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Nova Lei de Zoneamento é aprovada na Câmara de Curitiba

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O texto-base da nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Curitiba foi aprovado por unanimidade, nesta terça-feira (17/9), pela Câmara Municipal. Foram 35 votos favoráveis à proposta do Executivo, que tramita na Casa desde agosto do ano passado.

Foram protocoladas 72 emendas, das quais 13 retiradas. Das 59 votadas, 15 emendas foram aprovadas e serão incorporadas ao texto final da Lei de Zoneamento que será votado na sessão desta quarta-feira (18/4).

“Curitiba dá um passo adiante com a aprovação desta lei. Nos adequamos às exigências do Estatuto da Cidade podemos agora modernizar o sistema de aprovação de projetos com uma proposta ágil e transparente”, afirmou secretário de Governo e presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur.

A nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo atualiza a legislação anterior (lei 9.800/2000) vigente até o momento, incorpora solicitações da comunidade e do setor produtivo apresentadas em reuniões públicas e orienta o desenvolvimento da cidade com vistas ao empreendedorismo e o crescimento ordenado. “A lei estimula densidades mais adequadas para que a cidade seja mais compacta e densa nos termos da nova agenda urbana aprovada pela ONU em 2016”, explica o coordenador da revisão da lei no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Alberto Paranhos.

São destaques da nova legislação, o fortalecimento de moradias na área central, o incentivo a comércio e serviços nas pontas dos setores estruturais para uso não habitacional com potencial construtivo maior.

Outro ponto importante, destacado por Paranhos, é que a lei amplia o porte de atividades comerciais de 100m² para 200m² sem custo nenhum, e de 200m² para 400m², com outorga. “Com isso a gente favorece o empreendedorismo, tendo em vista que um terço dos negócios da cidade tem até 200 metros quadrados de área”, disse.

Amplo debate

A proposta do Executivo foi construída após dois anos e meio de reuniões técnicas e audiências públicas para debates e o recebimento de sugestões. Em outubro de 2016, a administração anterior havia enviado proposta à Câmara, arquivada ao final da legislatura sem ter sido votada. Em 2017, por determinação do prefeito Rafael Greca, o Ippuc montou uma força-tarefa para a atualização da Lei e a sua adequação ao Plano Diretor e ao plano de desenvolvimento proposto para a cidade.

Nesta quarta-feira (18/9), será votado o texto definitivo da lei pela Câmara, com a inclusão de emendas, e encaminhado à sanção pelo Executivo. A partir de então, em seis meses deverá entrar em vigência a nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo. Até lá serão montadas câmaras técnicas para discutir decretos regulamentadores e encaminhadas à votação as legislações complementares, como a Lei de Outorga, já em trâmite na Câmara.

Democrática e histórica

Na sessão desta terça-feira da Câmara Municipal, os vereadores destacaram a importância da aprovação da lei em sua primeira votação. O líder do governo, vereador Pier Petruzziello agradeceu aos 38 vereadores e a equipe do Ippuc. “Entramos para a história da cidade aprovando uma lei democrática e que vai encaminhar o futuro de Curitiba gerando emprego, renda e melhorando a habitação dos curitibanos”.

O vereador Dalton Borba, disse que o suporte da equipe técnica do Ippuc foi importante, até mesmo para a retirada de algumas propostas de emendas. “Nossa participação foi responsável e de bom senso. A oposição deve ser responsável pelo bem da cidade. Temos todos a mesma finalidade, às vezes por caminhos diferentes. Conculuímos um trabalho que será muito bem lembrado e visto pela população de Curitiba”.

A líder da oposição na Câmara, professora Josete, disse que a oposição sempre manteve postura responsável com a votação favorável de projetos importantes para a cidade. “Temos que pensar na cidade como um todo. Seremos sempre favoráveis aos projetos que vão ao encontro da garantia de políticas públicas para a população. Esta lei entra em vigor em 180 dias. Esperamos agilidade, por parte do Executivo, para que os planos decorrentes da lei possam chegar rapidamente a esta Casa. O trabalho começa agora. Esta é só a primeira etapa”.

