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Inscrições para o Sisu começam amanhã
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As inscrições para a edição 2020 do segundo semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam amanhã (7). Estudantes interessados em concorrer a vagas em instituições públicas de ensino superior devem acessar o site do programa até esta sexta-feira (10). Mais de 51 mil vagas serão oferecidas em instituições do país.
Pela primeira vez, além dos cursos de graduação presenciais, o Sisu vai ofertar vagas na modalidade a distância (EaD). Podem participar da seleção candidatos que prestaram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2019 e não tiraram nota zero na redação. Quem fez a prova na condição de treineiro está fora do processo.
A classificação é de acordo com o desempenho obtido nas provas. Para determinados cursos, algumas instituições exigem nota mínima para ingresso. As informações estão nos editais elaborados por cada universidade na adesão ao programa.
Para concorrer ao Sisu não há critério de renda familiar. A condição é imposta apenas para candidatos a vagas reservadas para pessoas de baixa renda, quando a opção é disponibilizada pela instituição de ensino. Segundo cronograma divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), o resultado do Sisu será divulgado no dia 14 de julho. Se aprovado, o aluno precisa ficar atento às instruções para não perder o prazo de matrícula na instituição. Quem não for aprovado em nenhuma opção de curso ainda poderá se inscrever na lista de espera. A solicitação também é feita pelo site do programa entre os dias 14 e 21 de julho. (Fonte: Agência Brasil)
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Ratinho Junior sanciona lei que reduz IPVA no Paraná e garante menor alíquota do Brasil
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24 de setembro de 2025Por
facedanoticia
Agora é lei ( nº 22.645/2025 ): o Paraná tem o menor IPVA do Brasil. A nova alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores foi reduzida de 3,5% para 1,9% do valor venal de automóveis, motocicletas e caminhonetes nesta terça-feira (23) após a sanção pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em Curitiba. A medida beneficia cerca de 3,4 milhões de proprietários de veículos em todo o Estado, que pagarão 45% a menos de imposto anualmente.
“Essa é a maior redução de IPVA do Brasil e faz do Paraná o Estado com a menor alíquota do País. Esse dinheiro que deixa de ir para o imposto vai aliviar o bolso das famílias e circular na economia dos municípios. Vai ajudar no pagamento do IPTU, do material escolar, de uma prestação da casa, de uma viagem em família, das compras no mercado, no açougue ou na mercearia. É um benefício direto para a população e que movimenta os setores produtivos”, afirmou Ratinho Junior.
Segundo o governador, a medida só foi possível graças à organização financeira do Estado, que hoje tem a melhor saúde fiscal do Brasil segundo avaliação do Tesouro Nacional. “Mostramos que é possível ter responsabilidade fiscal e, ao mesmo tempo, reduzir tributos. O Paraná já possui a maior cesta básica isenta de ICMS, a menor tributação para os pequenos comerciantes do Simples Nacional e agora passa a ter o menor IPVA do Brasil. É uma sequência de ações que refletem planejamento, gestão e compromisso com quem vive e trabalha aqui”, acrescentou.
Atualmente, a frota tributada do Paraná é de 4,1 milhões de veículos, sendo que 3,4 milhões deles serão beneficiados com a redução – ou seja, quase 83% do total. Entre os veículos contemplados estão automóveis, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, ciclomotores, motonetas, utilitários, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores. Os automóveis representam o maior grupo, com mais de 2,5 milhões de unidades. Em seguida, aparecem motocicletas (268,7 mil), caminhonetes (244,7 mil) e camionetas (225,1 mil).
Para se ter uma ideia do impacto, o proprietário de um carro avaliado em R$ 50 mil, que pagava R$ 1.750 de imposto, pagará apenas R$ 950 em 2026. De acordo com a Receita Estadual, mais de 68% da frota tributada do Paraná se enquadra nessa faixa de valor. Pegando o estado catarinense para comparação, onde o IPVA é de 2%, o imposto ficaria em R$ 1.000, enquanto que o carro emplacado em São Paulo teria de arcar R$ 2.000 por causa da alíquota de 4%.
