Turismo e Lazer

Recuperação da orla de Matinhos avança e chega a 67% de conclusão

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Principal intervenção ambiental e urbanística da história do Litoral do Paraná, o Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos atingiu nesta segunda-feira (30) índice de conclusão de 67%. Ou seja, 2/3 da obra, iniciada em junho de 2022, estão prontos. O levantamento é do Instituto Água e Terra (IAT), em parceria com o Consórcio Sambaqui, responsável pela modernização do local, após licitação pública. A expectativa do Governo do Estado é finalizar o projeto até o segundo semestre de 2024.

“A obra segue normalmente, dentro do cronograma. O engordamento da faixa de areia ficou pronto e caminhamos em outras frentes para entregar à população e turistas uma Matinhos completamente renovada”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

A nova parcial revelou, também, que outros cinco pontos de trabalho superam os 50%. São eles: Espigão da Praia Brava (73%); o lançamento de tetrápodes na Praia Brava (69%); a produção de tetrápodes (61%), o headland Flórida (60%) e os guias-correntes da Avenida Paraná (55%). São, ao todo, 12 frentes diferentes. Apenas os serviços de microdrenagem ainda não começaram, seguindo o cronograma inicial. Já o plantio de restinga com vegetação nativa segue paralisada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Não é só embelezar a praia, mas sim dar um suporte no controle de cheias e enchentes, provocados pelas chuvas e maré alta. É um grande projeto que estamos conseguimos tirar do papel”, explicou o diretor de Saneamento Ambiental do IAT, José Luiz Scroccaro. “Os guias-correntes vão minimizar em muito os problemas das cheias em Matinhos. E, somados aos espigões e headlands, vão dar melhor vida útil para a areia”.

O projeto prevê, ainda, a revitalização completa da orla, inclusive com a reposição da restinga com espécies nativas e a melhoria do acesso à praia, por meio de passarelas. Com a chegada do verão, as obras na orla sofreram uma diminuição de ritmo para não atrapalhar o descanso dos veranistas. A urbanização da praia de Caiobá, por exemplo, atingiu 45% de conclusão; a urbanização dos balneários de Matinhos (sentido Pico de Matinhos ao Balneário Flórida), 15%; e o plantio de restinga nativa na praia de Caiobá, 46%.

Até o momento foi finalizado o engordamento da faixa de areia de 70 a 100 metros de largura, por meio de aterro hidráulico e, além das estruturas marítimas, serão executadas intervenções de macro de microdrenagem para beneficiar também os moradores que não vivem na beira-mar e sofrem com constantes enchentes. “Teremos uma cidade completamente nova depois desse grande investimento”, destacou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Valdemar Bernardo Jorge.

ETAPAS – A obra de Revitalização da Orla de Matinhos será realizada em duas etapas, num valor total de R$ 500 milhões. A primeira etapa, com orçamento de R$ 314,9 milhões, abrange serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico; estruturas marítimas semirrígidas; canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem, e revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de espécies nativas.

O projeto é acompanhado de melhorias na pavimentação asfáltica e a recuperação de vias. O objetivo é minimizar os impactos gerados pela combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e ressacas no Litoral. Essa combinação vem destruindo e comprometendo boa parte da infraestrutura urbana, turística e de lazer no município de Matinhos.

As intervenções serão realizadas ao longo de 6,3 quilômetros entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida. Em uma segunda etapa, ainda sem previsão de data, será recuperado o trecho de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne. Haverá, ainda, a instalação de novos equipamentos urbanos, como ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.

Acompanhe a mais recente atualização do andamento do Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos:

Porcentual de execução obra: 67%

Espigão da Praia Brava: 73%

Guias-Correntes da Avenida Paraná: 55%

Headland Riviera: 41%

Headland Flórida: 60%

Urbanização Caiobá: 45%

Urbanização Balneários: 15%

Plantio de restinga em Caiobá: 46%

Macrodrenagem: 30%

Assentamento Macrodrenagem: 355 metros (35%)

Microdrenagem: ainda não iniciada, seguindo o cronograma original

Tetrápodes produzidos: 3.106 (61%)

Tetrápodes lançados na Praia Brava: 328 (69%)

(Foto: Alessandro Vieira/CC) AEN

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Número de turistas estrangeiros no Paraná aumenta 24% e chega a mais de 675 mil visitantes

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O Paraná atrai cada vez mais turistas estrangeiros. De janeiro a setembro de 2024, o Estado recebeu 675.108 visitantes do Exterior, um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2023 – com 544.843 chegadas. O Estado é o quarto principal portão de entrada das chegadas internacionais no Brasil. Os dados são do Ministério do Turismo e da Polícia Federal.