A nova Lei básica de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo prevê, entre outros pontos:

1. Priorização do uso habitacional na Zona Central como estímulo à revitalização do Centro tradicional, por meio de coeficiente de aproveitamento diferenciado que preveja estímulos à requalificação de prédios antigos por meio de retrofit ou outras técnicas definidas em acordo com o município e dependentes de financiamento próprio.

2. Priorização do uso não habitacional nas pontas dos Eixos Estruturais Norte e Sul como estímulo à geração de empregos nessas áreas, contribuindo para o reequilíbrio das demandas em transporte coletivo nas vias expressas. Esse processo se dará pela oferta de coeficiente de aproveitamento diferenciado, acompanhado de estímulos à entrada no mercado de terrenos vazios com a aplicação de mecanismos específicos como a declaração de subutilização da área e a aplicação de IPTU Progressivo.

3. Aumento do porte de 100m² para 400m² para atividades comerciais e de serviços vicinais no miolo de zonas residenciais para impulsionar novos pequenos negócios e reforçar essa distribuição em toda a cidade. A medida contribui para a redução da necessidade de grandes deslocamentos para o atendimento das demandas imediatas dos residentes.

4. Criação da Zona de Uso Misto do Vale do Pinhão com a oferta de parâmetros diferenciados para o estímulo de uso misto em densidade média-alta (de 80 a 200 habitações por hectare). A medida abrange a região totalmente urbanizada e infraestruturada próxima ao Centro tradicional contida entre o Eixo da Marechal Floriano, Eixo Estrutural Sul e Linha Verde. São propostas condições mais atraentes que as atuais e únicas, entre as zonas de uso misto, como parte do processo de requalificação das áreas centrais da cidade.

5. Criação de Zonas de Uso Misto 3 (ZUM-3) próximas ao Vale do Pinhão, Centro Cívico e Eixo Marechal Floriano/Linha Verde. Cada uma delas já apresenta diversidade de usos, com uma tendência que merece ser apoiada para a melhor utilização da infraestrutura instalada.

6. Revisão e atualização da malha de vias classificadas (coletoras e setoriais) de modo a promover uma melhor distribuição por toda a cidade dessas vias que concentram comércio e serviços de maior porte e servem de suporte a linhas convencionais e alimentadoras da Rede Integrada de Transporte de Curitiba (RIT).

7. Aumento do porte de 400m² para 2.000m² para atividades comerciais e de serviços nas vias coletoras e setoriais, acompanhando o aumento no porte das atividades vicinais (de 100m² para 400m²). Esse aumento será condicionado ao cumprimento de regras específicas de estacionamento e acessos.

8. Diminuição do potencial construtivo do Centro Cívico de 5,0 para 4,0 de modo a evitar competição entre essa zona e o Centro tradicional, no que diz respeito aos usos habitacionais e também não competir com os Eixos Estruturais para usos de comércio e serviços (não habitacionais).

9. Criação de uma Zona Residencial 3 de Transição (Z3-T), como área de transição entre eixos estruturantes e de adensamento e também de zonas residenciais preparando a cidade para uma melhor ocupação com usos mistos em baixa-média intensidade no futuro próximo, dependendo da evolução das configurações de mercado e crescimento econômico local.

10. Simplificação da variedade de denominação de zonas residenciais e mistas de modo a homogeneizar seus parâmetros, apenas propondo a diferenciação naquelas zonas que precisam ter estímulos específicos.

11. Manutenção do mapeamento e parametrização dos Setores Especiais de Habitação de Interesse Social (SEHIS), conforme recomendado no Plano Diretor e solicitado pelo Conselho da Cidade (Concitiba), para que sejam claras as definições de áreas destinadas à produção de habitação de interesse social possibilitando que o poder público promova a requalificação ambiental dessas áreas e a regularização fundiária. (Foto: Lucilia Guimarães/SMCS)

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Astro do heavy metal é recebido pelo prefeito de Curitiba em um dos principais projetos de esgrima do país

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O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, recebeu nesta terça-feira (23/4) no Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho um dos maiores vocalistas do heavy metal de todos os tempos: Bruce Dickinson. Ele retorna a Curitiba em sua turnê “The Mandrake Project Tour” que percorrerá sete cidades brasileiras.

