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História da imigração italiana é retratada em mural
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COLOMBO – Com o objetivo de ilustrar a cultura italiana de Colombo e embelezar ainda mais as belas paisagens do Circuito Italiano de Turismo Rural – foram implantados três murais. A ação faz parte do Projeto “Imigrantes Italianos – Murais em Colombo” – idealizado pela artista plástica colombense, Cintia Meri Stapassoli do Amaral.
Com o apoio da Prefeitura de Colombo por meio do Departamento de Turismo – o município acaba de inserir mais um mural. O ponto escolhido para receber a terceira obra de arte foi a Bilheteria do Parque Municipal da Uva – ponto turístico do município.
Vale lembrar, que o primeiro mural implantado, foi em 2015, no Pavilhão de Eventos do Parque Municipal da Uva e o segundo foi inserido neste ano – em frente ao Departamento de Turismo.
Com traços inspirados e adaptados em diferentes técnicas e estilos característicos de artistas influentes, como por exemplo, Tarsila do Amaral, Poty Lazzarotto, Juarez Machado e Bandeira de Mello, os três murais possuem um conjunto de imagens que retratam a história da imigração italiana no município por meio de gravuras estilizadas de cenas do cotidiano dos imigrantes, carregadas de poéticas e sentimentos.
Sobre a artista
Moradora de Colombo, a artista plástica, Cintia Meri Stapassoli do Amaral conta que a sua fonte de inspiração são às fotos históricas do município. Além de narrativas de sua própria vivência. “Meu objetivo principal é resgatar a história dos primeiros imigrantes colonos italianos no município de Colombo, contribuindo ainda para o embelezamento da cidade, com ambientes agradáveis e incremento ao turismo. Além disso, quero que todos tenham a oportunidade de apreciar uma imagem que é o resultado de uma pesquisa que contém toda uma poética dos primeiros colonos italianos no município”, conta. O projeto teve início em 2014, quando a artista desenvolveu uma pesquisa na Escola de Musica e Belas Artes do Paraná, sobre a cultura italiana em Colombo. (Fotos: PMC)
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Primeira geada de 2025 é esperada para esta terça-feira, prevê Simepar
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28 de abril de 2025Por
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Geada precisa de condições meteorológicas favoráveis quase como uma receita de bolo, que exige de bons insumos para dar certo. Os ingredientes da geada são, obrigatoriamente, céu claro (pouca ou nenhuma cobertura de nuvens), umidade relativa baixa, ambiente sem vento, e temperaturas abaixo de 5ºC. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), todas essas condições devem acontecer na manhã desta terça-feira (29), pela primeira vez em 2025. A primeira geada do ano está chegando.
O tempo começa a mudar nesta segunda-feira. As temperaturas mínimas deverão ser registrada à noite, e não durante o amanhecer. “O avanço de uma frente fria pelo oceano em direção ao Sudeste do Brasil, no fim de semana, veio trazendo mudanças no tempo no Paraná”, explica Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar. “Nesta segunda-feira, espera-se maior cobertura de nuvens entre a Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral, com possibilidade de garoa e chuva fraca ao longo do dia. A temperatura também começa a cair em todas as regiões”, informa Júlia.
Uma massa de ar frio e seco atuará sobre os estados da Região Sul ao longo da semana, o que vai impedir a formação de chuvas. O tempo ficará estável e com bastante amplitude térmica, ou seja, madrugadas frias e tardes mais amenas ou quentes. Esta terça, entretanto, terá um pouco mais de frio do que já foi constatado em 2025, e há a possibilidade de várias cidades registrarem a menor temperatura do ano até o momento.
“Diferentemente dos outros sistemas frontais frios, na retaguarda desta frente fria há uma massa de ar com maior característica polar, ou seja, um ar mais frio e seco. Essa condição é comum para esta época do ano, pois estamos na estação do Outono, aproximando-nos do Inverno”, detalha Júlia Munhoz.
REGIÕES – No Sudoeste, Centro-Sul, Sudeste, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba os termômetros vão marcar valores abaixo dos 10ºC. Pinhão e Guarapuava, por exemplo, podem ter temperaturas em torno de 5°C a 6°C no amanhecer. Na metade Norte do Estado, as mínimas devem variar entre 11ºC e 13ºC.
