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Nova Ferroeste fará investimentos estruturais e ambientais em Paranaguá e Morretes
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facedanoticia
A Nova Ferroeste vai ligar o Paraná aos estados do Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, além da tríplice fronteira com Paraguai e Argentina. O objetivo é facilitar o escoamento de toda a produção agrícola e industrial para o Porto de Paranaguá, e em seguida rumo ao mercado internacional. O projeto deve impactar dezenas de cidades paranaenses. Duas delas são Morretes e Paranaguá, uma das pontas da nova estrada de ferro.
Em Paranaguá o investimento será de R$ 240 milhões para a construção de viadutos rodoviário e ferroviário. O Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) indicou a necessidade de melhorias na estrutura urbana da cidade para receber as locomotivas. A construção de um viaduto ferroviário na Av. Roque Vernalha e um viaduto rodoviário na Av. Cel. Santa Rita vão dar maior fluidez ao trânsito. O investimento também prevê a requalificação de 10 quilômetros da linha férrea atual até o acesso ao Porto, com a troca completa de trilhos e dormentes.
A Serra do Mar, onde está Morretes, também deve receber a maior fatia das compensações e projetos ambientais. Da Capital ao Litoral será construída uma nova descida. A definição do traçado levou em consideração a área de domínio da BR-277, indicada no EVTEA, e coincide com a solução apontada pelo Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral (PDS-L) há alguns anos. Entre as alternativas, à direita e à esquerda da rodovia, o trecho projetado é o que causa o menor impacto ambiental.
Vão ser 55 quilômetros nesse trecho que envolve Morretes. Serão 18 quilômetros em viadutos e oito quilômetros em túneis para diminuir ao máximo a subtração de mata nativa. No restante, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) indica a instalação de passagens de fauna inferiores e superiores, além de guias a cada 500 metros para permitir a circulação dos animais de médio e grande porte.
Um levantamento feito durante o EIA com base no Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza (SNUC) apontou investimento de até R$ 143 milhões em compensação ambiental para todo o projeto, estimado em R$ 29,4 bilhões. A legislação prevê entre 0,1% e 0,5% do valor total do empreendimento para Unidades de Conservação interceptadas e influenciadas pela obra.
O cálculo do valor destinado à compensação ambiental, bem como a sua aplicação, será feita pelo órgão licenciador, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Morretes possui o maior fragmento de Mata Atlântica dentro do projeto. Estão previstos programas voltados para o acompanhamento e monitoramento do impacto na fauna, flora, qualidade da água, ruído e trepidação. Os moradores e produtores das áreas impactadas também serão assistidos.
O dinheiro da compensação poderá ser usado para a regularização de reservas legais, recuperação de áreas degradadas, bem como no desenvolvimento de Planos de Manejos e Zoneamentos Ecológicos-Econômicos. Outro destino possível é o apoio a pesquisas acadêmicas e a implantação de programas de educação ambiental e turismo ecológico para a formação de mão de obra para potencializar a área, além da promoção das culturas dos povos tradicionais do Litoral.
“Em relação a Paranaguá, essas obras vão reduzir significativamente a interferência do trem na cidade. Esse é o segunda pior conflito urbano com linha férrea no Brasil, só perde para Curitiba. Já existe um problema grande de mobilidade nessa região, precisamos organizar as ações para que a cidade usufrua dos benefícios que a linha vai trazer”, disse Luiz Henrique Fagundes, coordenador do Plano Estadual Ferroviário.
“Em Morretes e sua área de influência, a grande preocupação do projeto é a Serra do Mar, que é um patrimônio natural do Paraná e precisa ser tratado com muita atenção por todas as partes”, completou.
PROJETO – As obras estão contabilizadas no orçamento total do projeto e serão realizadas pela empresa ou consórcio vencedor do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, previsto para o segundo semestre desse ano. A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai tornar o estado a central logística da América do Sul, ligando por trilhos Maracaju (MS), Chapecó (SC) e Foz do Iguaçu ao Porto de Paranaguá.
Cerca de 70% dos produtos que vão circular pelos trilhos seguirão para exportação. Dados do EVTEA mostram que este será o segundo maior corredor de grãos (a maioria soja) e contêineres refrigerados (proteína animal) do País. Hoje somente 20% da carga que chega ao Porto de Paranaguá vem de carona nas locomotivas. A participação do modal ferroviário deve passar para 60% com a execução da obra e o tráfego de trens em Paranaguá pode triplicar.
