Economia

Quase 70% dos municípios no Paraná registraram números positivos de emprego em março

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O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira (28), aponta que 277 municípios do Paraná registraram saldo positivo nas contratações em março deste ano, o que representa cerca de 69,4% do total. O número é levemente inferior aos resultados de janeiro (73%) e fevereiro (85%) e está em consonância com a redução do ritmo de contratações no último mês, impactado pelas medidas restritivas de circulação e pelo pico da pandemia no Estado – março teve saldo de 11.507 novos empregos, contra 25.351 em janeiro e 41.626 em fevereiro.

Outros 17 municípios empataram as contratações e demissões e permaneceram zerados no terceiro mês do ano. Na contramão da média estadual, 105 cidades (26,3%) fecharam março com estoque negativo de emprego, mas 63 delas perderam até dez vagas, o que indica variação sazonal, com boas chances de reversão em curto prazo.

Os 15 municípios que mais geraram empregos em março foram Cascavel (598), Londrina (567), Toledo (526), Cambé (491), Apucarana (403), Araucária (341), Pato Branco (315), Ibiporã (313), Arapongas (306), Paraíso do Norte (279), São Mateus do Sul (253), Rolândia e Umuarama (245), Palotina (226) e São José dos Pinhais (202). Os resultados também foram expressivos em Medianeira (199), Palmas (166), Ortigueira (164) e União da Vitória (162).

Os dados de março de 2021 também mostram um salto em relação a março de 2020, mês da chegada da pandemia e dos primeiros decretos restritivos de circulação. Naquele mês foram 204 municípios com saldo positivo, 51,1% do total, além de 15 zerados e 180 com recortes negativos.

“Encerramos o primeiro trimestre de 2021 com saldo positivo nas contratações, mesmo diante de um cenário desafiador da pandemia, com as novas variantes e aumento dos casos e internações. A partir de agora, com novo ritmo da vacinação, os pacotes econômico e social e investimentos públicos, esperamos uma retomada ainda mais vigorosa e novas contratações no Paraná”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

DOZE MESES – O Caged destaca, ainda, que 322 municípios registraram saldo positivo de empregos nos últimos 12 meses (abril de 2020 a maio de 2021), o que representa 80,7% do total. Nessa conta, os maiores empregadores são Curitiba (16.798), Ponta Grossa (6.110), Cascavel (3.809), Toledo (2.833), Londrina (2.632), Maringá (2.576), Umuarama (2.513), Arapongas (2.244), Rolândia (1.999), Guarapuava (1.888), Araucária (1.878), Cambé (1.815), Apucarana (1.810), Ortigueira (1.775) e Palotina (1.564).

CAPITAIS – Um recorte feito pelo Departamento do Trabalho da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho também aponta que Curitiba foi a segunda capital que mais empregou no 1º trimestre. Foram 18.581 vagas, atrás apenas de São Paulo (SP), com 101.621. Belo Horizonte (MG) ficou em terceiro, com 15.907, seguida de Salvador (BA), com 11.238.

RETOMADA – O Paraná fechou o primeiro trimestre de 2021 entre os cinco estados do País que mais abriram vagas formais de emprego. Foram criados 78.484 postos com carteira assinada no período, já considerando os ajustes técnicos realizados pelo Ministério da Economia. Apenas São Paulo (253.460), Minas Gerais (108.109) e Santa Catarina (87.127) tiveram desempenho superior no recorte de 90 dias.

O resultado de março, de 11.507, é reflexo de 126.517 contratações e 115.010 desligamentos. Representa um aumento expressivo em relação ao mesmo mês do ano passado, marcado pelo início da pandemia no País, quando foram fechadas 25.351 vagas formais. Sozinho, o Paraná gerou mais empregos em março do que duas regiões brasileiras: Norte (8.944) e Nordeste (4.790).

As vagas abertas neste ano dão continuidade ao desempenho positivo conquistado ao longo de 2020. O Paraná abriu 52.670 vagas de emprego no ano passado, mesmo em um ano marcado pela crise econômica decorrente do coronavírus. Foi o segundo melhor resultado do País, com apenas 380 contratações a menos do que Santa Catarina. (Foto: Jonathan Campos/AEN)

Economia

Indústria paranaense cresce o dobro da média nacional nos últimos doze meses

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A indústria paranaense cresceu 5,1% no acumulado dos últimos doze meses (comparação de outubro de 2023 a setembro de 2024 com o mesmo período anterior), de acordo com a Pesquisa Mensal da Indústria, divulgada nesta quinta-feira (07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média nacional foi de 2,6%. Esse é o sexto melhor resultado do País, atrás apenas de Rio Grande do Norte (7,7%), Ceará (7,3%), Goiás (6,8%), Santa Catarina (6%) e Pará (5,5%).

Os principais motores dessa evolução foram a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (22,8%), produtos de madeira (14,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (14,3%), bebidas (13,2%), móveis (10,1%), produtos de borracha e material plástico (2,9%), veículos, reboques e carrocerias (2,8%) e papel e celulose (1,8%).

No caso de bebidas, produtos de madeira, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e móveis os resultados do Paraná são os melhores do País em doze meses. Em bebidas, por exemplo, o crescimento foi 8,9 pontos percentuais acima da média nacional, de 4,3%. Na fabricação de móveis o resultado é 2,4% acima da média nacional, de 7,7%.

Outros indicadores do setor também são positivos. A indústria local evoluiu 0,9% na variação de agosto para setembro, demonstrando recuperação em relação à passagem de julho para agosto, que apontou retração. Segundo o IBGE, esse crescimento que também aconteceu em outros estados reflete um movimento compensatório em relação ao mês de julho, quando ocorreu uma queda em nível nacional. A melhora no mercado de trabalho, com desemprego em queda e aumento do poder de compra das famílias, também explica a retomada.