Dickinson, que também é esgrimista de ponta, foi conhecer um dos principais projetos de esgrima realizados no país, em uma parceria da Secretaria Municipal de Esporte Lazer e Juventude com o Instituto Mais Esporte.

“É uma alegria para Curitiba poder receber um artista da envergadura de Bruce Dickinson aqui em nosso Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho. Assim como Bruce, que já foi até convocado para representar a Grã-Bretanha no esporte, esperamos que nossos curitibinhas que estão começando na esgrima cheguem lá”, afirmou o prefeito Rafael Greca.

Durante a visita o vocalista do Iron Maiden também jogou um combate de esgrima com o atleta curitibano e da seleção brasileira, Alexandre Camargo.

“Para nós da esgrima é muito importante ter o Bruce aqui. Essa visibilidade atrai muitas pessoas, muita gente pra saber esgrima, tem a criançada que gosta, o pessoal mais velho também que acompanha o Bruce, isso acaba promovendo muito o esporte. A esgrima ainda não é um esporte muito conhecido no Brasil e são nesses momentos que a gente aproveita para ganhar mais fãs”, disse Camargo.

Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho

Na capital nacional do esporte, o Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho, no Água Verde, é casa de um dos principais projetos de esgrima realizados no país, em uma parceria da Secretaria Municipal de Esporte Lazer e Juventude com o Instituto Mais Esporte.

Este foi o primeiro Centro de Esporte e Lazer curitibano a incorporar o esporte, em 2018. O espaço conta com uma sala criada para a prática da esgrima com arma branca, máscara e roupa adequadas disponibilizadas gratuitamente, e atletas que se destacam em habilidade e força de vontade.

Segundo Giocondo Cabral, técnico e vice-presidente da Federação Paranaense de Esgrima, Curitiba em breve vai se tornar um celeiro de atletas do esporte.

“Eu acredito que seja um caminho para nós termos futuros campeões, ou pelo menos desenvolver bastante a prática. Nós saímos na frente! Porque os outros têm vários tipos de projetos, né? Em escolas, clubes e Curitiba também tem. Nas praças, só a capital do esporte proporciona, e isso faz a diferença”, afirmou o treinador.

Podem se inscrever alunos a partir de 7 anos, sem limite de idade. Além do Afonso Botelho, Curitiba oferece aulas de esgrima em mais quatro regionais de forma totalmente gratuita: Cajuru, Cidade Industrial, Santa Felicidade e Portão, todas com técnica da espada. Mas no Portão, das nove turmas, sete utilizam o sabre e duas a espada. Para se inscrever basta entrar no Portal Curitiba em Movimento. 


Prefeito Rafael Greca, recebe o vocalista Bruce Dickinson, da banda Iron Maiden, Foto: Pedro Ribas/SMCS

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Agências do Trabalhador têm 17,4 mil vagas em todas as regiões do Paraná

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As Agências do Trabalhador e postos avançados do Paraná começam a semana pós-Tiradentes com a oferta de 17.425 vagas de emprego com carteira assinada. A maior parte é para alimentador de linha de produção, com 4.207 oportunidades. Na sequência, aparecem as de abatedor de porco, com 655 vagas, vendedor de comércio varejista, com 609, e repositor de mercadorias, com 593.

A Grande Curitiba concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (4.551). São 370 vagas para alimentador de linha de produção, 302 para operador de telemarketing ativo, 300 para operador de telemarketing receptivo e 293 para vendedor de comércio varejista.

Agência do Trabalhador Central, na Capital, oferta 100 vagas para profissionais com ensino superior e técnico em diversas áreas, com destaque para as funções de operador bilíngue, com 30 vagas, soldador (com curso técnico na área), com 20, agente administrativo (com curso técnico em administração), com 10. Há ainda ofertas para personal training, desenhista técnico, supervisor de almoxarifado, nutricionista, professor de jardim de infância e confeiteiro.

A Região de Cascavel concentra 4.461 nesta semana. São 1.147 oportunidades para alimentador de linha de produção, 446 para abatedor, 165 para magarefe e 153 para servente de obras.