Atualmente o projeto está em fase de licenciamento e discussão com a sociedade. Serão realizadas nas próximas semanas as audiências públicas sobre os impactos de meio ambiente. No dia 4 de abril termina o prazo de 45 dias para entidades e prefeituras dos 49 municípios do traçado solicitarem a realização do diálogo com a comunidade. O órgão licenciador ainda vai divulgar a lista com as datas e locais escolhidos.
“Terminado esse processo das audiências públicas, o Ibama decide pela emissão licença prévia. Na fase seguinte, vamos levar o projeto a leilão. Quem ganhar vai utilizar os primeiros dois anos para fazer o detalhamento do projeto executivo. Caberá à empresa vencedora solicitar então a Licença de Instalação (LI), e a partir desse momento fica autorizado o início das obras”, concluiu Fagundes.
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Número de empresas abertas cresce 32,55% no Paraná no 1º trimestre de 2025
Publicado
em
7 de abril de 2025Por
facedanoticia
O Paraná registrou um aumento de 32,55% no número de empresas no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. O aumento refere-se ao saldo acumulado, calculado a partir da diferença entre o número de aberturas e de baixas de empresas. De janeiro a março deste ano o saldo acumulado foi de 46.032 empresas, enquanto que de janeiro a março de 2024 houve 34.728 novos negócios. Os dados positivos estão no relatório Painel de Empresas, relatórioda Junta Comercial do Paraná (Jucepar), publicado na sexta-feira (4).
Entre janeiro e março deste ano, foram abertas 103.536 empresas, um acréscimo de 30.229 novos registros em relação ao acumulado de fevereiro, quando somavam 73.307. Na comparação com o registrado no primeiro trimestre de 2024 (79.667), os três primeiros meses deste ano registraram aumento de 30%.
A maior parte das empresas abertas permaneceu de microempreendedores individuais, com 73% do total (77.611). Em seguida, aparecem as empresas do tipo Limitada, que representaram 25% das aberturas (24.052). O Paraná somou 1.818.625 empresas ativas em março.
Também foram baixadas 57.504 empresas no Paraná no primeiro trimestre. Especificamente no mês de março, o número de baixas do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) foi 5% menor que em fevereiro. Enquanto no mês anterior foram fechados 18.806 negócios no Estado, em março o número caiu para 17.902.
VIGOR ECONÔMICO – Os mais de 103 mil negócios abertos no primeiro trimestre demostram o vigor econômico paranaense. “Esse desempenho evidencia a confiança dos empreendedores no ambiente econômico do nosso Estado. Destaco especialmente o saldo positivo superior a 46 mil novos negócios até março, representando não apenas uma quantidade maior de abertura de empresas, mas também um cenário de estabilidade econômica e maior sustentabilidade para os negócios locais”, diz o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni.
Para ele, os bons números são resultados diretos das iniciativas de simplificação e desburocratização, especialmente com a classificação das empresas com o selo de Baixo Risco, agilizando processos e reduzindo custos para o empreendedor paranaense.
BAIXO RISCO – Duas em cada 10 empresas abertas no primeiro trimestre deste ano no Paraná foram beneficiadas pelo Selo do Baixo Risco. Nesse período, 6.300 novos negócios foram abertos a partir do protocolo, que é aplicado a 771 atividades econômicas desde 31 de janeiro de 2024, quando passou a vigorar o Decreto 3.434 de 2023 – mais conhecido como Decreto do Baixo Risco.
O decreto faz parte do programa Descomplica Paraná, que visa desburocratizar os processos ao empresariado paranaense, promovendo a fluidez da economia. O Selo do Baixo Risco não contempla os microempreendedores individuais, que já são isentos de alvarás e licenciamentos.
Além das aberturas, outras 4.966 alterações de empresas foram realizadas no primeiro trimestre deste ano a partir do decreto, totalizando 11.266 beneficiados. Curitiba continuou liderando o ranking dos municípios com maior número de empresas com o selo de Baixo Risco, acumulando 3.660 empresas até março, seguida por Maringá (978), Londrina (680), São José dos Pinhais (415) e Cascavel (391).
(Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)
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2 mil toneladas de aço, sapo raro e muito gelo na obra: as curiosidades da Ponte de Guaratuba
Publicado
em
27 de março de 2025Por
facedanoticia
230 toneladas de gelo. Isso mesmo, gelo. Essa foi a quantidade utilizada no canteiro de obras da Ponte de Guaratuba até o momento, em cerca de um ano de movimentação intensa na baía. Isso acontece para a concretagem dos blocos de coroamento da ponte, dentro de uma estratégia de engenharia do Consórcio Nova Ponte, responsável pela construção. A obra, prevista para ser entregue em abril de 2026, também já utilizou mais de 2 mil toneladas de aço e 13.150 metros cúbicos de concreto.
A Ponte de Guaratuba, aguardada há mais de 30 anos pelos paranaenses, tem muitas curiosidades. Entre elas também estão o apoio direto de cinco embarcações que, entre outras funções, atuam como guindaste e para o transporte de caminhões betoneiras, e o monitoramento de animais 10 mil animais, com o objetivo de garantir a preservação de todo o ecossistema local. Algumas descobertas passam por tartarugas e sapos raros, aparecimento de botos e milhares de aves de diferentes espécies.
Essas são apenas algumas das curiosidades da construção da ponte, cuja extensão de 1.244 metros já está ganhando forma sobre o mar na Baía de Guaratuba. Iniciada em outubro de 2023, a previsão é de que a ponte fique pronta daqui pouco mais de um ano, em abril de 2026. Em fevereiro, a estrutura alcançou a marca de 44,2% de execução – mostrando a agilidade dos trabalhos das equipes no canteiro de obras.
“A construção da Ponte de Guaratuba avança em ritmo acelerado, alcançando marcos importantes que refletem nosso compromisso com essa obra tão aguardada. Com mais de 44% de execução, já vemos a estrutura ganhar forma, impulsionando a economia local e garantindo um novo futuro para a mobilidade no Litoral do Paraná. Seguimos focados na depois ou qualidade, segurança e eficiência para entregar essa grande conquista à população”, destaca o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Fernando Furiatti.
“A magnitude da obra impressiona pelos números, pela sua celeridade de execução, qualidade e investimentos. É por isso o nosso comprometimento diário em fazer dessa uma das maiores obras do Governo do Estado e com todo o diferencial que fará em termos de locomoção, economia e impulsionamento para a população do litoral do Paraná”, destaca a engenheira do DER/PR e fiscal da obra, Larissa Vieira.
A bióloga do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba, Aline Prado, acrescenta que a diversidade de espécies na região de Guaratuba é o que mais chama a atenção da equipe de monitoramento ambiental até o momento. “Cada monitoramento é uma surpresa, pois sempre registramos alguma espécie que ainda não havíamos observado. Além disso estamos verificando um número significativo de guarás, que até pouco tempo sofreu um declínio populacional. Ter a oportunidade de ver dezenas de animais e até revoadas é incrível do ponto de vista da conservação”, declara.
Confira algumas curiosidades:
GELO NA PONTE
No período de novembro de 2024 a janeiro de 2025, uma técnica chamou a atenção no canteiro de obras: o uso de gelo na concretagem dos blocos de coroamento da ponte. Foram utilizados, até o momento, cerca de 100 quilos de gelo para cada metro cúbico de concreto, totalizando aproximadamente 230 toneladas de gelo na concretagem, de acordo com o levantamento do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba. Isso dá mais ou menos 230 mil sacos de 10 kg de gelo de mercado.
Segundo a equipe de engenharia da obra, essa técnica, comum em grandes intervenções, tem como objetivo controlar a temperatura do concreto durante o processo de hidratação do cimento. A reação química libera calor, e em grandes volumes de concreto, como nos blocos de coroamento da ponte, esse calor pode causar fissuras térmicas. Ao manter a temperatura do concreto mais baixa, minimiza-se o risco de fissuras térmicas na estrutura, garantindo a integridade da estrutura.
MUITO AÇO E CONCRETO
A obra já utilizou mais de 2 mil toneladas de aço e 13.150 metros cúbicos de concreto, 16% do novo Maracanã (que recebeu 80.000 metros cúbicos), palco de final de Copa do Mundo de 2014.
A comparação com o aço pode ser feita com a Torre Eiffel, projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel e concluída em 1889 para a Exposição Universal de Paris, que tem 7.300 toneladas em sua estrutura. A Ponte Golden Gate, na Baía de São Francisco, nos Estados Unidos, foi construída com cerca de 83.000 toneladas de aço.
Em relação ao concreto, o Burj Khalifa, prédio mais alto do mundo, em Dubai, recebeu 45 mil metros cúbicos de concreto na sua fundação.