O destaque é para o setor Sul do Paraná, onde cidades como Palmas, General Carneiro, Clevelândia e União da Vitória poderão marcar mínimas próximas dos 5ºC, aumentando o risco de formação de geada. “Entre terça e quinta-feira, há a possibilidade de geada fraca ao amanhecer, especialmente na terça, favorecida pelo predomínio de céu claro durante a madrugada. A partir de quarta-feira, a circulação atmosférica vinda do oceano para o Interior do Estado deverá aumentar a cobertura de nuvens, abrangendo desde o Litoral até os Campos Gerais e a região Sudeste. Com isso, a chance de geada será reduzida progressivamente ao logo da semana, mas não totalmente descartada, especialmente em municípios mais ao sul e no interior do Estado”, afirma Júlia.
As máximas na terça-feira à tarde deverão variar entre 20ºC e 23ºC na maior parte do Paraná, chegando a 25ºC e 26ºC nas faixas Norte e Oeste. As temperaturas máximas ao longo da semana deverão se elevar gradativamente, atingindo cerca dos 28ºC em cidades como Paranavaí, Loanda, Foz do Iguaçu, Guaíra e Colorado na sexta-feira. A partir de sexta-feira, as temperaturas mínimas ao amanhecer deverão se elevar gradativamente, atingindo valores próximos aos 10ºC.
ALERTA GEADA – Com a previsão de geadas mais frequentes a partir de maio, terá início na próxima semana o Alerta Geada, desenvolvido pelo IDR-Paraná e Simepar desde 1995. O serviço tem o objetivo de alertar os agricultores e a população em geral, com antecedência de 24 e 48 horas, sobre a ocorrência de geadas no Paraná.
SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.
Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte. AEN (Foto: Valdelino Pontes/SECID-PR)
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Número de empresas abertas cresce 32,55% no Paraná no 1º trimestre de 2025
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7 de abril de 2025Por
facedanoticia
O Paraná registrou um aumento de 32,55% no número de empresas no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. O aumento refere-se ao saldo acumulado, calculado a partir da diferença entre o número de aberturas e de baixas de empresas. De janeiro a março deste ano o saldo acumulado foi de 46.032 empresas, enquanto que de janeiro a março de 2024 houve 34.728 novos negócios. Os dados positivos estão no relatório Painel de Empresas, relatórioda Junta Comercial do Paraná (Jucepar), publicado na sexta-feira (4).
Entre janeiro e março deste ano, foram abertas 103.536 empresas, um acréscimo de 30.229 novos registros em relação ao acumulado de fevereiro, quando somavam 73.307. Na comparação com o registrado no primeiro trimestre de 2024 (79.667), os três primeiros meses deste ano registraram aumento de 30%.
A maior parte das empresas abertas permaneceu de microempreendedores individuais, com 73% do total (77.611). Em seguida, aparecem as empresas do tipo Limitada, que representaram 25% das aberturas (24.052). O Paraná somou 1.818.625 empresas ativas em março.
Também foram baixadas 57.504 empresas no Paraná no primeiro trimestre. Especificamente no mês de março, o número de baixas do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) foi 5% menor que em fevereiro. Enquanto no mês anterior foram fechados 18.806 negócios no Estado, em março o número caiu para 17.902.
VIGOR ECONÔMICO – Os mais de 103 mil negócios abertos no primeiro trimestre demostram o vigor econômico paranaense. “Esse desempenho evidencia a confiança dos empreendedores no ambiente econômico do nosso Estado. Destaco especialmente o saldo positivo superior a 46 mil novos negócios até março, representando não apenas uma quantidade maior de abertura de empresas, mas também um cenário de estabilidade econômica e maior sustentabilidade para os negócios locais”, diz o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni.
Para ele, os bons números são resultados diretos das iniciativas de simplificação e desburocratização, especialmente com a classificação das empresas com o selo de Baixo Risco, agilizando processos e reduzindo custos para o empreendedor paranaense.
BAIXO RISCO – Duas em cada 10 empresas abertas no primeiro trimestre deste ano no Paraná foram beneficiadas pelo Selo do Baixo Risco. Nesse período, 6.300 novos negócios foram abertos a partir do protocolo, que é aplicado a 771 atividades econômicas desde 31 de janeiro de 2024, quando passou a vigorar o Decreto 3.434 de 2023 – mais conhecido como Decreto do Baixo Risco.