Londrina (1.695), Campo Mourão (1.613), Foz do Iguaçu (1.365) e Pato Branco (1.181) têm mais de mil ofertas cada. Em Londrina, as funções que lideram as ofertas de vagas são alimentador de linha de produção, com 445 vagas, trabalhador da cultura de cana de açúcar, com 100, motorista de caminhão, com 60, e operador de caixa, com 63 oportunidades.

Em Campo Mourão, os destaques são para alimentador de linha de produção (613), trabalhador da manutenção de edificações (123), abatedor (108) e magarefe (82). Na região de Foz do Iguaçu, há oferta de emprego para as funções de alimentador de linha de produção, com 497 oportunidades, repositor de mercadorias, com 91, operador de caixa, com 74, e servente de obras, com 58.

Em Pato Branco, são ofertadas 361 vagas para alimentador de linha de produção, 60 para trabalhador da avicultura de corte, 57 para operador de caixa e 47 para servente de obras.

Em Ponta Grossa, com 92 vagas, os destaques são as buscas por montador de equipamentos elétricos (30) e armador de estrutura de concreto (5). Em Maringá, há oferta para soldador e vendedor do comércio. Em Jacarezinho são 101 oportunidades para trabalhador volante da agricultura. (AEN/Foto: Geraldo Bubniak)

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Setor de serviços cresceu 8,5% no 1º bimestre de 2024; turismo teve alta de 2,1%

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As empresas paranaenses ligadas ao setor de prestação de serviços tiveram um crescimento de 8,5% no volume de suas atividades nos dois primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho do Paraná ficou bem acima da média nacional, que foi de 3,3%, e consta nos resultados da mais recente Pesquisa Mensal de Serviços ,divulgada na sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado dos últimos 12 meses analisados, o crescimento registrado para o segmento em nível estadual é de 10,9%, o maior do Sul do País. No mesmo recorte de tempo as empresas catarinenses tiveram uma variação positiva de 8,1% no volume das suas atividades, enquanto as gaúchas registraram uma alta de 3,8%. Na média nacional, houve crescimento de 2,2%.

Os dados do levantamento também apontam uma alta de 6,3% no volume de serviços no Paraná em fevereiro quando comparado ao mesmo mês de 2023. O índice é mais do que o dobro do Brasil neste comparativo, que foi de 2,5%.

Todos os segmentos analisados pelo IBGE tiveram resultado positivo no Paraná no acumulado do 1º bimestre. Os serviços prestados a família aumentaram 3,5% em relação a janeiro e fevereiro de 2023. Os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 5,9% no mesmo período, enquanto os transportes, serviços auxiliares e correio variaram 9,4%.

As maiores altas, no entanto, aconteceram nas empresas que prestam serviços de informação e comunicação (10,6%) e outros serviços (10,8%).

TURISMO – Analisado de forma separada pelo IBGE, o setor de Turismo também dá mostras de que continua aquecido no Paraná. Entre janeiro e fevereiro, o setor teve alta de 0,5% nas atividades, em um movimento contrário ao nacional, que caiu 0,8% neste intervalo de tempo. Apenas cinco estados registraram variação mensal positiva.

No ano, as atividades turísticas acumulam 2,1% de crescimento quando comparadas ao primeiro bimestre de 2023. O resultado foi o melhor do Sul do Brasil, à frente de Santa Catarina (1,3%) e do Rio Grande do Sul (-4,8%), e sete vezes maior do que a média nacional (0,3%). O aumento também se refletiu na melhora do caixa das empresas do ramo, que viram a sua receita ser ampliada em 10% no primeiro bimestre de 2024.

ECONOMIA DINÂMICA – Os resultado do segmento de serviços e do turismo acompanham uma tendência que já havia sido comprovada pelas mais recentes pesquisas do IBGE em relação a outros setores da economia estadual. No 1º bimestre, o crescimento das indústrias instaladas no Paraná foi de 4%, enquanto o comércio acumula uma alta de 6,9% nos dois primeiros meses de 2024, demonstrando o dinamismo da economia paranaense. (AEN/Foto: Gilson Abreu)

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