A alíquota diferenciada não altera a cobrança para veículos especiais, como ônibus, caminhões, utilitários de carga, veículos de aluguel ou movidos a gás natural veicular (GNV), que permanecem tributados em apenas 1%. Além disso, a lei mantém a isenção de IPVA para motocicletas de até 170 cilindradas, sancionada pelo governador em dezembro de 2024.
O cálculo do IPVA continua a ser feito sobre o valor venal dos veículos, estabelecido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a partir de uma análise regional dos preços praticados no Estado, cuja divulgação dos valores é feita sempre no final de cada ano. No site do Governo do Paraná, é possível simular a aplicação dos novos valores a serem pagos em 2026.
IMPACTO AOS PARANAENSES – O secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, explicou que a redução do IPVA não beneficia apenas os cidadãos, mas também os municípios e a economia estadual. “Com o menor IPVA do Brasil, o paranaense terá mais dinheiro para fazer compras, viajar de férias com a família ou pagar outras contas, como o IPTU, que também é cobrado no início do ano. É dinheiro no bolso que impulsiona o consumo e movimenta a economia”, afirmou.
Segundo Ortigara, a menor alíquota também deve incentivar a repatriação de veículos registrados em outros estados e o aumento da frota dentro do Paraná, seja com aquisição de veículos novos ou transferências de pessoas que hoje emplacam em estados vizinhos, como Santa Catarina, onde a alíquota é de 2%. “Tudo isso representa mais recursos entrando nos cofres paranaenses”, explicou.
Mesmo antes da sanção, a expectativa de queda do imposto já teve efeitos práticos no mercado. Dados do Departamento de Trânsito do Estado (Detran-PR) apontam que, nos 10 dias seguintes ao anúncio da nova alíquota, os emplacamentos cresceram 11%, com 11.807 registros – uma média de 1.118 por dia. “Essa movimentação confirma uma das estratégias da Secretaria da Fazenda e da Receita Estadual para garantir equilíbrio fiscal mesmo com o corte de impostos: o aumento da frota tributada contribui para manter a arrecadação do Estado estável”, afirmou Ortigara.
O diretor-presidente do Detran-PR, Santin Roveda, enfatizou o crescimento no registro de emplacamentos e as condições propícias que a redução de imposto traz para o empreendedorismo paranaense. “Essa diminuição do IPVA é uma retribuição, uma devolução de dinheiro para o bolso de quem faz o Estado acontecer, que é a classe média, o trabalhador, os empresários, a indústria e o agronegócio”, pontuou.
Para o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Paraná (Sindicovi-PR), Marcos da Silva Ramos, a medida trará impacto positivo para o setor. “A redução do IPVA deve estimular a volta de empresas e frotistas que migraram para outros estados em busca de alíquotas menores. Isso garante que veículos de maior valor e motocicletas permaneçam registrados no Paraná e fortalece a cadeia automotiva ao permitir que concessionárias locais recuperem volume de vendas e bônus das montadoras”, avaliou.
EQUILÍBRIO FISCAL – Para assegurar a saúde fiscal do Estado, a lei sancionada traz algumas alterações no IPVA 2026. Entre elas, o aumento da multa por atraso no pagamento, que passa de 10% para 20%. A regra de cobrança de juros de mora e multa diária (0,33% ao dia, acrescida da Selic) será mantida, com a multa fixa de 20% sendo aplicada após 30 dias de atraso.
Com essas medidas, o Estado garante que a redução do imposto não comprometa os recursos necessários para investimentos, manutenção de serviços e equilíbrio das contas públicas.
A sanção marca ainda a segunda grande alteração do IPVA promovida pela gestão do governador Ratinho Junior. Em 2024, o Estado isentou motocicletas de até 170 cilindradas, beneficiando mais de 732 mil proprietários, principalmente motoboys e entregadores, sem comprometer a arrecadação estadual.