O decreto faz parte do programa Descomplica Paraná, que visa desburocratizar os processos ao empresariado paranaense, promovendo a fluidez da economia. O Selo do Baixo Risco não contempla os microempreendedores individuais, que já são isentos de alvarás e licenciamentos.
Além das aberturas, outras 4.966 alterações de empresas foram realizadas no primeiro trimestre deste ano a partir do decreto, totalizando 11.266 beneficiados. Curitiba continuou liderando o ranking dos municípios com maior número de empresas com o selo de Baixo Risco, acumulando 3.660 empresas até março, seguida por Maringá (978), Londrina (680), São José dos Pinhais (415) e Cascavel (391).
(Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)
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2 mil toneladas de aço, sapo raro e muito gelo na obra: as curiosidades da Ponte de Guaratuba
Publicado
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27 de março de 2025Por
facedanoticia
230 toneladas de gelo. Isso mesmo, gelo. Essa foi a quantidade utilizada no canteiro de obras da Ponte de Guaratuba até o momento, em cerca de um ano de movimentação intensa na baía. Isso acontece para a concretagem dos blocos de coroamento da ponte, dentro de uma estratégia de engenharia do Consórcio Nova Ponte, responsável pela construção. A obra, prevista para ser entregue em abril de 2026, também já utilizou mais de 2 mil toneladas de aço e 13.150 metros cúbicos de concreto.
A Ponte de Guaratuba, aguardada há mais de 30 anos pelos paranaenses, tem muitas curiosidades. Entre elas também estão o apoio direto de cinco embarcações que, entre outras funções, atuam como guindaste e para o transporte de caminhões betoneiras, e o monitoramento de animais 10 mil animais, com o objetivo de garantir a preservação de todo o ecossistema local. Algumas descobertas passam por tartarugas e sapos raros, aparecimento de botos e milhares de aves de diferentes espécies.
Essas são apenas algumas das curiosidades da construção da ponte, cuja extensão de 1.244 metros já está ganhando forma sobre o mar na Baía de Guaratuba. Iniciada em outubro de 2023, a previsão é de que a ponte fique pronta daqui pouco mais de um ano, em abril de 2026. Em fevereiro, a estrutura alcançou a marca de 44,2% de execução – mostrando a agilidade dos trabalhos das equipes no canteiro de obras.
“A construção da Ponte de Guaratuba avança em ritmo acelerado, alcançando marcos importantes que refletem nosso compromisso com essa obra tão aguardada. Com mais de 44% de execução, já vemos a estrutura ganhar forma, impulsionando a economia local e garantindo um novo futuro para a mobilidade no Litoral do Paraná. Seguimos focados na depois ou qualidade, segurança e eficiência para entregar essa grande conquista à população”, destaca o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Fernando Furiatti.
“A magnitude da obra impressiona pelos números, pela sua celeridade de execução, qualidade e investimentos. É por isso o nosso comprometimento diário em fazer dessa uma das maiores obras do Governo do Estado e com todo o diferencial que fará em termos de locomoção, economia e impulsionamento para a população do litoral do Paraná”, destaca a engenheira do DER/PR e fiscal da obra, Larissa Vieira.
A bióloga do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba, Aline Prado, acrescenta que a diversidade de espécies na região de Guaratuba é o que mais chama a atenção da equipe de monitoramento ambiental até o momento. “Cada monitoramento é uma surpresa, pois sempre registramos alguma espécie que ainda não havíamos observado. Além disso estamos verificando um número significativo de guarás, que até pouco tempo sofreu um declínio populacional. Ter a oportunidade de ver dezenas de animais e até revoadas é incrível do ponto de vista da conservação”, declara.
Confira algumas curiosidades:
GELO NA PONTE
No período de novembro de 2024 a janeiro de 2025, uma técnica chamou a atenção no canteiro de obras: o uso de gelo na concretagem dos blocos de coroamento da ponte. Foram utilizados, até o momento, cerca de 100 quilos de gelo para cada metro cúbico de concreto, totalizando aproximadamente 230 toneladas de gelo na concretagem, de acordo com o levantamento do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba. Isso dá mais ou menos 230 mil sacos de 10 kg de gelo de mercado.
