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Universidades estaduais se destacam no registro de patentes

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As universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM) e do Oeste do Paraná (Unioeste) figuram entre as 50 instituições brasileiras que mais registraram patentes em 2019, de acordo com relatório divulgado pela Assessoria de Assuntos Econômicos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Juntas, as três instituições somaram 40 pedidos de registro de invenções, produtos, processos de fabricação ou aperfeiçoamentos. O relatório foi divulgado no dia 29 de setembro

“O ranking reforça a escolha do nosso caminho, em conjunto com as universidades estaduais, de estimular o desenvolvimento de pesquisas aplicadas que resultem em produtos para a sociedade”, afirmou o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona. Segundo ele, a Superintendência está elaborando um programa chamado Prime para transformar ideais em negócios, ofertando uma formação empreendedora para professores e pesquisadores.

Contabilizando o depósito de cinco patentes em 2019, a UEM aparece em 22º lugar no Ranking dos Depositantes Residentes de Patentes de Modelo de Utilidade (MU), que é relativo às propostas de melhoria de produtos e processos já existentes. Desde o início da série histórica, em 2014, esse é o terceiro ano que a instituição figura na lista. Em 2018, a universidade ocupou, respectivamente, as 38ª e 35ª posições nas categorias MU, com quatro depósitos, e Programas de Computador, com 11 depósitos.

A UEL apareceu sete vezes no ranking, nos últimos 4 anos, somando 118 depósitos, entre as modalidades Programas de Computador e Patentes de Invenção (PI), que são relativas a novas tecnologias. Somente no ano passado, a instituição registrou 22 depósitos de patentes, ocupando a 26ª posição em todo o Brasil.

Entre as 50 organizações mais inovadoras do País, no que se refere a registros de patentes, a Unioeste contabiliza, pelo quarto ano, 25 depósitos de PI e MU. Em 2019, a universidade ficou na 42º colocação, com 13 depósitos de PI.

Nesta edição mais recente do ranking, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) liderou os registros de programas de computador, com um total de 101 pedidos de patentes.

PREMIAÇÃO INTERNACIONAL – A patente desenvolvida pelos professores Camilo Freddy Mendoza Morejon e Andy Avimael Saavedra Mendoza, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Unioeste, do câmpus de Toledo, intitulada “Máscara 3D para proteção individual da Covid-19 com mecanismo de abertura na boca dotado de compartimentos de respiração independentes no nariz e na boca”, conquistou a medalha de ouro na premiação internacional da ISIF 20, a Istanbul International Inventions Fair, importante evento de inovação.

Para o professor Camilo, a prevenção é fundamental, e nesse sentido foi desenvolvida uma máscara, não convencional, funcional, de baixo custo e com maior desempenho para proteção à Covid-19. “A Unioeste, mais uma vez, confirma o grande potencial das universidades para a transformação do conhecimento em qualidade de vida. Sem dúvida, é um relevante retorno para a sociedade”, disse Camilo.

O professor explica que, desde 2016, a Unioeste faz parte da IFIA, a International Federation of Inventor Associations. “Desde então temos a oportunidade de divulgar as patentes desenvolvidas na Unioeste no circuito mundial de inovação. Desse processo, temos conseguido vários reconhecimentos internacionais, os quais colocam a Unioeste numa posição de destaque na área de inovação”.

A máscara desenvolvida pode ser utilizada de maneira contínua, principalmente para pacientes que estão internados em hospitais. Também é ideal para atividades esportivas e uso dentro da água. O equipamento protege o nariz, boca e permite a ingestão de líquidos e alimentos por meio de um mecanismo de abertura e fechamento do dispositivo de filtração da boca.

QUÍMICA VERDE – Na UEL, um grupo de professores das áreas de Química e de Design desenvolveu e patenteou um processo de reaproveitamento da poliamida, utilizada em tecido para confecção de roupas usadas para atividades físicas.

As patentes foram obtidas por meio do Escritório de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação Tecnológica (Aintec) da UEL, e tem um grande significado para a indústria têxtil brasileira e mundial. A poluição ambiental e o esgotamento de recursos naturais são alguns dos entraves deste setor, considerado o segundo mais poluente, atrás apenas da indústria do petróleo.

Os pesquisadores desenvolveram três novos materiais, a partir de poliamida descartada pela indústria do vestuário e um coproduto da cadeia produtiva do biodiesel, a glicerina. Os novos produtos apresentam potencial para serem utilizados no design de interiores e na confecção de outros materiais. Na prática são três tecnologias que buscam a sustentabilidade, dando nova utilidade à poliamida têxtil.

O professor de Design Gráfico da UEL, Cláudio Pereira Sampaio, disse que as novas patentes representam um esforço importante da área do design na busca de solução para problemas sociais, ambientais e econômicos, ao mesmo tempo em que procura criar valor e promover a inovação. “Todo o processo de trabalho foi feito a partir de diálogo constante, com total interdisciplinaridade”. Segundo ele, o grupo entendeu que a iniciativa deveria primar pela sustentabilidade, o que implicou em decisões como, por exemplo, não utilizar ácido em todo o processo.