TRECHO ESTAIADO E MUITAS ESTACAS
Um dos diferenciais da Ponte de Guaratuba será o trecho estaiado. Diferentemente do restante da estrutura, que utiliza vigas e colunas de concreto e aço pré-fabricadas, o trecho estaiado da ponte é composto por cabos de aço de alta resistência que serão ancorados por torres para suportar parte do peso da pista. Ele é necessário para garantir a livre navegação das embarcações que circulam diariamente pela Baía de Guaratuba.
No total, serão 64 estacas de concreto que servirão de base para os 1.244 metros de extensão da ponte. Elas são concretadas no fundo da Baía de Guaratuba. Cada estaca possui de 180 a 220 centímetros de diâmetro e de 20 a 50 metros de comprimento, chegando a pesar 470 toneladas, ou aproximadamente cinco Boeing 737-900ER – um deles pesa 85 toneladas.
VOCÊ SABE O QUE É ADUELA?
Recentemente foi iniciada a execução da chamada aduela de partida, peça fundamental para a construção da superestrutura no trecho estaiado da ponte. A aduela é um elemento estrutural usado na construção de pontes, em especial as construídas pelo método dos balanços sucessivos, como no caso da Ponte de Guaratuba. Ela funciona como uma “peça” da ponte, construída aos poucos, partindo de um ponto central (como um pilar ou apoio), e avançando para ambos os lados, em um sistema de equilíbrio.
634 PESSOAS TRABALHANDO
Para que as obras saiam do papel, é necessária a mão de obra humana, formada por homens e mulheres que, diariamente, fazem o sonho da Ponte de Guaratuba se tornar realidade. No auge das obras, 634 pessoas estão contratadas nas mais diferentes funções, sendo 457 contratadas pelo Consórcio Nova Ponte e 177 subcontratadas, o que movimenta significativamente a economia na região. Entre os profissionais estão não apenas engenheiros e profissionais da construção civil, como pedreiros e soldadores, mas também biólogos, marinheiros, oceanógrafos, entre outros.
EMBARCAÇÕES
Para apoiar o trabalho, que acontece 24 horas por dia, são cinco embarcações que prestam suporte náutico, o que inclui duas balsas com guindastes executando as fundações e três balsas de apoio para transporte de caminhões betoneiras com concreto e armação para as estruturas. A curiosidade é que no futuro, com a nova ponte, a travessia de ferry boat que hoje leva em torno de 20 minutos a 30 minutos, será feita em questão de 2 minutos. As embarcações estão ajudando a acabar com o tráfego em embarcações.
3 MIL AVES, MUITOS GUARÁS
O monitoramento ambiental registrou, até o momento, 3.201 aves de 175 espécies, pertencentes a 19 ordens e 46 famílias. Os destaques são para a fragata, tucano-de-bico-verde, saíra-militar, saíra-sete-cores pula-pula, jacuguaçu, aracuã-escamoso e beija-flor-de-fronte-violeta.
Para as aves limícolas e marinhas, monitoradas nos pontos de fauna aquática, que incluem ambiente praial, na proximidade com o ferry-boat e áreas nas imediações das ilhas na baía de Guaratuba, foram registrados 2.855 de 59 espécies, pertencentes a 26 famílias e 13 ordens. Destacam-se as fragatas, biguás, garças e socós.
Segundo a equipe de monitoramento ambiental, a espécie de ave mais abundante na área monitorada foi a guará, com 584 aves contabilizadas até o momento. Esse registro é extremamente importante para mapear ambientalmente a região.
“O registro é fundamental, uma vez que essa espécie é classificada como quase ameaçada e já sofreu grande redução populacional na região devido à fragmentação dos manguezais, caça e coleta de ovos, sendo considerada extinta no sudeste e sul do país. Seu retorno ao litoral do Paraná e à baía de Guaratuba vem sendo observada na última década e seu registro demonstra uma recuperação gradual das populações”, destaca o coordenador ambiental do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba, Robson Felipe do Valle.
BOTOS E CACHORROS-DO-MATO
Também foram registrados 2.465 peixes pertencentes a 54 espécies, 24 famílias e 12 ordens. Entre as espécies estão em destaque os bagres, a caratinga, o linguado e a oveva. O monitoramento da fauna é realizado trimestralmente por equipes ambientais.
Em relação aos mamíferos, eles estão divididos em três grupos: aquáticos (golfinhos, baleias), terrestres (gambás, felinos, cuícas) e voadores (morcegos). Ao total, foram registrados 218 animais, distribuídos em 32 espécies, 5 ordens e 8 famílias.