RESENÇAS – Também acompanharam a sanção o vice-governador Darci Piana; chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; chefe da Casa Militar, Marcos Tordoro; secretários estaduais das Cidades, Guto Silva; Planejamento, Ulisses Maia; Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo; Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte; Agricultura e Abastecimento, Marcio Nunes; Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, da Comunicação, Cleber Mata, da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona; presidente do Ipardes, Jorge Callado; presidente da Invest Paraná, Eduardo Benin; presidente do Detran-PR, Santin Roveda; o comandante-geral da Polícia Militar, Jefferson Silva; o defensor público-geral do Paraná, Matheus Munhoz; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi; o líder do Governo na Alep, Hussein Bakri; o senador Sérgio Moro; os deputados estaduais Cloara Pinheiro, Ademar Traiano, Gugu Bueno, Anibelli Neto, Marcelo Rangel, Alisson Wandscheer, Matheus Vermelho, Luiz Fernando Guerra, Flávia Francischini, Denian Couto, Márcia Huçulak, Artagão Júnior, Mabel Canto, Mauro Moraes, Tito Barrichelo e Luis Corti; o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Marcel Micheletto; o presidente do Sindicato dos Despachantes do Estado do Paraná (Sindepar), Marcos dos Santos Júnior; prefeitos, secretários municipais, vereadores e representantes do setor produtivo. (Foto: Ari Dias/AEN)
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Há 50 anos, Curitiba ficava toda branca: Simepar explica o fenômeno da neve de 1975
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16 de julho de 2025Por
facedanoticia
Em 16 de julho de 1975 chovia em partes do Rio Grande do Sul ao Paraná, enquanto uma massa de ar extremamente frio e seco atingia o setor central da Argentina. Durante a madrugada essa massa de ar frio entrou no extremo-sul do País. No dia 17, Curitiba amanheceu com chuvisco. Neve e chuva congelada foram observadas a partir das 8h. Com a visibilidade reduzida e temperaturas próximas a 0°C, entre 13h e 15h a neve se tornou mais intensa, criando o fenômeno meteorológico mais marcante da memória recente dos curitibanos.
Na Capital, a população comemorava a alegria de um momento marcante com a família, montando bonecos de neve e registrando os momentos em belas fotografias. No dia seguinte, 18 de julho de 1975, ocorreu um dos episódios mais tristes do agronegócio paranaense. A mesma massa de ar polar que colaborou para formação da neve, com rajadas de vento intensas e ar muito muito frio, congelou a seiva das plantas no Norte do Paraná e a geada negra dizimou cafezais inteiros.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar), a formação da neve requer a combinação de fatores atmosféricos fundamentais, quase como uma fórmula precisa. Desde a superfície terrestre até 3000 metros de altura, é preciso ter temperaturas do ar abaixo de 0°C e a presença de ar úmido capaz de promover a sublimação do vapor d’água para cristais de gelo. Este é o ambiente ideal para a formação e ocorrência de precipitação de flocos de neve
“Quando esta camada se encontra fria e saturada de umidade como descrito acima, a possibilidade de formação do fenômeno é elevada, com mais ênfase em situações de transporte de umidade com bandas de precipitação”, explica Leonardo Furlan, meteorologista do Simepar.
O processo de formação dos flocos de neve ocorre dentro das nuvens, com a formação de cristais de gelo. “Os cristais de gelo crescem através da sublimação, ou seja, troca da fase da água do vapor d’água para o gelo. Os cristais também podem crescer ao colidirem uns com os outros ou ao entrarem em contato diretamente com a água super-resfriada”, detalha Furlan.
Assim que os flocos de neve se formam, crescem e ficam pesados ao ponto de não ficarem suspensos no ar, eles precipitam em direção à superfície. Se a temperatura se mantiver abaixo de zero grau ou muito próximo a esse valor, a chance do floco cair integralmente é maior.
SISTEMAS METEOROLÓGICOS – Para que todos os ingredientes desta fórmula estejam presentes e a neve aconteça, determinados sistemas meteorológicos devem atuar. “No ingresso de frentes frias com características continentais, o ar mais frio, associado a grandes massas de ar de origem polar, invadem o continente. Sistemas de alta pressão robustos no centro/centro-sul da Argentina, a leste da Cordilheira dos Andes, são determinantes. Esses sistemas trazem consigo intensas incursões polares, capazes de provocar uma redução expressiva nas temperaturas de forma generalizada”, diz Furlan.