TRATAMENTO MEDULAR – Outra invenção, que é resultado de um trabalho de conclusão de curso de estudantes da UEM, consiste em uma mesa ortostática com dobradura, projetada para melhorar o equipamento hospitalar utilizado na recuperação de pacientes com lesão medular espinhal, paralisia cerebral ou até mesmo mielomeningocele (defeito congênito que afeta o desenvolvimento da medula espinhal de bebês).

A máquina, desenvolvida pelos inventores, permite o tratamento de pacientes sentados, além de facilitar o tratamento de pacientes na posição ortostática (em pé). Para que isso ocorra, foram criadas articulações na estrutura, na altura dos joelhos e das costas, transformando a prancha em uma cadeira de rodas.

“Não existia, até então, uma mesa ortostática com essa capacidade de dobradura. Com a patente, possibilitamos novas formas de tratamento e mais conforto para os pacientes”, explica o professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UEM, Flávio Colman, destacando que o equipamento surgiu de uma necessidade de fisioterapeutas do Hospital Universitário de Maringá.

PATENTE – É um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, concedido pelo Estado aos inventores, autores e outras pessoas físicas ou jurídicas, detentoras de direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.

Possuir a patente de um produto significa direito de impedir terceiros de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar – sem o devido consentimento – o produto objeto de patente ou processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado. O titular da patente pode ainda conceder licença a terceiros, mediante remuneração ou não.

No Brasil, o INPI é o órgão responsável pela análise de pedidos de registro de marcas e patentes, assim como pela concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e franquia, registro de programas de computador, desenhos industriais e indicações geográficas. (Fonte: AEN/Fotos: Seti)

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Recuperação da orla de Matinhos avança e chega a 67% de conclusão

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Principal intervenção ambiental e urbanística da história do Litoral do Paraná, o Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos atingiu nesta segunda-feira (30) índice de conclusão de 67%. Ou seja, 2/3 da obra, iniciada em junho de 2022, estão prontos. O levantamento é do Instituto Água e Terra (IAT), em parceria com o Consórcio Sambaqui, responsável pela modernização do local, após licitação pública. A expectativa do Governo do Estado é finalizar o projeto até o segundo semestre de 2024.

“A obra segue normalmente, dentro do cronograma. O engordamento da faixa de areia ficou pronto e caminhamos em outras frentes para entregar à população e turistas uma Matinhos completamente renovada”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

A nova parcial revelou, também, que outros cinco pontos de trabalho superam os 50%. São eles: Espigão da Praia Brava (73%); o lançamento de tetrápodes na Praia Brava (69%); a produção de tetrápodes (61%), o headland Flórida (60%) e os guias-correntes da Avenida Paraná (55%). São, ao todo, 12 frentes diferentes. Apenas os serviços de microdrenagem ainda não começaram, seguindo o cronograma inicial. Já o plantio de restinga com vegetação nativa segue paralisada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Não é só embelezar a praia, mas sim dar um suporte no controle de cheias e enchentes, provocados pelas chuvas e maré alta. É um grande projeto que estamos conseguimos tirar do papel”, explicou o diretor de Saneamento Ambiental do IAT, José Luiz Scroccaro. “Os guias-correntes vão minimizar em muito os problemas das cheias em Matinhos. E, somados aos espigões e headlands, vão dar melhor vida útil para a areia”.

O projeto prevê, ainda, a revitalização completa da orla, inclusive com a reposição da restinga com espécies nativas e a melhoria do acesso à praia, por meio de passarelas. Com a chegada do verão, as obras na orla sofreram uma diminuição de ritmo para não atrapalhar o descanso dos veranistas. A urbanização da praia de Caiobá, por exemplo, atingiu 45% de conclusão; a urbanização dos balneários de Matinhos (sentido Pico de Matinhos ao Balneário Flórida), 15%; e o plantio de restinga nativa na praia de Caiobá, 46%.

Até o momento foi finalizado o engordamento da faixa de areia de 70 a 100 metros de largura, por meio de aterro hidráulico e, além das estruturas marítimas, serão executadas intervenções de macro de microdrenagem para beneficiar também os moradores que não vivem na beira-mar e sofrem com constantes enchentes. “Teremos uma cidade completamente nova depois desse grande investimento”, destacou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Valdemar Bernardo Jorge.

ETAPAS – A obra de Revitalização da Orla de Matinhos será realizada em duas etapas, num valor total de R$ 500 milhões. A primeira etapa, com orçamento de R$ 314,9 milhões, abrange serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico; estruturas marítimas semirrígidas; canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem, e revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de espécies nativas.

O projeto é acompanhado de melhorias na pavimentação asfáltica e a recuperação de vias. O objetivo é minimizar os impactos gerados pela combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e ressacas no Litoral. Essa combinação vem destruindo e comprometendo boa parte da infraestrutura urbana, turística e de lazer no município de Matinhos.