Foram registrados dois botos-cinza, sendo um adulto e um filhote, dentro do primeiro grupo. Entre os mamíferos terrestres, se destacam os gambás-de-orelha-branca e gambá-de-orelha-preta, cuíca, cachorro-do-mato, quati, lontra, jaguatirica e mão-pelada.
Também foram avistados 173 mamíferos terrestres, distribuídos em 4 ordens e 9 famílias. Já para os voadores, foram contabilizados 45 dentro de duas famílias.
ARTARUGAS E SAPOS RAROS
Os répteis e anfíbios também marcam presença no programa ambiental da Ponte de Guaratuba. Foram contabilizados 1.134 animais representados por 2 ordens, 19 famílias, 30 gêneros e 39 espécies.
Foram registrados 46 répteis terrestres, entre 8 famílias, com destaque para o lagarto papa-vento, teiú, cobra-cipó e jararaca. A equipe também registrou 372 anfíbios, distribuídos em 11 famílias, com destaque para as espécies sapinho-pulga, rãnzinha-do-folhio, perereca-marsupial e rã-de-folhiço.
Até o momento foram registradas nove tartarugas-verde. O registro e monitoramento da espécie é importante, uma vez que a espécie está classificada como em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e é uma das espécies prioritárias de monitoramento segundo condicionante da Licença de Instalação da obra.
De acordo com a equipe ambiental, o sapinho-pulga registrado nos monitoramentos é um achado. Ele ocorre nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, especialmente na serrapilheira em remanescentes de Mata Atlântica e em altitudes de até 1000 metros acima do nível do mar. Esse sapinho pertence ao gênero dos menores sapinhos do mundo. Os machos podem medir até 8mm e as fêmeas até 10mm. Atualmente, a espécie está classificada como quase ameaçada pela IUCN. Logo, o seu registro na região é de extrema importância para conservação.
VESPAS, ABELHAS E BORBOLETAS
O trabalho de monitoramento também envolve insetos dividos em duas ordens, Hymenoptera, que é representada pelas vespas, abelhas e formigas, e Lepidoptera, que corresponde às borboletas. Até o momento, foram registrados 458 himenópteros relacionados a 27 famílias, como 120 borboletas distribuídas em 23 espécies. Entre a ordem Hymenoptera, estão as superfamílias Vespoidea, representadas pelas vespas-parasitóides e Platygastroidea, representada por vespas e formigas. Também se destacam as abelhas-das-orquídeas. Fonte: AEN/Foto: Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba



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Smart City Expo Curitiba começa na Ligga Arena, com expectativa de receber 20 mil participantes
Publicado
em
26 de março de 2025Por
facedanoticia
A 6ª edição do Smart City Expo Curitiba começa nesta terça-feira (25/3), às 9h, no estádio Ligga Arena, transformando Curitiba no centro internacional das discussões sobre as cidades inteligentes. O fórum é o mais importante sobre smart cities nas Américas e vai até a quinta-feira (27/3). A expectativa é que mais de 20 mil pessoas participem do congresso e da feira de exposições.
O Smart City Expo Curitiba 2025, organizado pelo iCities, hub de inovação com sede na capital, conta com o apoio da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Paraná e a chancela da Fira Barcelona, um dos mais renomados organizadores de eventos do mundo.
O prefeito Eduardo Pimentel abre o evento internacional ao lado do CEO da Fira Barcelona, Ricard Zapatero, e de diretores do iCities.
Este ano, além de um novo endereço, a Ligga Arena, o fórum internacional terá como temática principal: “Transformando cidades: construindo felicidade”. Durante os três dias, especialistas em planejamento urbano, mobilidade, governança, novas tecnologias e sustentabilidade vão apresentar experiências e soluções, bem como discutir os desafios das cidades nas próximas décadas.
“Com o Smart City Expo, os olhos do mundo se voltam mais uma edição para Curitiba, contribuindo enormemente para a internacionalização dos debates sobre cidades inteligentes. Também vamos compartilhar iniciativas da capital e da nossa gestão que mostram nosso compromisso de trabalhar juntos para implantar soluções que vão beneficiar as atuais e gerações futuras”, destaca o prefeito Eduardo Pimentel.