O painel mostra também que especificamente em setembro de 2024 o Paraná recebeu 53.403 visitantes do Exterior – volume 28,6% a mais que o mesmo mês de 2023, que registrou 41.532 estrangeiros. O número de setembro é também 11% maior que o do mês anterior: em agosto foram registrados 48.125 turistas.

Os números compilados pela Secretaria do Turismo do Paraná (Setu) estão disponíveis no SiTU (Sistema de Inteligência Turística), ferramenta lançada no ano passado, onde estão reunidas pesquisas, levantamentos e os principais indicadores do setor, de forma aberta e interativa.

Para o secretário estadual do Turismo, Márcio Nunes, a chegada de estrangeiros representa um grande impulso à economia. “Quando bem executado, o turismo impacta em uma melhor qualidade de vida para todos, porque o setor é responsável por gerar empregos, renda e oportunidades. Portanto, a vinda de visitantes do exterior representa, sobretudo, um impulso à indústria do turismo e à economia paranaense, porque eles movimentam os segmentos de hospedagem, alimentação além do comércio”, diz.

NACIONALIDADE – A via terrestre foi o principal acesso dos turistas estrangeiros que visitaram o Estado, representando 94,3% das chegadas internacionais em setembro deste ano. Do total, 34,2% dos turistas estrangeiros vieram do Paraguai, país para o qual uma nova linha aérea passa a operar entre Curitiba e a capital Assunção em dezembro, pela companhia Azul, o que deve impulsionar ainda mais o turismo com o país vizinho.

Na sequência entre os países que mais enviaram turistas ao Paraná vêm a Argentina (31,2%), Uruguai (5,4%) Chile (3,9%) e Estados Unidos (3,8%).

Para o coordenador de Inteligência e Estratégia Turística da Setu, Lucas Silvestrin Zani, os dados mostram um cenário promissor para o turismo paranaense. “O aumento nas chegadas internacionais em setembro é reflexo do trabalho conjunto do setor público e privado para promover o Paraná como destino turístico”, afirma. “A diversidade de nacionalidades, com destaque para o Paraguai e a Argentina, nossos vizinhos e parceiros comerciais, mostra que o Paraná é um destino atrativo para diferentes públicos”.

DESEMBARQUES AÉREOS – Além disso, o Paraná é o sétimo estado com maior número de desembarques aéreos de passageiros: foram 3.635.911 nos primeiros nove meses do ano, 3,6% a mais que em 2023. (AEN/Foto: Roberto Dziura Jr)

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IAT amplia projeto Parques Paraná, que passa a contar com 32 complexos ambientais

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O Instituto Água e Terra (IAT) ampliou o alcance do projeto Parques Paraná com a incorporação de três novos complexos ambientais: Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba; Estação Ecológica do Caiuá, em Diamante do Norte, no Noroeste; e Jardim Botânico de Londrina, do Norte, totalizando agora 32 espaços. A proposta busca requalificar áreas de preservação ambiental no Estado para atividades turísticas e educativas.

A partir desta adequação, as Unidades de Conservação (UCs) Caiuá e Floresta Metropolitana, que antes recebiam apenas visitas ocasionais para fins educativos e de pesquisa científica, estão aptas para ampliar a atividade turística de acordo com o regramento de cada local. Já o Jardim Botânico de Londrina passa a ser administrado pela Diretoria de Patrimônio Natural do IAT, dentro do Parques Paraná. Até então estava vinculada à Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos.

“Esses três complexos foram incluídos no programa com o objetivo de aumentar o número de Unidades de Conservação capazes de receber visitantes, impulsionando o desenvolvimento sustentável desses pontos”, explica a chefe da Divisão de UCs do IAT, Lorena Frandini.

