, de janeiro a maio deste ano, crescimento de 3,5% na comparação com o mesmo período do ano passado no Paraná. No setor bebidas, a alta acumulada é de 11,5% na mesma base de comparação, de acordo com dados mais recentes do IBGE.

O resultado do Paraná contrasta com o comportamento desses dois setores no Brasil. No mesmo período analisado, a indústria de alimentos registrou menos 2,7% e a de bebidas teve retração de 1,8%.

PRINCIPAL DO PARANÁ – Com forte investimento realizado nos últimos anos, a indústria de alimentos já é a principal do Paraná. Foi responsável por 24,4% do valor da transformação industrial em 2014, de acordo com dados mais recentes da Pesquisa Anual Industrial (PIA) do IBGE. Está à frente de outros setores importantes, como fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (com 17,2%) e fabricação de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (9,5%). Em 2008, a participação da indústria de alimentos era de era de apenas 18,1%

DESENVOLVIMENTO – Uma combinação de fatores ajuda a explicar o crescimento do setor nos últimos anos, de acordo com Suzuki Júnior. A oferta de matéria-prima, com uma produção agropecuária representativa no Estado, faz com que a indústrias de alimentos e bebidas se desenvolvam e apostem em investimentos em novas fábricas e expansão de produção.

APOIO DO BRDE – As cooperativas agropecuárias, com apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), investiram fortemente na industrialização da produção do campo nos últimos anos. Somente no setor, foram R$ 951 milhões desde 2011, de acordo com a APD.

EMPREGOS – Boa parte da produção da indústria de alimentos paranaense é voltada, também, para as exportações, o que ajuda a compensar a baixa atividade e a queda no consumo mercado interno.

“Além disso, a indústria de alimentos, ao contrário do setor automotivo, por exemplo, não paga salários muito altos, mas emprega muita gente. Isso não apenas nas fábricas, mas em toda a cadeia envolvida, da produção no campo ao transporte”, acrescenta Suzuki Júnior.

Essa característica, de acordo com o economista, traz uma vantagem para o Estado, que, com o desemprego em alta, tem conseguido segurar o aumento da desocupação, principalmente no Interior do Estado. A maior parte dos investimentos do setor se concentra nas regiões Oeste, Sudoeste e dos Campos Gerais.

APOIO – O apoio do Governo, por meio do programa de incentivos Paraná Competitivo, tem garantido suporte aos investimentos do setor. Além disso, outros fatores têm sido determinantes para atrair projetos de fabricação de alimentação e bebidas no Estado.

“O Paraná sempre esteve na liderança do setor agroindustrial e mesmo no momento na crise o setor não foi afetado. Além disso, os preços das commodities atrelados ao dólar subiram privilegiando o setor”, diz Daniel Dall’Agnol, responsável pelos estudos na área de agroindústria da APD.

Outro fator que atraiu empresas do setor foi o fato de a crise hídrica, que afetou outros Estados, não ter ocorrido aqui, consolidando o Estado do Paraná como uma fonte segura de água.

Box

Setor de carnes predomina no Estado

Levantamento do Ipardes com base em pesquisas do IBGE mostra que a indústria de alimentos está bastante pulverizada no Estado. Mas há uma predominância do segmento de abate e fabricação de produtos de carne, com 33,4% de participação nas vendas industriais; seguido por óleos e gorduras vegetais e animais, com 17,8% de participação; e laticínios, com 8,2%. Em 2014, último dado disponível, as fabricantes de alimentos registraram vendas industriais, de R$ 53,8 bilhões, de acordo com a Pesquisa Industrial Anual do IBGE. Ao todo são 3,98 mil empresas de alimentos no Paraná.

Os frigoríficos também são os que mais geram vagas, com 45,5% das 186,8 mil pessoas empregadas com carteira assinada pelo setor em 2014. Em segundo lugar ficou a fabricação e refino de açúcar, com 15,1% do total.

O setor de bebidas, por sua vez, movimentou R$ 3,86 bilhões em vendas 2014, dos quais 70,2% provenientes da produção de bebidas não-alcoólicas, e 29,8% de alcoólicos. O setor envolve 130 empresas no Paraná, que empregam 5,3 mil pessoas com carteira assinada.