Segundo a equipe de engenharia da obra, essa técnica, comum em grandes intervenções, tem como objetivo controlar a temperatura do concreto durante o processo de hidratação do cimento. A reação química libera calor, e em grandes volumes de concreto, como nos blocos de coroamento da ponte, esse calor pode causar fissuras térmicas. Ao manter a temperatura do concreto mais baixa, minimiza-se o risco de fissuras térmicas na estrutura, garantindo a integridade da estrutura.
MUITO AÇO E CONCRETO
A obra já utilizou mais de 2 mil toneladas de aço e 13.150 metros cúbicos de concreto, 16% do novo Maracanã (que recebeu 80.000 metros cúbicos), palco de final de Copa do Mundo de 2014.
A comparação com o aço pode ser feita com a Torre Eiffel, projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel e concluída em 1889 para a Exposição Universal de Paris, que tem 7.300 toneladas em sua estrutura. A Ponte Golden Gate, na Baía de São Francisco, nos Estados Unidos, foi construída com cerca de 83.000 toneladas de aço.
Em relação ao concreto, o Burj Khalifa, prédio mais alto do mundo, em Dubai, recebeu 45 mil metros cúbicos de concreto na sua fundação.
TRECHO ESTAIADO E MUITAS ESTACAS
Um dos diferenciais da Ponte de Guaratuba será o trecho estaiado. Diferentemente do restante da estrutura, que utiliza vigas e colunas de concreto e aço pré-fabricadas, o trecho estaiado da ponte é composto por cabos de aço de alta resistência que serão ancorados por torres para suportar parte do peso da pista. Ele é necessário para garantir a livre navegação das embarcações que circulam diariamente pela Baía de Guaratuba.
No total, serão 64 estacas de concreto que servirão de base para os 1.244 metros de extensão da ponte. Elas são concretadas no fundo da Baía de Guaratuba. Cada estaca possui de 180 a 220 centímetros de diâmetro e de 20 a 50 metros de comprimento, chegando a pesar 470 toneladas, ou aproximadamente cinco Boeing 737-900ER – um deles pesa 85 toneladas.
VOCÊ SABE O QUE É ADUELA?
Recentemente foi iniciada a execução da chamada aduela de partida, peça fundamental para a construção da superestrutura no trecho estaiado da ponte. A aduela é um elemento estrutural usado na construção de pontes, em especial as construídas pelo método dos balanços sucessivos, como no caso da Ponte de Guaratuba. Ela funciona como uma “peça” da ponte, construída aos poucos, partindo de um ponto central (como um pilar ou apoio), e avançando para ambos os lados, em um sistema de equilíbrio.
634 PESSOAS TRABALHANDO
Para que as obras saiam do papel, é necessária a mão de obra humana, formada por homens e mulheres que, diariamente, fazem o sonho da Ponte de Guaratuba se tornar realidade. No auge das obras, 634 pessoas estão contratadas nas mais diferentes funções, sendo 457 contratadas pelo Consórcio Nova Ponte e 177 subcontratadas, o que movimenta significativamente a economia na região. Entre os profissionais estão não apenas engenheiros e profissionais da construção civil, como pedreiros e soldadores, mas também biólogos, marinheiros, oceanógrafos, entre outros.
EMBARCAÇÕES
Para apoiar o trabalho, que acontece 24 horas por dia, são cinco embarcações que prestam suporte náutico, o que inclui duas balsas com guindastes executando as fundações e três balsas de apoio para transporte de caminhões betoneiras com concreto e armação para as estruturas. A curiosidade é que no futuro, com a nova ponte, a travessia de ferry boat que hoje leva em torno de 20 minutos a 30 minutos, será feita em questão de 2 minutos. As embarcações estão ajudando a acabar com o tráfego em embarcações.
3 MIL AVES, MUITOS GUARÁS
O monitoramento ambiental registrou, até o momento, 3.201 aves de 175 espécies, pertencentes a 19 ordens e 46 famílias. Os destaques são para a fragata, tucano-de-bico-verde, saíra-militar, saíra-sete-cores pula-pula, jacuguaçu, aracuã-escamoso e beija-flor-de-fronte-violeta.