Os novos locais se juntam aos outros 29 complexos do selo Parques Paraná, que incluem 28 Unidades de Conservação que permitem a visitação geral e o Aquário de Paranaguá, no Litoral. Entre esses espaços, três encontram-se atualmente fechados para reforma: o Parque Estadual Ilha das Cobras, também em Paranaguá, o Parque Estadual Mata dos Godoy, em Londrina, e o Parque Estadual do Pau Oco, em Morretes. (AEN)

Foto: Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

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Vinhos Durigan em Santa Felicidade

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Ao visitar os Vinhos Durigan, no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, os turistas são recebidos em um ambiente aconchegante e acolhedor, ao som de música italiana que remete às tradicionais ruas da Itália. Assim, os visitantes têm uma experiência autêntica e imersiva, sendo recebidos com calor e hospitalidade.

Além do ambiente encantador, os visitantes encontram uma vasta seleção de vinhos, espumantes, quentão, suco de uva e chocolates, todos produtos da família Durigan. Um dos grandes atrativos da vinícola é o passeio pela fábrica, onde é possível conhecer todos os processos, desde a produção até o envase dos vinhos e espumantes. Na loja, os clientes participam de uma degustação de vinhos, espumante e suco, tendo a oportunidade de experimentar os produtos exclusivos da casa.

Rosi Cler Durigan, representante da quarta geração da família, fala com orgulho sobre a tradição e o sucesso da vinícola. “Recebemos com carinho tanto os moradores da cidade quanto turistas de todo o Brasil. Aqui, cada pessoa é bem-vinda, e o ambiente é complementado por boa música italiana. Após conhecerem a fábrica, os visitantes podem participar da degustação e experimentar nossos vinhos e espumantes. Saber que nossos produtos estão em todo o país e até no exterior é motivo de muito orgulho. Recebemos mais de vinte ônibus por final de semana, com mais de dois mil turistas”, compartilha Rosi Cler.

Uma história de dedicação e amor à tradição

Aos 78 anos, Rosi Cler Durigan se emociona ao falar sobre a trajetória da família. “A produção de vinhos na nossa família começou na Itália, em 1873, com meu bisavô Romano Durigan. A família era de Treviso na Itália e chegou ao Brasil em 1876, inicialmente no Rio de Janeiro, depois em Paranaguá, e se estabeleceram em Morretes, onde meu bisavô e seus filhos se dedicaram ao plantio de cana-de-açúcar e à fabricação de cachaça, depois o vinho de mesa”, explica.

Em 1908, a família Durigan se mudou para Curitiba, no bairro de Santa Felicidade, onde começaram o cultivo das videiras e a produção de vinhos de mesa, depois começou a produção da grappa branca, seca e a grappa suave. “A primeira fábrica foi instalada no bairro Cascatinha pelo meu nono Izidoro Durigan e os filhos: meu pai Bortolo, meus tios Izidoro Filho e  Ernesto. Posteriormente, meu pai abriu uma pequena loja e a vinícola nesse espaço onde estamos até hoje, a mais de 100 anos depois. Com o passar do tempo, começamos a produzir vinhos finos, como Malbec, Cabernet, Merlot, Tannat, Moscato Giallo e Chardonnay além de espumantes, quentão e suco de uva. Hoje a vinícola  Durigan está na quinta geração da nossa família”, diz Rosi Cler.

A cultura italiana viva em Santa Felicidade

Santa Felicidade preserva com orgulho as tradições trazidas pelas famílias italianas que se estabeleceram na região. O bairro é um ponto turístico de destaque, com mais de trinta restaurantes, muitos com capacidade para mais de mil pessoas, além de vinícolas, cantinas de vinho, pizzarias e um variado comércio. Vinhos Durigan é um exemplo vivo dessa rica herança cultural, combinando tradição, história e hospitalidade em cada detalhe.

Saiba mais

Situada na Avenida Manoel Ribas, 6169, a Vinícola Durigan está no centro de Santa Felicidade, o bairro mais italiano de Curitiba e um importante polo turístico da cidade. Inaugurada em 1930, a vinícola produz mais de 600 mil garrafas por ano, incluindo vinhos finos, de mesa, espumantes, quentão, suco de uva e grappa. O horário de atendimento é de segunda a sábado das 8h às 22h e aos domingos das 8 às 20h. www.vinhosdurigan.com.br

Da redação / Por Jane Rita Lentcsh DRTPr 9996

Fotos: Face da Notícia

Família Durigan
Família Durigan

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