As intervenções serão realizadas ao longo de 6,3 quilômetros entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida. Em uma segunda etapa, ainda sem previsão de data, será recuperado o trecho de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne. Haverá, ainda, a instalação de novos equipamentos urbanos, como ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.

Acompanhe a mais recente atualização do andamento do Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos:

Porcentual de execução obra: 67%

Espigão da Praia Brava: 73%

Guias-Correntes da Avenida Paraná: 55%

Headland Riviera: 41%

Headland Flórida: 60%

Urbanização Caiobá: 45%

Urbanização Balneários: 15%

Plantio de restinga em Caiobá: 46%

Macrodrenagem: 30%

Assentamento Macrodrenagem: 355 metros (35%)

Microdrenagem: ainda não iniciada, seguindo o cronograma original

Tetrápodes produzidos: 3.106 (61%)

Tetrápodes lançados na Praia Brava: 328 (69%)

(Foto: Alessandro Vieira/CC) AEN

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Prazo do pagamento do IPVA das placas 7 e 8 termina nesta quinta

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Os contribuintes com os finais das placas 7 e 8 devem pagar o IPVA até esta quinta-feira (20). Os pagamentos podem ser realizados à vista com 3% de desconto ou na primeira parcela. As guias podem ser emitidas pelo portal da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).

O calendário de vencimento de acordo com o final de placa dos veículos segue até o final desta semana.

Os pagamentos podem ser feitos via PIX pelos canais eletrônicos de qualquer instituição bancária ou mesmo por meio de aplicativos. É preciso ter em mãos o número do Renavam, que consta no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV).

A alíquota do tributo é de 3,5% ou 1% do valor do veículo, dependendo do tipo. Os pagamentos realizados após o vencimento terão juros e multa.

CRÉDITOS ABATIDOS – O contribuinte pode também conferir pelo portal do IPVA o valor abatido com o crédito do programa Nota Paraná. Para isso, basta acessar com o Renavam a área de consulta de débitos e clicar na opção ‘extrato consolidado’.

Durante o mês de novembro do ano passado os contribuintes paranaenses tiveram a oportunidade de transferir os créditos disponíveis no Nota Paraná para pagar o IPVA 2022. Aproximadamente 147 mil veículos terão o imposto pago de forma integral ou em parte, caso os créditos não sejam suficientes para cobrir o valor total.

Confira o calendário de vencimento do IPVA 2022:

FINAL DE PLACA – prazo de pagamento

1 e 2 – 17/01/2022 (vencido)

3 e 4 – 18/01/2022 (vencido)

5 e 6 – 19/01/2022 (vencido)

7 e 8 – 20/01/2022

9 e 0 – 21/01/2022

FINAL DE PLACA – cinco parcelas

1 e 2 – 17/01 (vencido), 17/02, 17/03, 18/04, 17/05

3 e 4 – 18/01 (vencido), 18/02, 18/03, 19/04, 18/05

5 e 6 – 19/01 (vencido), 21/02, 21/03, 20/04, 19/05

7 e 8 – 20/01, 22/02, 22/03, 22/04, 20/05

9 e 0 – 21/01, 23/02, 23/03, 25/04, 23/05

(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

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MON oferece atividades artísticas e reflexivas sobre fotografia

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Duas novas atividades serão apresentadas pelo Museu Oscar Niemeyer (MON) nos próximos dias. Nesta quarta-feira (28), a mediação “A Fotografia nas Exposições Virtuais do MON” abordará algumas fotos disponíveis na página do Museu na plataforma Google Arts and Culture. A proposta é uma reflexão sobre “por que é que fotografamos?” e “por que gostamos tanto de registrar as imagens do mundo?”. Obras de Serguei Maksimishin, Juliana Stein e Marcelo Conrado estão entre as fotos analisadas.

Na quarta-feira seguinte (5), a oficina “Fotografia de Sombras” ensinará a investigar e fotografar as sombras que estão à nossa volta, além de contar um pouco sobre a importância da sombra na fotografia.

Não é necessário ter conhecimento prévio nem se inscrever para participar das oficinas. Os vídeos serão disponibilizados no Instagram, no Facebook e no canal do MON no YouTube. Nas redes sociais também é possível conferir mediações temáticas, lives e exposições virtuais.

SOBRE O MON – O Museu Oscar Niemeyer (MON) pertence ao Estado do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além da mais significativa coleção asiática da América Latina. No total, o acervo conta com aproximadamente 7 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Os principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América Latina, Vivo e Moinho Anaconda.

SERVIÇO

museuoscarniemeyer.org.br/
Facebook e Instagram: @museuoscarniemeyer
YouTube: bit.ly/MONnoYoutube
Google Arts & Culture: bit.ly/MONGoogleArtsAndCulture

(Foto: Mon – Carlos Renato Fernandes)

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