Congresso e feira
No gramado da Ligga Arena, o Smart City Expo Curitiba 2025 será dividido em duas áreas, o congresso e a feira de soluções inteligentes, onde estará a Smart Plaza, espaço da cidade que irá mostrar as iniciativas desenvolvidas pelo município e pelo ecossistema de inovação de Curitiba.
O gabinete do prefeito, inclusive, será transferido para o Smart City Expo Curitiba nos três dias do fórum. Eduardo Pimentel irá despachar e receber delegações nacionais e internacionais no Smart Plaza, em que a Prefeitura irá mostrar iniciativas como Bairro Novo da Caximba, Novo Inter 2, eletrificação do transporte coletivo, Central Saúde Já, Fala Curitiba, Tecnoparque, Curitiba Mais Energia, Estúdio Riachuelo, Curitiba Volta ao Centro e Domingão Paga Meia.
A Smart Plaza, assim como toda a área de exposições do Smart City Expo Curitiba, terá visitação gratuita. Será preciso apenas fazer inscrição no site do fórum de cidades inteligentes. Apenas a área do congresso é paga.
Congresso
Durante os três dias do Smart City Expo Curitiba, especialistas e autoridades brasileiros e internacionais vão debater no Congresso sobre como os centros urbanos bem planejados, com áreas verdes acessíveis, mobilidade eficiente e espaços públicos e privados de convivência, podem fazer toda a diferença no bem-estar dos cidadãos.
Entre os nomes confirmados, destaque para o canadense Charles Montgomery, autor do premiado livro “Happy City” (Cidade Feliz) e co-fundador da consultoria com o mesmo nome. O especialista, que é referência internacional em planejamento urbano, defende que é preciso valorizar o contato pessoal, privilegiar as curtas distâncias e os modos suaves, além de garantir oportunidades e inclusão para todos.
A sexta edição do Smart City Expo Curitiba ainda terá palestras de nomes como os brasileiros Marcos Troyjo, diplomata, economista e ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (o Banco dos BRICS); Edson Yabiku, arquiteto paranaense que liderou projetos como do Masdar Institute e do Central Market Souk em Abu Dhabi e do Eurogarden Maringá; e André Agra, coordenador do Espaço Cidadania Digital do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE/PB).
Também farão palestras os colombianos Martha Lucía Guriérrez Echeverri, secretária geral da Simus, rede especializada mobilidade urbana sustentável na América Latina e Santiago Murillo, diretor do Smart City em Cartagena das Índias e especialista em inovação urbana e desenvolvimento sustentável; e a panamenha Betty Chemier, head de experimentação na UNDP Accelerator Labs, maior rede de aprendizado do mundo sobre desafios complexos de desenvolvimento sustentável.
Crescimento ano a ano
A cada edição, o Smart City Expo Curitiba vem crescendo em número de expositores, palestrantes, participantes e negócios realizados. Começou, em 2018, com 5,4 mil participantes, em dois dias. Em 2024, com três dias de fórum, triplicou o número de participantes, com o recorde de 16,8 mil pessoas. Para a edição 2025, a expectativa é que o público chegue a 20 mil participantes.
“A edição 2025 do Smart City Expo Curitiba vai reunir conhecimento, inovação e networking para impulsionar soluções urbanas mais sustentáveis, conectadas e humanas”, afirma Beto Marcelino, sócio-diretor do iCities.
Os temas abordados incluirão inovação em mobilidade, energia, governança, startups e sustentabilidade, refletindo as transformações que marcarão o setor em 2025.
Outra novidade desta edição será a área “Business”, voltada para conexões estratégicas e oportunidades de negócios, consolidando o Smart City Expo Curitiba como um hub de networking e inovação. Já parte da esplanada da Ligga Arena irá receber será a área externa Tomorrow Mobility, em que serão destacadas tecnologias de mobilidade urbana sustentável, integração multimodal, políticas inovadoras e soluções colaborativas que transformam os deslocamentos nas cidades.
Além disso, o Smart City Expo Curitiba 2025 sedia, na quarta (26/3) e quinta-feira (27/3), o 120º Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana. São esperados 120 participantes, entre autoridades públicas e especialistas das áreas de transporte coletivo e trânsito de todo País.
A Ligga Arena como novo local do evento ainda representa uma transformação na experiência dos participantes. O estádio, um dos mais modernos do Brasil, conta com infraestrutura de ponta e capacidade para mais de 40 mil pessoas, proporcionando um ambiente dinâmico para conferências, exposições e interações entre os visitantes.(Foto: José Fernando Ogura/SECOM)
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