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2 mil toneladas de aço, sapo raro e muito gelo na obra: as curiosidades da Ponte de Guaratuba

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230 toneladas de gelo. Isso mesmo, gelo. Essa foi a quantidade utilizada no canteiro de obras da Ponte de Guaratuba até o momento, em cerca de um ano de movimentação intensa na baía. Isso acontece para a concretagem dos blocos de coroamento da ponte, dentro de uma estratégia de engenharia do Consórcio Nova Ponte, responsável pela construção. A obra, prevista para ser entregue em abril de 2026, também já utilizou mais de 2 mil toneladas de aço e 13.150 metros cúbicos de concreto.

A Ponte de Guaratuba, aguardada há mais de 30 anos pelos paranaenses, tem muitas curiosidades. Entre elas também estão o apoio direto de cinco embarcações que, entre outras funções, atuam como guindaste e para o transporte de caminhões betoneiras, e o monitoramento de animais 10 mil animais, com o objetivo de garantir a preservação de todo o ecossistema local. Algumas descobertas passam por tartarugas e sapos raros, aparecimento de botos e milhares de aves de diferentes espécies.

Essas são apenas algumas das curiosidades da construção da ponte, cuja extensão de 1.244 metros já está ganhando forma sobre o mar na Baía de Guaratuba. Iniciada em outubro de 2023, a previsão é de que a ponte fique pronta daqui pouco mais de um ano, em abril de 2026. Em fevereiro, a estrutura alcançou a marca de 44,2% de execução – mostrando a agilidade dos trabalhos das equipes no canteiro de obras.

“A construção da Ponte de Guaratuba avança em ritmo acelerado, alcançando marcos importantes que refletem nosso compromisso com essa obra tão aguardada. Com mais de 44% de execução, já vemos a estrutura ganhar forma, impulsionando a economia local e garantindo um novo futuro para a mobilidade no Litoral do Paraná. Seguimos focados na depois ou qualidade, segurança e eficiência para entregar essa grande conquista à população”, destaca o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Fernando Furiatti.

“A magnitude da obra impressiona pelos números, pela sua celeridade de execução, qualidade e investimentos. É por isso o nosso comprometimento diário em fazer dessa uma das maiores obras do Governo do Estado e com todo o diferencial que fará em termos de locomoção, economia e impulsionamento para a população do litoral do Paraná”, destaca a engenheira do DER/PR e fiscal da obra, Larissa Vieira.

A bióloga do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba, Aline Prado, acrescenta que a diversidade de espécies na região de Guaratuba é o que mais chama a atenção da equipe de monitoramento ambiental até o momento. “Cada monitoramento é uma surpresa, pois sempre registramos alguma espécie que ainda não havíamos observado. Além disso estamos verificando um número significativo de guarás, que até pouco tempo sofreu um declínio populacional. Ter a oportunidade de ver dezenas de animais e até revoadas é incrível do ponto de vista da conservação”, declara.

Confira algumas curiosidades:

GELO NA PONTE

No período de novembro de 2024 a janeiro de 2025, uma técnica chamou a atenção no canteiro de obras: o uso de gelo na concretagem dos blocos de coroamento da ponte. Foram utilizados, até o momento, cerca de 100 quilos de gelo para cada metro cúbico de concreto, totalizando aproximadamente 230 toneladas de gelo na concretagem, de acordo com o levantamento do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba. Isso dá mais ou menos 230 mil sacos de 10 kg de gelo de mercado.

Segundo a equipe de engenharia da obra, essa técnica, comum em grandes intervenções, tem como objetivo controlar a temperatura do concreto durante o processo de hidratação do cimento. A reação química libera calor, e em grandes volumes de concreto, como nos blocos de coroamento da ponte, esse calor pode causar fissuras térmicas. Ao manter a temperatura do concreto mais baixa, minimiza-se o risco de fissuras térmicas na estrutura, garantindo a integridade da estrutura.

MUITO AÇO E CONCRETO

A obra já utilizou mais de 2 mil toneladas de aço e 13.150 metros cúbicos de concreto, 16% do novo Maracanã (que recebeu 80.000 metros cúbicos), palco de final de Copa do Mundo de 2014.