Além do frio, também é necessária a presença de umidade que, além das frentes frias, pode ser transportada por ciclones extratropicais. “Estes sistemas dão origem a bandas de precipitação, que ao encontrarem um ar muito frio (normalmente em áreas mais elevadas), e também úmido, podem resultar na precipitação de neve, ou de chuva congelada (quando os flocos de neve derretem parcialmente no caminho, em direção ao solo)”, detalha Furlan.
O padrão de circulação atmosférica em eventos de nevada no Sul do Brasil tem sido objeto de estudos. A tese de doutorado da pesquisadora Márcia Vetromilla Fuentes (2009), do Instituto Federal de Santa Catarina, observa que, em todas as situações, é necessária a presença de vigorosos sistemas de alta pressão para ocorrência de neve de forma mais abrangente.
“Com o avanço da frente fria e com o ar polar ingressando na retaguarda, estão dadas as condições principais para precipitação invernal em forma de neve ou chuva congelada. Mas é com o aprofundamento de um sistema de baixa pressão, preferencialmente próximo do Litoral gaúcho ou do Uruguai, que na sequência dá origem a um ciclone extratropical, é que a ocorrência de neve pode ser mais abrangente”, afirma o meteorologista Leonardo Furlan.
Segundo ele, estudos apontam que, quanto mais intenso for o ciclone, favorecido por fortes ventos em níveis altos da atmosfera, maior será o transporte de umidade e consequentemente maior será o impulso do ar frio associado ao sistema de alta pressão. “Resumindo: com um sistema de alta pressão também intenso, o gradiente de pressão na região de interesse será maior, e consequentemente o transporte de ar frio e de umidade será mais eficiente”.
50 ANOS – Em 17 de julho de 1975 ocorreu uma potente incursão de ar frio pelo Centro-Sul da América do Sul, com um robusto sistema de alta pressão, associado com massas de ar frio de grande intensidade. Tudo começou no dia 12 de julho, quando uma frente fria avançou pelo extremo sul do continente, enquanto o Sul do Brasil enfrentava variação de nuvens e chuvas.
“No dia 14 de julho, o avanço do sistema frontal trouxe o aumento das instabilidades na região. Na sequência, no dia 15 de julho, se iniciava o aprofundamento de um sistema de baixa pressão na altura do Uruguai. E a oeste daquele sistema, o ar frio avançava pelo centro-norte da Argentina, Paraguai e Bolívia, como uma bolha de ar frio”, lista Furlan.
Um dia antes do grande episódio de neve em Curitiba, o ar frio e seco já dominava boa parte do centro e centro-sul da Argentina, enquanto o Rio Grande do Sul ainda tinha muitas nuvens e temperaturas abaixo de 15 °C. O Paraná ainda estava sob influência de muita cobertura de nuvens e de chuva, com o ar frio avançando gradualmente, principalmente pelas regiões oeste, sudoeste e sul, com queda mais significativa na área da Capital paranaense a partir do final da noite.
Os ventos em níveis altos da troposfera eram mais intensos na altura da Região Metropolitana de Curitiba, e a umidade era significativa, principalmente nas primeiras horas do dia. A Capital registrava temperaturas próximas a 0°C com chuva leve, o que permitiu a precipitação invernal.
“O gradiente de pressão entre os dois sistemas, com a baixa pressão sobre o oceano, na altura do litoral gaúcho, criou uma pista de vento que transportou ar muito frio para o Paraná, o que favoreceu a precipitação histórica de neve em muitos municípios, inclusive em Curitiba, que registrou neve pela manhã e início da tarde do dia 17 de julho”, explica Furlan.
DADOS HISTÓRICOS – Apesar de ser um dos episódios mais marcantes da memória recente dos curitibanos, não foi o episódio de neve mais intenso na Capital. Relatos históricos apontam que, em 1928, outra nevasca causou acumulados de até 50 cm de neve em algumas regiões de Curitiba.
Após 1975, ocorreram registros de neve leve e granular em 1979 e 1981. No ano de 2013 a neve ocorreu com mais intensidade novamente no Paraná, inclusive em Curitiba, principalmente nos bairros mais a oeste e sul do município. Em 2020 novamente houve precipitação de neve na Capital, mas de forma rápida e leve, acompanhada de chuva congelada.
O fenômeno não só na Capital, mas em toda a faixa Leste, é raro e exige um cenário muito específico para ocorrer. “Nas últimas décadas, as grandes incursões de ar frio têm sido cada vez menos duradouras. Em conjunto, o transporte de umidade e ar frio em virtude da formação de sistemas de baixa pressão ou até mesmo ciclones, têm se restringido mais a Santa Catarina, ao Rio Grande do Sul, e ao extremo sul do Paraná”, ressalta Furlan.
Fonte: AEN/Foto: Coleção Miscelânia-Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR)


A indústria paranaense registrou alta de 5,3% no acumulado de 2025, de janeiro a abril, na comparação com o mesmo recorte do ano anterior. A média brasileira no mesmo período foi de 1,4%, ou seja, o crescimento foi quase quatro vezes superior ao índice nacional. Os dados integram a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado paranaense no período foi o terceiro melhor do País, atrás somente das altas do Pará, de 10%, e de Santa Catarina, com 6,4%. Completando o recorte do Sul do País, o Rio Grande do Sul registrou queda de -1,1% entre janeiro e abril deste ano. Rio Grande do Norte (-18,2%), Pernambuco (-15,9%) e Maranhão (-6,7%) tiveram as maiores quedas entre as 15 localidades pesquisadas.
Na comparação com estados mais populosos, o resultado do Paraná é 11 vezes superior ao registrado pelo Rio de Janeiro (0,5%), que também tem uma indústria forte, melhor que São Paulo (-0,7%), que tem o maior parque industrial do Brasil.
Entre os setores industriais que mais cresceram no Estado no período estão o de produtos químicos (ureia, herbicidas e inseticidas, com os dois últimos para uso na agricultura e fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK), com 16,3%; fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com 14,1%; e fabricação de máquinas e equipamentos, com alta de 10,3%.
A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e autopeças) é outro destaque, com crescimento de 10,1%. Um levantamento realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com dados do Governo Federal aponta que a exportação de automóveis cresceu 73,7% entre janeiro e maio deste ano, na comparação com o mesmo período de 2024, alcançando US$ 299 milhões em comercialização.
De maneira geral, a produção paranaense difere-se da maioria dos demais estados que têm sua produção industrial baseada, em maior ou menor grau, em atividades extrativas, como a mineração e o petróleo. O Paraná tem sua indústria baseada na transformação, o que agrega valor aos produtos, estimulando a inovação tecnológica e gerando empregos.
ÚLTIMOS DOZE MESES – A indústria paranaense também cresceu o dobro da média brasileira (2,4%) no acumulado dos últimos 12 meses, entre maio de 2024 e abril de 2025, com alta de 5,6%. Foi o melhor resultado para o período desde a variação registrada em abril de 2012 neste recorte, de 8,4%.
Assim como no acumulado de 2025, o índice paranaense na variação dos últimos 12 meses é o terceiro melhor do País, novamente atrás de Pará (9%) e Santa Catarina (7,4%). O Rio Grande do Sul teve queda de -1,3% e os piores resultados foram registrados no Rio Grande do Norte (-6,6%), Espírito Santo (-5,2%) e Pernambuco (-1,6%).
No período de 12 meses, o destaque é para a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com 23,5%; de veículos automotores, reboques e carrocerias, com 17,5%; e de móveis, com 12,5%. Os três setores superam a média nacional, de 9,9%, 11,2% e 10,1%, respectivamente.
O IBGE também aponta que a média móvel trimestral (de fevereiro a abril) paranaense está entre as maiores do Brasil, com 1%, o dobro da variação nacional, de 0,5%. Na passagem de março para abril, a indústria do Paraná teve um leve recuo, de -0,1%.
PESQUISA – A PIM Regional produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Ele apresenta, mensalmente, índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional e para o Nordeste como um todo. Os resultados detalhados da pesquisa para o Paraná, o Brasil e outros estados podem ser consultados no Sidra, o banco de dados do IBGE. (Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)