Na comparação com setembro do ano passado, a variação da indústria do Paraná também é positiva, alcançando 3,7%, acima da média nacional (3,4%) e nesse caso na frente de São Paulo (2,9%), Rio Grande do Sul (2,5%) e Rio de Janeiro (-4,5%).

A indústria paranaense também cresceu 3,3% no acumulado de janeiro a setembro. O índice está acima da média nacional (3,1%). No acumulado no ano, 17 dos 18 locais pesquisados registraram alta na produção. (AEN/Foto: José Fernando Ogura)

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Com aumento de 3,26%, salário médio do Paraná foi o que mais cresceu na região Sul em 2023

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O rendimento médio dos trabalhadores paranaenses cresceu 3,26% no último trimestre do ano passado, já descontando a inflação, em comparação ao mesmo período de 2022. É a maior valorização salarial da região Sul, segundo levantamento feito pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa variação real, que considera o rendimento médio efetivamente recebido do trabalho principal, supera o registrado em Santa Catarina, que teve elevação de 1,36%, e do Rio Grande do Sul, com queda de -2,77% no período. O resultado do Paraná também fica acima do aumento nacional, que teve crescimento de 2,62% nos últimos três meses do ano.

Em valores monetários, o salário médio paranaense passou de R$ 3.189, no quarto trimestre 2022, para R$ 3.293 no mesmo período do ano seguinte. No Brasil, o valor médio variou de R$ 2.972 para R$ 3.050 de um período para o outro.

O levantamento do Ipardes está em consonância com o registro mais recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O Estado também chegou, em janeiro, ao maior salário médio de admissão no Sul, com R$ 2.061,50, contra R$ 2.041,97 de Santa Catarina e R$ 1.982,61 do Rio Grande do Sul. O crescimento foi de 3,04% em relação a dezembro.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o considerável aumento da remuneração média no Paraná é reflexo do aquecimento do mercado de trabalho local. “No último ano, a taxa de desocupação no Estado caiu de 5,1% para 4,7%, mantendo-se muito abaixo do desemprego observado em nível nacional”, explica. “Somente em janeiro deste ano, foram 20,1 mil novas vagas formais no Estado, como mostra o Caged”.

SETORES – Os principais destaques na variação salarial foram registrados nas atividades do setor terciário, como em alguns ramos dos serviços, com alta de 20,48%. A área de informação, comunicação e atividades profissionais contabilizou crescimento real de 12,6% nos salários pagos no Paraná no final de 2023.

Já no que se refere às categoriais ocupacionais, os aumentos mais relevantes foram conquistados pelos profissionais da segurança, como policiais, bombeiros e membros das Forças Armadas, com aumento de 27,79%. São seguidos pelos técnicos de nível médio, cujo salário médio evoluiu 23,77% no quarto trimestre do ano passado, na comparação com o mesmo intervalo de 2022.

Os valores também variam conforme a escolaridade. Os profissionais paranaenses com o ensino médio completo alcançaram elevação salarial de 5,5%, no período superando até mesmo os ganhos conquistados pelos trabalhadores com o ensino superior completo, que passaram a receber rendimentos 3,36% maiores. (Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN)

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Recorde do ano: Agências do Trabalhador iniciam a semana com a oferta de 19,3 mil vagas

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As Agências do Trabalhador e postos avançados do Paraná começam a semana com a oferta de 19.362 vagas de emprego com carteira assinada, o maior número de oportunidades do ano, superando os 18.931 postos de trabalho oportunizados na última semana de janeiro.

A maior parte das vagas é para auxiliar de linha de produção, com 3.572 oportunidades. Na sequência, aparecem as funções de repositor de mercadorias, com 815 vagas, alimentador de linha de produção, com 517, e abatedor de porco, com 480.

A Região Metropolitana de Curitiba concentra o maior volume, com 5.484 vagas. São 815 para repositor de mercadorias, 403 para operador de telemarketing receptivo, 281 para operador de caixa e 252 para operador de telemarketing ativo.

Na Capital, a Agência do Trabalhador Central oferta 134 vagas para preenchimento imediato: vendedor interno (81), pedreiro (19), motorista de ônibus rodoviário (13), vigilante (09), zelador (08) e pizzaiolo (04).

A região de Cascavel tem 4.406 postos de trabalho abertos. Há 845 vagas para auxiliar de linha de produção, 430 para abatedor de porco, 268 para operador de processo de produção e 195 para magarefe.

Também são destaque as regiões de Londrina (2.032), Pato Branco (1.580), Foz do Iguaçu (1.369) e Campo Mourão (1.263). Em Londrina, as funções que lideram as ofertas são auxiliar de linha de produção, com 513 vagas, alimentador de linha de produção, com 180, auxiliar de produção de gorduras vegetais comestíveis, com 70, e ajudante de carga e descarga, com 64.

Em Pato Branco, há oferta de emprego para auxiliar de linha de produção, com 338 vagas, magarefe, com 131, alimentador de linha de produção, com 88, e operador de processo de produção, com 70.

Em Foz do Iguaçu, os destaques são para auxiliar de linha de produção (297), alimentador de linha de produção (110), operador de caixa (63) e repositor em supermercados (53).

Na região de Campo Mourão há 604 vagas para auxiliar de linha de produção, 166 para safrista, 124 para alimentador de linha de produção e 91 para abatedor de aves.

ATENDIMENTO – Os interessados em ocupar as vagas devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. (Foto: Karolina Fabris Pacheco/AEN)

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