A comparação com o aço pode ser feita com a Torre Eiffel, projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel e concluída em 1889 para a Exposição Universal de Paris, que tem 7.300 toneladas em sua estrutura. A Ponte Golden Gate, na Baía de São Francisco, nos Estados Unidos, foi construída com cerca de 83.000 toneladas de aço.

Em relação ao concreto, o Burj Khalifa, prédio mais alto do mundo, em Dubai, recebeu 45 mil metros cúbicos de concreto na sua fundação.

TRECHO ESTAIADO E MUITAS ESTACAS

Um dos diferenciais da Ponte de Guaratuba será o trecho estaiado. Diferentemente do restante da estrutura, que utiliza vigas e colunas de concreto e aço pré-fabricadas, o trecho estaiado da ponte é composto por cabos de aço de alta resistência que serão ancorados por torres para suportar parte do peso da pista. Ele é necessário para garantir a livre navegação das embarcações que circulam diariamente pela Baía de Guaratuba.

No total, serão 64 estacas de concreto que servirão de base para os 1.244 metros de extensão da ponte. Elas são concretadas no fundo da Baía de Guaratuba. Cada estaca possui de 180 a 220 centímetros de diâmetro e de 20 a 50 metros de comprimento, chegando a pesar 470 toneladas, ou aproximadamente cinco Boeing 737-900ER – um deles pesa 85 toneladas.

VOCÊ SABE O QUE É ADUELA?

Recentemente foi iniciada a execução da chamada aduela de partida, peça fundamental para a construção da superestrutura no trecho estaiado da ponte. A aduela é um elemento estrutural usado na construção de pontes, em especial as construídas pelo método dos balanços sucessivos, como no caso da Ponte de Guaratuba. Ela funciona como uma “peça” da ponte, construída aos poucos, partindo de um ponto central (como um pilar ou apoio), e avançando para ambos os lados, em um sistema de equilíbrio.

634 PESSOAS TRABALHANDO

Para que as obras saiam do papel, é necessária a mão de obra humana, formada por homens e mulheres que, diariamente, fazem o sonho da Ponte de Guaratuba se tornar realidade. No auge das obras, 634 pessoas estão contratadas nas mais diferentes funções, sendo 457 contratadas pelo Consórcio Nova Ponte e 177 subcontratadas, o que movimenta significativamente a economia na região. Entre os profissionais estão não apenas engenheiros e profissionais da construção civil, como pedreiros e soldadores, mas também biólogos, marinheiros, oceanógrafos, entre outros.

EMBARCAÇÕES

Para apoiar o trabalho, que acontece 24 horas por dia, são cinco embarcações que prestam suporte náutico, o que inclui duas balsas com guindastes executando as fundações e três balsas de apoio para transporte de caminhões betoneiras com concreto e armação para as estruturas. A curiosidade é que no futuro, com a nova ponte, a travessia de ferry boat que hoje leva em torno de 20 minutos a 30 minutos, será feita em questão de 2 minutos. As embarcações estão ajudando a acabar com o tráfego em embarcações.

3 MIL AVES, MUITOS GUARÁS

O monitoramento ambiental registrou, até o momento, 3.201 aves de 175 espécies, pertencentes a 19 ordens e 46 famílias. Os destaques são para a fragata, tucano-de-bico-verde, saíra-militar, saíra-sete-cores pula-pula, jacuguaçu, aracuã-escamoso e beija-flor-de-fronte-violeta.

Para as aves limícolas e marinhas, monitoradas nos pontos de fauna aquática, que incluem ambiente praial, na proximidade com o ferry-boat e áreas nas imediações das ilhas na baía de Guaratuba, foram registrados 2.855 de 59 espécies, pertencentes a 26 famílias e 13 ordens. Destacam-se as fragatas, biguás, garças e socós.

Segundo a equipe de monitoramento ambiental, a espécie de ave mais abundante na área monitorada foi a guará, com 584 aves contabilizadas até o momento. Esse registro é extremamente importante para mapear ambientalmente a região.

“O registro é fundamental, uma vez que essa espécie é classificada como quase ameaçada e já sofreu grande redução populacional na região devido à fragmentação dos manguezais, caça e coleta de ovos, sendo considerada extinta no sudeste e sul do país. Seu retorno ao litoral do Paraná e à baía de Guaratuba vem sendo observada na última década e seu registro demonstra uma recuperação gradual das populações”, destaca o coordenador ambiental do Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba, Robson Felipe do Valle.

BOTOS E CACHORROS-DO-MATO

Também foram registrados 2.465 peixes pertencentes a 54 espécies, 24 famílias e 12 ordens. Entre as espécies estão em destaque os bagres, a caratinga, o linguado e a oveva. O monitoramento da fauna é realizado trimestralmente por equipes ambientais.

Em relação aos mamíferos, eles estão divididos em três grupos: aquáticos (golfinhos, baleias), terrestres (gambás, felinos, cuícas) e voadores (morcegos). Ao total, foram registrados 218 animais, distribuídos em 32 espécies, 5 ordens e 8 famílias.

Foram registrados dois botos-cinza, sendo um adulto e um filhote, dentro do primeiro grupo. Entre os mamíferos terrestres, se destacam os gambás-de-orelha-branca e gambá-de-orelha-preta, cuíca, cachorro-do-mato, quati, lontra, jaguatirica e mão-pelada.

Também foram avistados 173 mamíferos terrestres, distribuídos em 4 ordens e 9 famílias. Já para os voadores, foram contabilizados 45 dentro de duas famílias.

ARTARUGAS E SAPOS RAROS

Os répteis e anfíbios também marcam presença no programa ambiental da Ponte de Guaratuba. Foram contabilizados 1.134 animais representados por 2 ordens, 19 famílias, 30 gêneros e 39 espécies.

Foram registrados 46 répteis terrestres, entre 8 famílias, com destaque para o lagarto papa-vento, teiú, cobra-cipó e jararaca. A equipe também registrou 372 anfíbios, distribuídos em 11 famílias, com destaque para as espécies sapinho-pulga, rãnzinha-do-folhio, perereca-marsupial e rã-de-folhiço.

Até o momento foram registradas nove tartarugas-verde. O registro e monitoramento da espécie é importante, uma vez que a espécie está classificada como em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e é uma das espécies prioritárias de monitoramento segundo condicionante da Licença de Instalação da obra.

De acordo com a equipe ambiental, o sapinho-pulga registrado nos monitoramentos é um achado. Ele ocorre nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, especialmente na serrapilheira em remanescentes de Mata Atlântica e em altitudes de até 1000 metros acima do nível do mar. Esse sapinho pertence ao gênero dos menores sapinhos do mundo. Os machos podem medir até 8mm e as fêmeas até 10mm. Atualmente, a espécie está classificada como quase ameaçada pela IUCN. Logo, o seu registro na região é de extrema importância para conservação.

VESPAS, ABELHAS E BORBOLETAS

O trabalho de monitoramento também envolve insetos dividos em duas ordens, Hymenoptera, que é representada pelas vespas, abelhas e formigas, e Lepidoptera, que corresponde às borboletas. Até o momento, foram registrados 458 himenópteros relacionados a 27 famílias, como 120 borboletas distribuídas em 23 espécies. Entre a ordem Hymenoptera, estão as superfamílias Vespoidea, representadas pelas vespas-parasitóides e Platygastroidea, representada por vespas e formigas. Também se destacam as abelhas-das-orquídeas. Fonte: AEN/Foto: Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba

Foto: Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba
Foto: DER_PR
Foto: Consórcio Supervisor Ponte de Guaratuba

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Novos negócios: Paraná registra alta de 14,8% no saldo de empresas em 2025

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O Paraná apresentou crescimento de 14,8% no saldo de empresas entre janeiro e agosto de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. O levantamento considera a diferença entre negócios abertos (249.664) e aqueles que foram baixados (143.672). No período, o saldo foi de 105.992 empresas, enquanto nos oito primeiros meses de 2024 somou 92.327 negócios.

Os dados fazem parte do  Painel de Empresas , divulgado nesta segunda-feira (15) pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar), vinculada à Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Serviços. Com o desempenho, o Estado já ultrapassou a marca de 1,9 milhão de empresas ativas.

Para o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni, esse avanço se deve às políticas de simplificação implementadas pelo Governo do Estado e pela Jucepar. “Um exemplo é o Selo de Baixo Risco que já beneficia um quarto das aberturas de empresas no Paraná, reduzindo custos e tempo para a regularização de negócios”, disse. Ele citou também a integração de órgãos licenciadores e a digitalização dos processos.

Se considerado apenas o número de empresas abertas, o avanço é ainda maior, com 18,37% no comparativo. Entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados 249.664 novos empreendimentos, contra 210.916 no mesmo período de 2024.

Do total de negócios abertos, 73,94% correspondem a Microempreendedores Individuais (MEIs), 24,27% a sociedades limitadas (LTDA) e 1,46% à categoria Empresário. As demais modalidades somam menos de 1% do total. Especificamente em agosto de 2025, foram abertos 29.066 novos CNPJs e baixados 15.602, resultando em um saldo positivo de 13.464 empresas no mês.

“A expectativa é que essa tendência de crescimento se mantenha nos próximos meses, com mais abertura de oportunidades e a continuidade do saldo positivo de empresas. Isso significa mais empregos, mais renda e mais desenvolvimento para todas as regiões do Paraná”, afirma Rigoni.

SELO DE BAIXO RISCO – Entre janeiro e agosto deste ano, 28.648 empreendimentos no Paraná foram contemplados com o Selo de Baixo Risco, iniciativa que dispensa empresas de atividades consideradas de baixo potencial de impacto de apresentar alvarás de funcionamento e licenciamentos de órgãos como Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Meio Ambiente e Defesa Agropecuária.

Do total, 16.522 empresas e filiais receberam o benefício na abertura e 12.126 em processos de alteração cadastral. Considerando as 65.061 empresas abertas no Estado no período (excluídos os MEIs, que já são isentos por lei), o selo contemplou 25,39% dos novos CNPJs.

Curitiba lidera o ranking de concessões, com 5.829 empreendimentos beneficiados. Na sequência estão Maringá (1.373) e Londrina (1.081). Atualmente, 771 atividades econômicas estão dispensadas de licenciamento. A partir de 1º de outubro, esse número sobe para 975 atividades enquadradas como de baixo risco.

VELOCIDADE NA ABERTURA – O Paraná segue entre os estados mais ágeis do Brasil na abertura de empresas, com apenas 8 horas em agosto. No Brasil, o tempo médio foi de 1 dia e 2 horas (26 horas), ou seja, o tempo de abertura de uma empresa no Paraná foi 18 horas mais rápido.

(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

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Agosto terá pouca chuva e muita amplitude térmica no Paraná, prevê Simepar

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O mês de agosto de 2025 começa com a passagem de uma frente fria, que deve trazer chuva fraca ao Paraná. Entretanto, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), serão poucos os eventos de precipitação no resto do mês. A previsão é de chuvas abaixo da média histórica (que já é a mais baixa do ano). Já as temperaturas devem ficar dentro da média, com noites e madrugadas geladas, e tardes com temperatura agradável.

Historicamente, com relação às temperaturas médias, em agosto as cidades mais frias ficam no Sul, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba, onde os termômetros marcam valores abaixo de 14°C. Próximo a Telêmaco Borba e Ponta Grossa a temperatura média em agosto é um pouco mais alta: fica entre 14°C e 16°C.

Na faixa litorânea, próximo a Cândido de Abreu e na região Oeste, as temperaturas vão de 16°C a 18°C historicamente em agosto. No Sudoeste e nas cidades ao redor de Umuarama, Maringá e Londrina, as temperaturas sobem um pouco mais: chegam a 20°C. A região mais quente do Paraná em agosto é o Noroeste, que registra temperaturas médias entre 20°C e 22°C no mês.

Em 2025 o inverno continuará tipicamente frio: as temperaturas ficarão muito próximas à média. “É um mês que começa a ter oscilações maiores nas temperaturas. A previsão é de noites geladas e tardes aprazíveis, ou seja, maior amplitude térmica”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

No Centro-Sul, Campos Gerais e na região Leste permanece a condição para formação de nevoeiros entre o período noturno e a manhã ao longo do mês.

CHUVA – Agosto é o mês em que menos chove, historicamente, no Paraná. Em julho de 2025, poucos episódios de chuva foram suficientes para que as cidades atingissem o volume previsto para todo o mês. Já em agosto de 2025 devem ocorrer mais episódios, porém com menor volume de chuva.

A primeira quinzena será de tempo seco intercalada com a passagem dessas frentes frias com baixos acumulados de chuva. A primeira delas já está prevista para a esta segunda-feira (04). “O final do mês tem previsão de chuva mais organizada, mas ainda assim o volume total de chuvas do mês deverá ficar abaixo da média histórica, que já é baixa”, diz Kneib.

As cidades na divisa com São Paulo historicamente são as mais secas: lá as médias de chuva são abaixo de 50 mm. Na faixa que vai do Noroeste, passando por Maringá e descendo até Telêmaco Borba, Cândido de Abreu e Região Metropolitana de Curitiba, incluindo a região de Guaraqueçaba, no Litoral, o volume de chuva em todo o mês historicamente fica entre 50 mm e 75 mm.

No resto do Litoral paranaense e em uma faixa que passa pela região Sul, Ponta Grossa, e termina no Oeste, o volume acumulado de chuva em agosto historicamente fica entre 75 mm e 100 mm. Em Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, e em todo o Sudoeste, chove mais: o volume médio é de 125 mm.

(Foto: Gabriel Rosa/Arquivo AEN)

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Nova frente fria trará chuva e queda das temperaturas ao Paraná, prevê Simepar

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Há mais de dez dias o tempo permanece estável no Paraná. O amanhecer é gelado, dentro da normalidade do inverno. É acompanhado de neblina nas regiões da metade Sul durante a madrugada e o amanhecer, e à tarde o sol aparece, às vezes entre nuvens, mas ainda assim capaz de elevar a temperatura máxima dia após dia. O cenário deve mudar a partir desta quarta-feira (16), com a aproximação de uma frente fria. Após a chuva, as temperaturas vão cair.

“A partir da quarta teremos mudanças nas condições do tempo, visto que temos o deslocamento de uma frente fria que avança pelo Sul do país, chegando ao Paraná entre o final da tarde e a noite de quarta-feira”, explica Paulo Barbieri, meteorologista.

A previsão é de pancadas de chuva isoladas neste período, principalmente nas regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul. Na quinta-feira (17) a chuva chega a outras regiões do Paraná. Nas regiões da metade Sul do Estado, os temporais podem ter volumes acumulados mais significativos.

“Após a chuva, o deslocamento desse sistema frontal para o oceano traz na sua retaguarda uma massa de ar frio que faz com que as temperaturas despenquem novamente em todas as regiões paranaenses”, diz Barbieri.

O frio mais intenso já será perceptível na noite de quinta-feira (17) nas regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul. A diferença será grande de um dia para o outro: na quarta-feira (16), por exemplo, Cascavel estará com temperaturas entre 15°C e 23°C, e na quinta (17) os termômetros ficam entre 7°C e 16°C.

No amanhecer de sexta-feira (18), o frio ganha destaque em todas as regiões do Paraná, inclusive com temperaturas próximas a zero grau na região Sul. Palmas, que tem mínimas na faixa dos 9°C até quarta (16), terá mínima invertida de 3°C na quinta (17), no período da noite, e apenas 1°C no amanhecer de sexta-feira (18). Guarapuava, que tem previsão de mínimas de 10°C na quarta-feira (16), terá mínima invertida de apenas 5°C na quinta (17), no período da noite, e amanhece com 2°C na sexta-feira (18).

“No decorrer do dia na sexta-feira o sol predomina. A tarde terá temperaturas agradáveis nas regiões Oeste, Noroeste e Norte do Estado, onde os termômetros ultrapassarão os 20°C. Já nas regiões Centro-Sul, Campos Gerais e Leste, as temperaturas ficam mais ou menos em torno de 14°C e 15°C a tarde”, afirma Barbieri.

SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas atmosféricas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até incêndios e secas. (Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

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