Para as aves limícolas e marinhas, monitoradas nos pontos de fauna aquática, que incluem ambiente praial, na proximidade com o ferry-boat e áreas nas imediações das ilhas na baía de Guaratuba, foram registrados 2.855 de 59 espécies, pertencentes a 26 famílias e 13 ordens. Destacam-se as fragatas, biguás, garças e socós.
Segundo a equipe de monitoramento ambiental, a espécie de ave mais abundante na área monitorada foi a guará, com 584 aves contabilizadas até o momento. Esse registro é extremamente importante para mapear ambientalmente a região.
“O registro é fundamental, uma vez que essa espécie é classificada como quase ameaçada e já sofreu grande redução populacional na região devido à fragmentação dos manguezais, caça e coleta de ovos, sendo considerada extinta no sudeste e sul do país. Seu retorno ao litoral do Paraná e à baía de Guaratuba vem sendo observada na última década e seu registro demonstra uma recuperação gradual das populações”, destaca o coordenador ambiental do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba, Robson Felipe do Valle.
BOTOS E CACHORROS-DO-MATO
Também foram registrados 2.465 peixes pertencentes a 54 espécies, 24 famílias e 12 ordens. Entre as espécies estão em destaque os bagres, a caratinga, o linguado e a oveva. O monitoramento da fauna é realizado trimestralmente por equipes ambientais.
Em relação aos mamíferos, eles estão divididos em três grupos: aquáticos (golfinhos, baleias), terrestres (gambás, felinos, cuícas) e voadores (morcegos). Ao total, foram registrados 218 animais, distribuídos em 32 espécies, 5 ordens e 8 famílias.
Foram registrados dois botos-cinza, sendo um adulto e um filhote, dentro do primeiro grupo. Entre os mamíferos terrestres, se destacam os gambás-de-orelha-branca e gambá-de-orelha-preta, cuíca, cachorro-do-mato, quati, lontra, jaguatirica e mão-pelada.
Também foram avistados 173 mamíferos terrestres, distribuídos em 4 ordens e 9 famílias. Já para os voadores, foram contabilizados 45 dentro de duas famílias.
ARTARUGAS E SAPOS RAROS
Os répteis e anfíbios também marcam presença no programa ambiental da Ponte de Guaratuba. Foram contabilizados 1.134 animais representados por 2 ordens, 19 famílias, 30 gêneros e 39 espécies.
Foram registrados 46 répteis terrestres, entre 8 famílias, com destaque para o lagarto papa-vento, teiú, cobra-cipó e jararaca. A equipe também registrou 372 anfíbios, distribuídos em 11 famílias, com destaque para as espécies sapinho-pulga, rãnzinha-do-folhio, perereca-marsupial e rã-de-folhiço.
Até o momento foram registradas nove tartarugas-verde. O registro e monitoramento da espécie é importante, uma vez que a espécie está classificada como em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e é uma das espécies prioritárias de monitoramento segundo condicionante da Licença de Instalação da obra.
De acordo com a equipe ambiental, o sapinho-pulga registrado nos monitoramentos é um achado. Ele ocorre nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, especialmente na serrapilheira em remanescentes de Mata Atlântica e em altitudes de até 1000 metros acima do nível do mar. Esse sapinho pertence ao gênero dos menores sapinhos do mundo. Os machos podem medir até 8mm e as fêmeas até 10mm. Atualmente, a espécie está classificada como quase ameaçada pela IUCN. Logo, o seu registro na região é de extrema importância para conservação.
VESPAS, ABELHAS E BORBOLETAS
O trabalho de monitoramento também envolve insetos dividos em duas ordens, Hymenoptera, que é representada pelas vespas, abelhas e formigas, e Lepidoptera, que corresponde às borboletas. Até o momento, foram registrados 458 himenópteros relacionados a 27 famílias, como 120 borboletas distribuídas em 23 espécies. Entre a ordem Hymenoptera, estão as superfamílias Vespoidea, representadas pelas vespas-parasitóides e Platygastroidea, representada por vespas e formigas. Também se destacam as abelhas-das-orquídeas. Fonte: AEN/Foto: Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba


