Ao visitar os Vinhos Durigan, no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, os turistas são recebidos em um ambiente aconchegante e acolhedor, ao som de música italiana que remete às tradicionais ruas da Itália. Assim, os visitantes têm uma experiência autêntica e imersiva, sendo recebidos com calor e hospitalidade.
Além do ambiente encantador, os visitantes encontram uma vasta seleção de vinhos, espumantes, quentão, suco de uva e chocolates, todos produtos da família Durigan. Um dos grandes atrativos da vinícola é o passeio pela fábrica, onde é possível conhecer todos os processos, desde a produção até o envase dos vinhos e espumantes. Na loja, os clientes participam de uma degustação de vinhos, espumante e suco, tendo a oportunidade de experimentar os produtos exclusivos da casa.
Rosi Cler Durigan, representante da quarta geração da família, fala com orgulho sobre a tradição e o sucesso da vinícola. “Recebemos com carinho tanto os moradores da cidade quanto turistas de todo o Brasil. Aqui, cada pessoa é bem-vinda, e o ambiente é complementado por boa música italiana. Após conhecerem a fábrica, os visitantes podem participar da degustação e experimentar nossos vinhos e espumantes. Saber que nossos produtos estão em todo o país e até no exterior é motivo de muito orgulho. Recebemos mais de vinte ônibus por final de semana, com mais de dois mil turistas”, compartilha Rosi Cler.
Uma história de dedicação e amor à tradição
Aos 78 anos, Rosi Cler Durigan se emociona ao falar sobre a trajetória da família. “A produção de vinhos na nossa família começou na Itália, em 1873, com meu bisavô Romano Durigan. A família era de Treviso na Itália e chegou ao Brasil em 1876, inicialmente no Rio de Janeiro, depois em Paranaguá, e se estabeleceram em Morretes, onde meu bisavô e seus filhos se dedicaram ao plantio de cana-de-açúcar e à fabricação de cachaça, depois o vinho de mesa”, explica.
Em 1908, a família Durigan se mudou para Curitiba, no bairro de Santa Felicidade, onde começaram o cultivo das videiras e a produção de vinhos de mesa, depois começou a produção da grappa branca, seca e a grappa suave. “A primeira fábrica foi instalada no bairro Cascatinha pelo meu nono Izidoro Durigan e os filhos: meu pai Bortolo, meus tios Izidoro Filho e Ernesto. Posteriormente, meu pai abriu uma pequena loja e a vinícola nesse espaço onde estamos até hoje, a mais de 100 anos depois. Com o passar do tempo, começamos a produzir vinhos finos, como Malbec, Cabernet, Merlot, Tannat, Moscato Giallo e Chardonnay além de espumantes, quentão e suco de uva. Hoje a vinícola Durigan está na quinta geração da nossa família”, diz Rosi Cler.
A cultura italiana viva em Santa Felicidade
Santa Felicidade preserva com orgulho as tradições trazidas pelas famílias italianas que se estabeleceram na região. O bairro é um ponto turístico de destaque, com mais de trinta restaurantes, muitos com capacidade para mais de mil pessoas, além de vinícolas, cantinas de vinho, pizzarias e um variado comércio. Vinhos Durigan é um exemplo vivo dessa rica herança cultural, combinando tradição, história e hospitalidade em cada detalhe.
Saiba mais
Situada na Avenida Manoel Ribas, 6169, a Vinícola Durigan está no centro de Santa Felicidade, o bairro mais italiano de Curitiba e um importante polo turístico da cidade. Inaugurada em 1930, a vinícola produz mais de 600 mil garrafas por ano, incluindo vinhos finos, de mesa, espumantes, quentão, suco de uva e grappa. O horário de atendimento é de segunda a sábado das 8h às 22h e aos domingos das 8 às 20h. www.vinhosdurigan.com.br
O Paraná atrai cada vez mais turistas estrangeiros. De janeiro a setembro de 2024, o Estado recebeu 675.108 visitantes do Exterior, um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2023 – com 544.843 chegadas. O Estado é o quarto principal portão de entrada das chegadas internacionais no Brasil. Os dados são do Ministério do Turismo e da Polícia Federal.
O painel mostra também que especificamente em setembro de 2024 o Paraná recebeu 53.403 visitantes do Exterior – volume 28,6% a mais que o mesmo mês de 2023, que registrou 41.532 estrangeiros. O número de setembro é também 11% maior que o do mês anterior: em agosto foram registrados 48.125 turistas.
Os números compilados pela Secretaria do Turismo do Paraná (Setu) estão disponíveis no SiTU (Sistema de Inteligência Turística), ferramenta lançada no ano passado, onde estão reunidas pesquisas, levantamentos e os principais indicadores do setor, de forma aberta e interativa.
Para o secretário estadual do Turismo, Márcio Nunes, a chegada de estrangeiros representa um grande impulso à economia. “Quando bem executado, o turismo impacta em uma melhor qualidade de vida para todos, porque o setor é responsável por gerar empregos, renda e oportunidades. Portanto, a vinda de visitantes do exterior representa, sobretudo, um impulso à indústria do turismo e à economia paranaense, porque eles movimentam os segmentos de hospedagem, alimentação além do comércio”, diz.
NACIONALIDADE – A via terrestre foi o principal acesso dos turistas estrangeiros que visitaram o Estado, representando 94,3% das chegadas internacionais em setembro deste ano. Do total, 34,2% dos turistas estrangeiros vieram do Paraguai, país para o qual uma nova linha aérea passa a operar entre Curitiba e a capital Assunção em dezembro, pela companhia Azul, o que deve impulsionar ainda mais o turismo com o país vizinho.
Na sequência entre os países que mais enviaram turistas ao Paraná vêm a Argentina (31,2%), Uruguai (5,4%) Chile (3,9%) e Estados Unidos (3,8%).
Para o coordenador de Inteligência e Estratégia Turística da Setu, Lucas Silvestrin Zani, os dados mostram um cenário promissor para o turismo paranaense. “O aumento nas chegadas internacionais em setembro é reflexo do trabalho conjunto do setor público e privado para promover o Paraná como destino turístico”, afirma. “A diversidade de nacionalidades, com destaque para o Paraguai e a Argentina, nossos vizinhos e parceiros comerciais, mostra que o Paraná é um destino atrativo para diferentes públicos”.
DESEMBARQUES AÉREOS – Além disso, o Paraná é o sétimo estado com maior número de desembarques aéreos de passageiros: foram 3.635.911 nos primeiros nove meses do ano, 3,6% a mais que em 2023. (AEN/Foto: Roberto Dziura Jr)
O Instituto Água e Terra (IAT) ampliou o alcance do projeto Parques Paraná com a incorporação de três novos complexos ambientais: Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba; Estação Ecológica do Caiuá, em Diamante do Norte, no Noroeste; e Jardim Botânico de Londrina, do Norte, totalizando agora 32 espaços. A proposta busca requalificar áreas de preservação ambiental no Estado para atividades turísticas e educativas.
A partir desta adequação, as Unidades de Conservação (UCs) Caiuá e Floresta Metropolitana, que antes recebiam apenas visitas ocasionais para fins educativos e de pesquisa científica, estão aptas para ampliar a atividade turística de acordo com o regramento de cada local. Já o Jardim Botânico de Londrina passa a ser administrado pela Diretoria de Patrimônio Natural do IAT, dentro do Parques Paraná. Até então estava vinculada à Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos.
“Esses três complexos foram incluídos no programa com o objetivo de aumentar o número de Unidades de Conservação capazes de receber visitantes, impulsionando o desenvolvimento sustentável desses pontos”, explica a chefe da Divisão de UCs do IAT, Lorena Frandini.
Os novos locais se juntam aos outros 29 complexos do selo Parques Paraná, que incluem 28 Unidades de Conservação que permitem a visitação geral e o Aquário de Paranaguá, no Litoral. Entre esses espaços, três encontram-se atualmente fechados para reforma: o Parque Estadual Ilha das Cobras, também em Paranaguá, o Parque Estadual Mata dos Godoy, em Londrina, e o Parque Estadual do Pau Oco, em Morretes. (AEN)
O setor de serviços e as atividades turísticas do Paraná cresceram bem acima da média nacional nos primeiros sete meses do ano. É o que mostra a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de serviços avançou 4,1% entre janeiro e julho no Estado, mais do que o dobro do que o Brasil, que teve alta de 1,8%. Já o turismo paranaense aumentou 5,4% no acumulado do ano, contra 1,3% da média nacional.
As atividades turísticas avançaram em todos os períodos no Estado. Na comparação de julho desse ano com o mesmo mês de 2023, o Paraná cresceu mais de seis pontos percentuais que o Brasil, chegando a uma alta de 7,6% no Estado contra 1,2% no País. No acumulado de 12 meses, entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Paraná teve o melhor resultado do Sul, com alta de 7%. Já na comparação com junho deste ano, o avanço do Estado foi de 0,8%, enquanto no Brasil houve queda 0,9%.
Além do crescimento de 4,1% no acumulado do ano, o setor de serviços também teve a maior variação na região Sul e a segunda maior do País no acumulado de 12 meses, com alta de 6,6%, atrás apenas do Tocantins (6,6%) e bem acima da média nacional, de 0,9%. Na comparação com junho de 2023, o setor cresceu 4,2% no Estado, mas teve uma queda em relação a junho deste ano, com baixa de 0,2%.
SEGMENTOS –Todos os segmentos que compõem o setor tiveram resultado positivo no Estado neste ano. A principal alta foi outros serviços, de 7,4%, acompanhada de perto dos serviços de informação e comunicação (7,2%). Os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 4,8%, os serviços prestados às famílias 4,1% e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 2,3%.
No acumulado de 12 meses, todos aparecem em alta, puxado mais uma vez por outros serviços (8,9%), serviços profissionais, administrativos e complementares (8,1%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,1%), serviços de informação e comunicação (5,9%) e serviços prestados às famílias (3,7%).
Já na comparação com julho do ano passado, quem mais cresceu foram os serviços profissionais, administrativos e complementares (7,1%), seguido dos serviços prestados às famílias (5,3%), serviços de informação e comunicação (4,9%), outros serviços (2,7%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,5%). (AEN/Foto: José Fernando Ogura)