Foto:.Foto: Sistema FAEP /Fonte: ANPr

Continuar Lendo
Click para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias

Astro do heavy metal é recebido pelo prefeito de Curitiba em um dos principais projetos de esgrima do país

Publicado

em

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, recebeu nesta terça-feira (23/4) no Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho um dos maiores vocalistas do heavy metal de todos os tempos: Bruce Dickinson. Ele retorna a Curitiba em sua turnê “The Mandrake Project Tour” que percorrerá sete cidades brasileiras.

Dickinson, que também é esgrimista de ponta, foi conhecer um dos principais projetos de esgrima realizados no país, em uma parceria da Secretaria Municipal de Esporte Lazer e Juventude com o Instituto Mais Esporte.

“É uma alegria para Curitiba poder receber um artista da envergadura de Bruce Dickinson aqui em nosso Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho. Assim como Bruce, que já foi até convocado para representar a Grã-Bretanha no esporte, esperamos que nossos curitibinhas que estão começando na esgrima cheguem lá”, afirmou o prefeito Rafael Greca.

Durante a visita o vocalista do Iron Maiden também jogou um combate de esgrima com o atleta curitibano e da seleção brasileira, Alexandre Camargo.

“Para nós da esgrima é muito importante ter o Bruce aqui. Essa visibilidade atrai muitas pessoas, muita gente pra saber esgrima, tem a criançada que gosta, o pessoal mais velho também que acompanha o Bruce, isso acaba promovendo muito o esporte. A esgrima ainda não é um esporte muito conhecido no Brasil e são nesses momentos que a gente aproveita para ganhar mais fãs”, disse Camargo.

Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho

Na capital nacional do esporte, o Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho, no Água Verde, é casa de um dos principais projetos de esgrima realizados no país, em uma parceria da Secretaria Municipal de Esporte Lazer e Juventude com o Instituto Mais Esporte.

Este foi o primeiro Centro de Esporte e Lazer curitibano a incorporar o esporte, em 2018. O espaço conta com uma sala criada para a prática da esgrima com arma branca, máscara e roupa adequadas disponibilizadas gratuitamente, e atletas que se destacam em habilidade e força de vontade.

Segundo Giocondo Cabral, técnico e vice-presidente da Federação Paranaense de Esgrima, Curitiba em breve vai se tornar um celeiro de atletas do esporte.

“Eu acredito que seja um caminho para nós termos futuros campeões, ou pelo menos desenvolver bastante a prática. Nós saímos na frente! Porque os outros têm vários tipos de projetos, né? Em escolas, clubes e Curitiba também tem. Nas praças, só a capital do esporte proporciona, e isso faz a diferença”, afirmou o treinador.

Podem se inscrever alunos a partir de 7 anos, sem limite de idade. Além do Afonso Botelho, Curitiba oferece aulas de esgrima em mais quatro regionais de forma totalmente gratuita: Cajuru, Cidade Industrial, Santa Felicidade e Portão, todas com técnica da espada. Mas no Portão, das nove turmas, sete utilizam o sabre e duas a espada. Para se inscrever basta entrar no Portal Curitiba em Movimento. 


Prefeito Rafael Greca, recebe o vocalista Bruce Dickinson, da banda Iron Maiden, Foto: Pedro Ribas/SMCS

Continuar Lendo

Notícias

Agências do Trabalhador têm 17,4 mil vagas em todas as regiões do Paraná

Publicado

em

As Agências do Trabalhador e postos avançados do Paraná começam a semana pós-Tiradentes com a oferta de 17.425 vagas de emprego com carteira assinada. A maior parte é para alimentador de linha de produção, com 4.207 oportunidades. Na sequência, aparecem as de abatedor de porco, com 655 vagas, vendedor de comércio varejista, com 609, e repositor de mercadorias, com 593.

A Grande Curitiba concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (4.551). São 370 vagas para alimentador de linha de produção, 302 para operador de telemarketing ativo, 300 para operador de telemarketing receptivo e 293 para vendedor de comércio varejista.

Agência do Trabalhador Central, na Capital, oferta 100 vagas para profissionais com ensino superior e técnico em diversas áreas, com destaque para as funções de operador bilíngue, com 30 vagas, soldador (com curso técnico na área), com 20, agente administrativo (com curso técnico em administração), com 10. Há ainda ofertas para personal training, desenhista técnico, supervisor de almoxarifado, nutricionista, professor de jardim de infância e confeiteiro.

A Região de Cascavel concentra 4.461 nesta semana. São 1.147 oportunidades para alimentador de linha de produção, 446 para abatedor, 165 para magarefe e 153 para servente de obras.

Londrina (1.695), Campo Mourão (1.613), Foz do Iguaçu (1.365) e Pato Branco (1.181) têm mais de mil ofertas cada. Em Londrina, as funções que lideram as ofertas de vagas são alimentador de linha de produção, com 445 vagas, trabalhador da cultura de cana de açúcar, com 100, motorista de caminhão, com 60, e operador de caixa, com 63 oportunidades.

Em Campo Mourão, os destaques são para alimentador de linha de produção (613), trabalhador da manutenção de edificações (123), abatedor (108) e magarefe (82). Na região de Foz do Iguaçu, há oferta de emprego para as funções de alimentador de linha de produção, com 497 oportunidades, repositor de mercadorias, com 91, operador de caixa, com 74, e servente de obras, com 58.

Em Pato Branco, são ofertadas 361 vagas para alimentador de linha de produção, 60 para trabalhador da avicultura de corte, 57 para operador de caixa e 47 para servente de obras.

Em Ponta Grossa, com 92 vagas, os destaques são as buscas por montador de equipamentos elétricos (30) e armador de estrutura de concreto (5). Em Maringá, há oferta para soldador e vendedor do comércio. Em Jacarezinho são 101 oportunidades para trabalhador volante da agricultura. (AEN/Foto: Geraldo Bubniak)

Continuar Lendo

Notícias

Setor de serviços cresceu 8,5% no 1º bimestre de 2024; turismo teve alta de 2,1%

Publicado

em

As empresas paranaenses ligadas ao setor de prestação de serviços tiveram um crescimento de 8,5% no volume de suas atividades nos dois primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho do Paraná ficou bem acima da média nacional, que foi de 3,3%, e consta nos resultados da mais recente Pesquisa Mensal de Serviços ,divulgada na sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado dos últimos 12 meses analisados, o crescimento registrado para o segmento em nível estadual é de 10,9%, o maior do Sul do País. No mesmo recorte de tempo as empresas catarinenses tiveram uma variação positiva de 8,1% no volume das suas atividades, enquanto as gaúchas registraram uma alta de 3,8%. Na média nacional, houve crescimento de 2,2%.

Os dados do levantamento também apontam uma alta de 6,3% no volume de serviços no Paraná em fevereiro quando comparado ao mesmo mês de 2023. O índice é mais do que o dobro do Brasil neste comparativo, que foi de 2,5%.

Todos os segmentos analisados pelo IBGE tiveram resultado positivo no Paraná no acumulado do 1º bimestre. Os serviços prestados a família aumentaram 3,5% em relação a janeiro e fevereiro de 2023. Os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 5,9% no mesmo período, enquanto os transportes, serviços auxiliares e correio variaram 9,4%.

As maiores altas, no entanto, aconteceram nas empresas que prestam serviços de informação e comunicação (10,6%) e outros serviços (10,8%).

TURISMO – Analisado de forma separada pelo IBGE, o setor de Turismo também dá mostras de que continua aquecido no Paraná. Entre janeiro e fevereiro, o setor teve alta de 0,5% nas atividades, em um movimento contrário ao nacional, que caiu 0,8% neste intervalo de tempo. Apenas cinco estados registraram variação mensal positiva.

No ano, as atividades turísticas acumulam 2,1% de crescimento quando comparadas ao primeiro bimestre de 2023. O resultado foi o melhor do Sul do Brasil, à frente de Santa Catarina (1,3%) e do Rio Grande do Sul (-4,8%), e sete vezes maior do que a média nacional (0,3%). O aumento também se refletiu na melhora do caixa das empresas do ramo, que viram a sua receita ser ampliada em 10% no primeiro bimestre de 2024.

ECONOMIA DINÂMICA – Os resultado do segmento de serviços e do turismo acompanham uma tendência que já havia sido comprovada pelas mais recentes pesquisas do IBGE em relação a outros setores da economia estadual. No 1º bimestre, o crescimento das indústrias instaladas no Paraná foi de 4%, enquanto o comércio acumula uma alta de 6,9% nos dois primeiros meses de 2024, demonstrando o dinamismo da economia paranaense. (AEN/Foto: Gilson Abreu)

Continuar Lendo

Tendência